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O Forte São Felipe desencalha e volta a navegar com segurança

Depois de seis dias encalhado, o navio, carregado de bauxita, voltou a navegar com segurança e retornou ao portos da Alumar para concluir o plano de descarga.

Depois de seis dias encalhados na entrada do Canal da Alumar, o navio mercante Forte de São Felipe, finalmente, reflutuou e voltou a navegar com segurança. Todos os esforços da empresa armadora a empresa Naviera Allcano foram repetidos a exaustão porém, até a tarde desta quinta-feira, 22, tinham se mostrado insuficientes. Uma empresa especializada em salvatagem chegou a ser contratada, mas, segundo a Nota Oficial emitida pela Capitania dos Portos do Maranhão e distribuída à imprensa, “a embarcação flutuou aproximadamente 30 minutos antes da preamar (maré de maior altura prevista para o dia). Após a flutuação e estando em condições seguras de navegação, o navio demandou para atracação no Porto da Alumar. A situação foi prontamente resolvida sem a necessidade de utilizar o plano de desencalhe apresentado pela empresa de assistência e salvamento”.

Um experiente marinheiro, foi mas didático ainda: “o desencalhe se deus principalmente porque um navio “irmão” do NSF, no caso o Forte São José, fez uma manobra a contra bordo, causando assim um rebote que provocou um efeito de forças hidrodinâmicas resultante do deslocamento considerável de água, que, efeito esse colaborou no afastamento do navio encalhado para águas mais profundas. Ainda segundo essa fonte, não foi necessário o uso de um único rebocador.

Já desencalhado, o navio Forte de São Felipe retorna navegar com segurança ao Canal da Alumar.

Maré a parte, no caso da alta que a CPMA se refere na nota foi de 5.m, e que sem dúvida foi o fator natural essencial para o reflutuamento do navio, sabe-se que foi necessário, também, “realizar um procedimento de lastro da popa” para que esta assentasse em relação a proa e dessa mais estabilidade a estrutura da embarcação. Além da Capitania do Maranhão, a empresa de salvatagem Picolo e Associados também emitiu um “Certificado de re-entrega”.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DA CAPITANIA

MARINHA DO BRASIL
CAPITANIA DOS PORTOS DO MARANHÃO

São Luís-Maranhão, 22 de fevereiro de 2024.

A Marinha do Brasil (MB), por meio da Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), informa que hoje, às 18h, o Navio Mercante Forte São Felipe, flutuou aproximadamente 30 minutos antes da preamar (maré de maior altura prevista para o dia).

Após a flutuação e estando em condições seguras de navegação, o navio demandou para atracação no Porto da Alumar. A situação foi prontamente resolvida sem a necessidade de utilizar o plano de desencalhe apresentado pela empresa de assistência e salvamento.

Para que o navio seja liberado para navegação e operação normal, a Sociedade Classificadora deverá emitir, após sondagem do navio, um parecer atestando que o mesmo encontra-se em condições seguras para navegar.

É importante ressaltar que está em andamento um Inquérito Administrativo para apurar as causas do encalhe, o que temporariamente impede a continuidade de sua operação normal.

Por fim, destaca-se que a Marinha incentiva e considera importante a participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio), 0800-098-8432, (98) 21070121 e também está disponível o e-mail cpma.ouvidoria@marinha.mil.br.

Contato:
Capitania dos Portos do Maranhão
Assessoria de Comunicação Social – Telefones: (98) 2107-0121 / 99144-6857

PARECER DA EMPRESA DE SALVATAGEM

Navio PSF em processo de atracação, pouco antes das 19 horas do dia 22/02/2024.

Imagem de satélite mostra o NFSF atracado no cais da Alumar

Para entender, leia a reportagem sobre o encalhe.

12h20 da tarde de sábado, 17. O navio Forte São Felipe, em plena operação de descarga com 58 mil toneladas de bauxita no terminal privado da Alumar, é oficialmente orientado pela administração do porto que a operação seria interrompida. Motivo: uma pane em um dos guindastes do cais.

Ação seguinte. Seria necessária uma operação chamada de troca de bordo, para que, o procedimento de descarga continuasse do outro lado da embarcação. Lado oposto ao de origem do início da faina.

Quando atracou, no início da manhã deste mesmo dia, o navio Forte São Felipe tinha em seus porões, 58 mil toneladas de bauxita. Ao ser interrompida a faina, já com 35mil toneladas descarregadas, o navio inicia a o procedimento de desatracação, agora carregado com pouco mais de 23 mil toneladas.

12h12. O navio Forte São Felpe inicia, com pratico a bordo, o que seria uma rotineira desatracação para a considerada, e necessária troca de bordo, em virtude dos problemas operacionais do caís da Alumar. Aqui uma das incógnitas. “Não entendi o porquê da necessidade de ir lá fora, na baia, quando esse tipo procedimento, com ajuda de rebocadores, é feita na própria área do canal da empresa” questiona um marítimo em um dos grupos de portuários do Maranhão onde o assunto liderou todas as discussões.

12h47. Percorrido quase 4 km, (pouco mais de 2 milhas) já fora no canal, o FSF executa com sucesso a virada e inicia a viagem de volta para o Terminal da Alumar. Naquele momento, com uma maré acima dos 4m, o canal oferecia um calado de quase 12 metros. Profundidade mais que suficiente para a navegabilidade do navio. Sobretudo agora, com menos da metade da carga inicial.

Entre 12h35 e 13h21, pouco menos de 2km percorrido já na viagem de volta ao terminal de origem, o FSP encalhou. Aqui a segunda grande incógnita: Porque fora do canal? Na área escolhida para retornar ao caís, todo bom marinheiro sabe, a lâmina d´água é sabidamente menor e considerada insegura para manobrilidade de um navio desse porte. Vale dizer que, por o encalhe ter ocorrido fora do canal, o tráfego de navios (entrada e saída) ao terminal da empresa não sofreu qualquer tipo de interrupção.

A primeira tentativa de reflutuarão aconteceu as 1h39min de domingo e durou quase 3 horas. Porém, dada a gravidade do “assentamento do navio no leito onde está”, não teve êxito. Ouvido por Portosma, um pratico com mais 30 anos de experiência no Complexo Portuário do Maranhão foi didaticamente otimista. “Acho que só sai com “alivio” de carga e uma amplitude de maré mais favorável! No entanto, para aliviar carga depende de “cabrea” e “ balsas”, já que o navio não é um” self load ship, e estes equipamentos não dispomos aqui em São Luís”. E completou: “Talvez, se fizeram uma avaliação mais técnica, deixem para tentar em uma amplitude de maré mais favorável.

Essa ideia parece ser recorrente. Uma outra opinião, também abalizada, sugere que as 23 mil toneladas de bauxita sejam retiradas do Forte São Felipe e apostar que, menos pesado, a reflutuação tenha mais chances de dar certo.

Foto de arquivo do navios Forte de São Felipe.

O navio mercante Forte de São Felipe, de bandeira brasileira, tem 229 metros e saiu do Porto de Juruti, no Pará, carregado com 58 mil toneladas de bauxita. A Capitania dos Portos foi Informada do acidente pela Alumar, e prontamente deslocou uma equipe até o local para coletar informações sobre o caso, garantir a segurança da navegação e evitar a poluição ambiental. De acordo com a CPMA, não há risco de vazamentos da carga, de óleo, ou danos estruturais no navio e que vai abrir um inquérito para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido. Apesar do encalhe, as autoridades, o Consórcio, e o Armador do navio tomaram todas as providências para que o fluxo de embarcação no Canal não fosse comprometido e/ou interrompido.

Em Nota, a Alumar se manifestou sobre o acidente:

“Na tarde deste sábado (17), um navio que atende a logística da Alumar encalhou na estrada do canal de acesso ao terminal de uso privado.

Embora o navio não seja controlado e operado pela Alumar, imediatamente, após o ocorrido, o Consórcio se colocou a disposição para apoiar a Praticagem, o Armador no navio responsável, e as autoridades competentes. Foram acionados, preventivamente, O Plano de Emergência Individual (PEI) e o Plano de Ajuda Mútua (PAM).

A Alumar reafirma o seu compromisso com os seus valores e os respeitos às pessoas e o meio ambiente.”

 

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Fonte: Redação
Texto: Carlos Andrade, editor