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Innospace adia o lançamento do Hanbit-Nano para domingo, 21/12

Depois de três cancelamento do foguete Hanbit-Nano, da empresa Sul Coreana Innospace, desde a abertura da janela de lançamento que começou dia 18 e termina dia 22 de dezembro, a empresa, através de Nota Oficial, comunicou a necessidade de mais um adiamento. Até então, o evento estava marcado para às 2h45 da última sexta-feira. O motivo, segundo os sul coreanos, é que que  “haverá necessidade de inspeção técnica no funcionamento da válvula utilizada para o abastecimento do tanque de metano líquido do segundo estágio”, explica a Innospace. Embora o informativo a imprensa não defina a nova data – a janela encerra dia 22, segunda-feira -, o site oficial da Innospace diz que o mesmo deverá acontecer na tarde deste domingo, 21, às 14h45. Veja a seguir a íntegra do comunicado.

COMUNICADO À IMPRENSA

A empresa sul-coreana Innospace comunicou à Força Aérea Brasileira (FAB) e à Agência Espacial Brasileira (AEB) que, *por questões técnicas, não será possível prosseguir* nesta sexta-feira (19/12) na tentativa de lançamento do foguete HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

De acordo com a empresa, *haverá necessidade de inspeção técnica* no funcionamento da válvula utilizada para o abastecimento do tanque de metano líquido do segundo estágio. *Nova tentativa, dentro da janela de lançamento, que se estende até 22 de dezembro, será definida* entre a empresa Innospace, FAB e AEB.

A Força Aérea Brasileira ressalta que mantém suas infraestruturas, sistemas e equipes técnicas plenamente operacionais, garantindo todo o suporte necessário para a realização do lançamento, em coordenação com os demais órgãos envolvidos.

ENTENDA A NOTÍCIA

A AINNOSPACE, empresa sul-coreana de serviços de lançamento de satélites, anunciou, nesta segunda (15), que entrou na fase final de preparação da Operação Spaceward, o primeiro lançamento comercial da companhia com o veículo lançador HANBIT-Nano. A empresa reuniu um grupo de jornalistas para anunciar que está tudo pronto para o lançamento, marcado para 15h45 desta quarta-feira, 17, (quinta-feira, 18 de dezembro, às 3h45, no horário da Coreia do Sul), quando acontece a primeira janela favorável para este tipo de operação. No comunicado mais recente, A DATA FOI REPROGRAMADA PARA ESTA SEX-FEIRA, 19 DE DEXEMBRO, ÀS 15h45.

A janela de lançamento se estende de 16 a 22 de dezembro. A missão será conduzida a partir da plataforma de lançamento dedicada da INNOSPACE no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), operado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O transporte do veículo lançador HANBIT-Nano até a plataforma de lançamento teve início na segunda (15). Após o posicionamento, uma série de operações pré-lançamento será realizada de forma sequencial, como a elevação do veículo, a conexão dos umbilicais para o carregamento de propelentes (combustível e oxidante), energia elétrica, dados e verificação dos sinais de instrumentação, além dos testes de vazamento e checagem das válvulas de isolamento do sistema de abastecimento.

Amanhã, dia do lançamento, está marcada uma revisão final minuciosa abrangente em coordenação com a FAB e a Agência Espacial Brasileiria (AEB), o que contempla a checagem das condições meteorológicas e a prontidão técnica geral. Após a autorização final para o lançamento, terá início o carregamento dos propelentes e a missão entrará na sequência completa de contagem regressiva.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), que conduzirá a operação, trata-se do primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional. “Será um voo inaugural a partir do Brasil, simbolizando a entrada do país no mercado global de lançamentos espaciais”, destacou o diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), Coronel Aviador Clóvis Martins de Souza. A missão, denominada Operação Spaceward, conta com cerca de 400 profissionais, entre brasileiros – militares e civis – e sul-coreanos. De acordo com a FAB, a ação significa um avanço inédito e estratégico para Programa Espacial Brasileiro.

Por meio da Operação Spaceward, a INNOSPACE pretende se tornar a primeira empresa privada sul-coreana a colocar satélites de clientes em órbita terrestre baixa (LEO), a uma altitude aproximada de 300 km e inclinação de 40 graus, ao mesmo tempo em que executa missões de clientes com cargas experimentais. O veículo espacial – que tem 21,8 metros de comprimento, 1,4 metros de diâmetro, e 20 toneladas, ao todo levará oito cargas úteis foram integradas no interior da coifa superior e em seções estruturais designadas do veículo lançador, dentre eles cinco pequenos satélites destinados à inserção orbital e três dispositivos experimentais sem separação, todos integrados de forma segura e bem-sucedida.

“Nosso primeiro lançamento comercial, a missão Spaceward, possui um forte significado simbólico, já que marca o início dos serviços de transporte espacial utilizando um veículo lançador desenvolvido de forma independente por uma empresa privada sul-coreana. Como toda a nossa equipe se dedicou a cada etapa do desenvolvimento às operações do HANBIT-Nano, cumpriremos nossas responsabilidades com o máximo comprometimento até os momentos finais da contagem regressiva para o lançamento”, afirmou Soojong Kim, fundador e diretor-presidente da INNOSPACE.

O que será lançado?

O foguete levará ao espaço, para a órbita da Terra, cinco satélites e três dispositivos que vão auxiliar em pesquisas em mais de cinco áreas desenvolvidas por entidades do Brasil e da Índia. São eles:

Satélite Jussara-K: Desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em parceria com startups e instituições nacionais, ele tem como missão coletar dados ambientais em regiões de difícil acesso;

Satélites FloripaSat-2A e FloripaSat-2B: Desenvolvidos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) serão usados para validar uma espécie de comunicação em órbita;

PION-BR2 – Cientistas de Alcântara: Desenvolvido pela UFMA, em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a startup PION e levará ao espaço mensagens de alunos da rede pública de Alcântara;

Satélite SNI-GNSS: Vai determinar com precisão a velocidade, posição e altitude do foguete e essa tecnologia poderá ser aplicada em outros dispositivos como drones, carros e navios. Ele foi desenvolvido pela Agência Espacial Brasileira (AEB) em parceria com as empresas Concert Space, Cron e HORUSEYE TECH;

Solaras-S2: Será responsável por monitorar fenômenos solares que podem impactar comunicações, navegação e sistemas tecnológicos na Terra. Foi desenvolvido pela empresa indiana Grahaa Space;

Sistema de Navegação Inercial (INS): Dispositivo vai validar um algoritmo de navegação que irá auxiliar na futura aplicação em sistemas de navegação embarcados em missões espaciais. Foi desenvolvido pela empresa Castro Leite Consultoria (CLC).

Obs: Terá ainda, a bordo do foguete, um outro dispositivo desenvolvido pela empresa Castro Leite Consultoria (CLC), entretanto, por solicitação do fabricante, a Força Aérea Brasileira (FAB) teve acesso a apenas dados de um.

Como é a base de Alcântara?

Construída na década de 1980 o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no litoral do Maranhão foi escolhido para sediar um centro espacial que atendesse aos requisitos técnicos e logísticos do Programa Espacial Brasileiro. Um dos motivos é a extensa costa do litoral, a capacidade de abrigar lançamentos próximos a linha do Equador e de angular de órbitas.

A localização próxima à linha equatorial faz com que lançamentos a partir do local gastem menos combustível e tenham, consequentemente, o custo da operação reduzida. Além disso, há uma baixa densidade de tráfego aéreo na região e um amplo leque de inclinações orbitais para os lançamentos.

Apesar destas qualidades, o local se tornou por décadas subutilizado. Entre os motivos para a subutilização estão o grave acidente há mais de 20 anos no local e questões fundiárias.

A tragédia interferiu para a consolidação do Brasil no mercado espacial, com redução da atividade em Alcântara a partir de 2003.

As fotos mostram a Base de Alcântara, o foguete sendo transportado até e plataforma de lançamento, a coletiva de imprensa e, por último, o Coronel Aviador Magioli, Coordenador da ´área de Divulgação da Aeronáutica.

 

Fonte:
Agência Espacial Brasileira e Agência Brasileira de Notícias.