O Terminal de Ponta da Madeira entrou em operação regular em janeiro de 1986, quando foram embarcados 11,6 milhões de toneladas de minério de ferro vindo do recém inaugurado sistema Carajás. O conjunto formado por mina, usina, ferrovia e porto constituía, então, o Sistema Norte da Vale, que na época se chamava Companhia Vale do Rio Doce, ou simplesmente CVDR e era responsável pelas operações da mineradora nos estados do Pará e Maranhão. Antes, mais precisamente em 1985, o Terminal de Ponta da Madeira já havia feito diversos embarques testes, sendo o primeiro deles com o navio Docepolo, que entrou para a história por receber em seus porões uma carga pioneira de 127 mil toneladas de minério-de-ferro. O local foi escolhido no lugar do porto de Belém, mais próximo, devido à profundidade natural da baía de São Marcos, de mais de 26m durante a maré baixa, que permitiria minimizar os custos com dragagem para a atracação de navios graneleiros de grande porte, como o Berge Sthal. Ponta da Madeira constitui, com o Europort de Roterdã (local de destino de boa parte dos navios carregados no Terminal), o único conjunto de portos capaz de lidar com navios de 23m de calado. Atualmente o terminal opera também com os chamados navios Valemax, maiores ainda que o ex-gigante Berge Sthal, capazes de transportar 400 mil toneladas de minério de uma só vez. O sistema portuário de Ponta da Madeira, conta com três outros terminais: O pier II, o Pier III e o Pier IV.
ADMINISTRAÇÃO E LOCALIZAÇÃO
O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira é um porto privado e pertence à mineradora Vale. Fica adjacente ao porto de Itaqui, e próximo à cidade de São Luís e defronte à Baía de São Marcos, no Maranhão, nordeste do Brasil. Destina-se principalmente à exportação de minério de ferro trazido do projeto Serra dos Carajás, no Pará. Sua localização é feita através de ferrovia, pela Estrada de Ferro Carajás e rodoviária pela Avenida dos Portugueses e Vila Maranhão.