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Inauguração da Ferrovia Norte-Sul em Goiás é cancelada

ULTIMA HORA – A inauguração da Ferrovia Norte-Sul, que estava marcada para a manhã desta sexta-feira, 16, acaba de ser adiada, conforme Nota da Assessoria de Imprensa do Palácio do Planalto. A decisão também foi confirmada por representantes da Rumo Logística, empresa concessionária do trecho da FNS que seria oficialmente entregue. A medida foi tomada por conta do mau tempo na cidade de Rio Verde, em Goiás, que não permitiu o pouso da aeronave presidencial e sua comitiva.  Ainda segundo a Rumo, Lula esperou por mais de uma hora na Base Aérea de Brasília por uma melhoria nas condições do tempo. Como a situação não mudou, o presidente retornou ao Palácio da Alvorada, em Brasília. Uma nova data deverá ser anunciada, de acordo com a Agenda Presidencial.

ENTENDA A NOTÍCIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua participação e a inauguração do último trecho da Ferrovia Norte-Sul, que aconteceria na cidade goiana de Rio Verde, segundo informou a empresa Rumo, concessionária da Ferrovia Norte-Sul. O município goiano é um dos principais polos do agronegócio no Centro-Oeste. O evento marca a conclusão das obras da ligação ferroviária que é considerada a espinha dorsal do sistema brasileiro de transporte sobre trilhos, pois conecta os portos de Itaqui, no Maranhão, ao de Santos, em São Paulo. A construção começou na segunda metade da década de 1980, ainda no governo do presidente maranhense José Sarney. Com 2.257 quilômetros de extensão, a ferrovia atravessa quatro regiões e corta o Brasil no meio.

“A conclusão permite que três estados com forte produção de commodities – como soja, milho e algodão – tenham saída para seus produtos pelo mar. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais ganham competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral da Região Sudeste ou pelo Norte do país. Como resultado prático, desenvolvimento e geração de emprego para todo o novo corredor logístico”, diz, em nota, o governo federal. O empreendimento favorece a multimodalidade e a interconectividade da malha ferroviária, incentiva investimentos para o aumento da produção e da industrialização, além de reduzir custos logísticos e a emissão de poluentes. “Demorou 30 anos, mas finalmente está pronta. Estou muito feliz”, disse Lula nesta quinta, em entrevista a rádios goianas, e acrescentou: “Nós vamos continuar fazendo ferrovias para que a gente possa ter um sistema intermodal: combinar rodovia, ferrovia e transporte marítimo, para que o país possa diminuir o Custo Brasil. Um desses custos significa, muitas vezes, a má qualidade do transporte”.

UMA OBRA DE 35 ANOS – Iniciada em 1986, a Ferrovia Norte Sul evoluiu pouco nas primeiras décadas e só ganhou impulso a partir de 2007, quando passou a receber investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento. Nessa época, o trecho de Açailândia, no Maranhão, a Porto Nacional, no Tocantins, foi concedido para operação pela VLI Logística. Já a empresa Rumo passou a gerir o ramo centro-sul da ferrovia, entre Porto Nacional e Estrela D’Oeste, em São Paulo, em um trecho de 1.537 quilômetros. No interior de São Paulo, a ferrovia conecta-se à Malha Paulista, que vai até o litoral.

Nos últimos quatro anos, a Rumo construiu três terminais: em São Simão e Rio Verde, em Goiás, e em Iturama, Minas Gerais. Segundo o governo, a empresa investiu R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante. Além dos terminais, outras obras de infraestrutura foram necessárias para concluir a ferrovia, como a construção de quatro pontes entre Goiás, São Paulo e Minas Gerais, centenas de quilômetros de trilhos e inúmeros pátios, como o que faz a ligação entre as Malhas Central e Paulista na cidade de Estrela D’Oeste.

Trecho da ferrovia Norte-Sul. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais ganham competitividade e saída para o mar para seus produtos. Foto: Divulgação

 Potencial – Apesar do modal ferroviário ter recebido investimentos ao longo das últimas décadas, que somam mais de R$ 141,9 bilhões, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o segmento ainda representa cerca de 21,5% do transporte de carga no país, inferior ao de países continentais como Rússia (81%), Canadá (34%), Estados Unidos (27%) e Austrália (55%). Ainda de acordo com a ANTF, em 2021, mais de 93% do minério de ferro exportado chegou aos portos brasileiros por trilhos, com destaque pela Ferrovia de Carajás, administrado pela Vale, que transporta o minério de Carajás, no Pará, até o Complexo Portuário de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. O modal ferroviário responde pelo transporte de mais de 49% dos granéis sólidos agrícolas exportados e, no caso do açúcar, o índice é de quase 53%. No transporte de milho, a ferrovia escoa 58% da produção e, no complexo de soja (soja e farelo), mais de 46% do volume exportado.

Antes do cancelamento, ainda na Base Aérea de Brasília, a comitiva do Presidente faz pose com o ex-presidente José Sarney, mentor maior da Ferrovia Norte-Sul.

HISTÓRICO – Iniciada em 1986, a Ferrovia Norte Sul só passou a avançar de forma significativa em 2003, ganhando impulso quatro anos depois, quando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) virou realidade. Nesse ano, o trecho de Açailândia (MA) a Porto Nacional (TO) foi sub-concedido e hoje é operado pela VLI Logística.

A partir de 2019, a operadora logística Rumo passou a gerir o tramo Sul do empreendimento, com 1.537 quilômetros de trilhos. Nos últimos quatro anos, a Rumo construiu três novos terminais em São Simão, Rio Verde e Iturama. Nesse período, a empresa investiu R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante.

TRILHOS E PÁTIOS – Além dos terminais, outras obras de infraestrutura foram necessárias para concluir a ferrovia, como a construção de quatro pontes entre Goiás, São Paulo e Minas Gerais, centenas de quilômetros de trilhos e inúmeros pátios, como o que faz a ligação entre as Malhas Central e Paulista na cidade de Estrela D’Oeste (SP).

Essas intervenções levaram à criação de mais de 5 mil empregos diretos e indiretos e já resultaram em melhorias de infraestrutura para o escoamento da produção do Centro Oeste. Só em 2022, cerca de 7,8 milhões de toneladas de soja, milho e farelo foram transportadas pelos novos trechos da ferrovia, o que permitiu uma superação de 25% do total exportado pelo estado de Goiás em comparação a anos anteriores.

Fonte:
Texto e fotos: Agência Brasil

 

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