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Página do Comandante Ramos

HISTÓRIA  MARÍTIMA  E  PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE  33

¨Omnes in eoden navigio summus in proceloso ac tran Quillo mari ac fideli semper ut navigantes agere devemos¨
(Estamos todos na mesma embarcação, em mar tempestuoso ou calmo, e devemos sempre, como gente domar, lealdade com todos a bordo)

ANO 1501 / 1502 – O Navegador português Gaspar de Lemos com três navios, tendo a bordo do seu navio o Explorador e Comerciante Américo Vespúcio , um grande entusiasta das Expedições Marítimas ,navegou pelas águas do litoral do atual Brasil, nominando os acidentes geográficos, como baías, rios, ilhas, angras e cabos. Inicia-se, também, o levantamento geográfico e cartográfico desse litoral, coordenados por Gonçalo Coelho, Américo Vespúcio, Pero Lopes e Diogo Leite. a fim de serem conhecidas as suas potencialidades econômicas e comerciais como Colônia. Esse litoral se extendia desde a Foz do Rio Oiapoque ao norte, até a Bacia do Rio da Prata, ao sul.

 

Essas Expedições Marítimas de Reconhecimento da costa/litoral do Brasil, partiram de Lisboa, Foz do Rio Tejo, e nominavam as terras e águas com o nome dos Santos do dia: 16/8/1501 – Cabo de São Roque ; 28/8/1501-Cabo de Santo Agostinho ; 4/10/1501- Rio São Francisco ; 1/11/1501- Baia de Todos os Santos ; 21/12/1501- Cabo São Tomé; 1/1/1502- Rio de Janeiro ( Baia de Guanabara), pois pensavam ser a barra da baía a foz de um rio; 6/1/1502- Baia de Angra dos Reis ; 20/1/1502 – Ilha de São Sebastião; 22/1/1502 – Ilha de São Vicente ; 2/2/1502-Cabo de Santa Marta.

Também, em 1501, foram criadas as Primeiras Feitorias portuguesas no Brasil. Ainda, em 1502, descobre-se as Ilhas da Santíssima Trindade, atual Arquipélago Trindade, por navegadores portugueses, as mais afastadas do litoral do Brasil que são, atualmente guarnecidas/ocupadas pela Marinha do Brasil como guardiães da nossa Amazônia Azul.

1502 – São publicados em Lisboa-Portugal, os primeiros Documentos Cartográficos sobre a costa / litoral do Brasil, compreendendo o trecho do litoral entre o Cabo Branco-Paraíba e o Cabo Frio –Rio de Janeiro. Nesse ano de 1502 , o navegador Cristóvão Colombo, em sua segunda viagem à América, encontra-se com embarcações e navios da Civilização Maia navegando pelo Mar do Caribe.

1502 – Américo Vespúcio, navegador, comerciante e admirador do Novo Continente nominado com o seu nome, parte do porto de Cananéia –litoral sul do Brasil-com três navios para o rumo sul, em Expedição Marítima Exploratória.

24 JUNHO 1503 – O navegador português João de Lisboa navega e explora o litoral/costa do Maranhão e Grão Pará. Nesse ano de 1503, é descoberto um Arquipélago a nordeste do litoral/costa do Brasil que, inicialmente, é nominado de São João por ser o Santo do dia, mas em 1504 é rebatizado com o nome de Fernando de Noronha, em homenagem a esse fidalgo português, que foi descoberto e relatado por Américo Vespúcio. Um navio da frota que ali aportara, comandado pelo navegador Gonçalo Coelho, naufragou nos recifes em torno do arquipélago.

Os náufragos permaneceram nas ilhas cerca de dois anos ,até serem resgatados. Esse acidente marítimo é considerado como o primeiro no litoral/costa do Brasil e da história marítima brasileira. Essa frota era composta de seis navios e, navegando para o sul, Gonçalo Coelho chega ao Cabo Frio, onde funda uma Feitoria e no rio de Janeiro instala um Fortim, denominado Casa de Branco-Carioca.

Nas fotos o litoral do Cabo Frio, litoral Costa do Brasil Colônia e o Arquipélago de Fernando de Noronha.

HISTÓRIA  MARÍTIMA  E  PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE  32

HYACINTHUS  PROFUNDORUN  AQUARUM MARIUM     ET  OCEANORUM  SEMPER  NAVIGANTE VIDETUR  ESSE  PLENS  SECRETORUM ET  PROVOCATIONUM 

(O azul  das  águas   profundas  dos   mares  e  oceanos  parece , sempre ,  ao navegante  esconder  segredos  e   desafios marinhos  inusitados)
   
17 OUT 1637 / DEZ  1639 – O  Explorador e  Conquistador  Pedro  Teixeira  que  esteve  no  Maranhão  quando  da  Campanha  de  Reconquista  pelos  portugueses aos  franceses, navega  subindo o  rio   Amazonas em  cinquenta  grandes  Canoas indígenas, cerca  duzentas  pessoas, em  Expedição  fluvial, percorrendo  de   jusante  para  montante, partindo  de  Cametá, na  foz  do  rio  Tocantins, até  alcançar  o  porto  de  Iquitos, no Perú. Era, então, Capitão  Mor da  Província do  Mor Grão. Elaborou o Primeiro  Mapa – Croqui do  rio  Amazonas, com  sondagens  e  nominações. Fora um grande defensor daquela  vasta  área de   vegetação  e   mananciais de  águas   exuberantes. Mantendo os  portugueses  frotas  e  esquadras  de   navios, após  sua  posse  definitiva  ocorrida  com  a  vitória  na batalha  de  Guaxenduba, foram  anexados  com isso, grandes  territórios ao  Império  Português  na  Amazônia.

1638/1643 – Os comerciantes marítimos holandeses, se  estabeleceram  no   Oriente – Japão. Desse  litoral  insular, passam a explorarem  o  oceano  Pacifico para leste  e  sul. Destacando-se  o  navegador  e   explorador  Abel Tasman, que  chegou  à   Austrália,Tasmânia, Nova  Zelândia  e  Nova  Guiné. Navegando  pelo  mar  de  Corais, confirma  ser  a  Austrália  uma   grande Ilha.

 

1640 – A partir  desse  ano, figura  na  Planta  da  cidade de  São  Luis do  Maranhão, o  Castelo/Palácio  do Governo, como a  edificação  de   nº 10 . Fora  edificado  num  promontório, o  mais alto e  inacessível, onde os  franceses  e, posteriormente  os  portugueses, se  estabeleceram como  Forte  São  Luis  e  Forte  São  Felipe, respectivamente. Alí residiram os Capitães Generais da Colônia, Governadores  do  Estado – Colônia, Presidentes  das  Províncias  no  Império  e  os Governadores  da  República. Esse  Palácio, em  1896, sendo, então  Governador   Manuel  Ignácio  Belfort  Vieira, foi  reformado .

O Governador Magalhães de Almeida, também Oficial da  Marinha do Brasil, no  período  de  1926  a  1929, também o reformou  e colocou  as  esculturas  dos  Leões na  entrada principal. Com isso, passou a ser conhecido como Palácio dos  Leões, destacando-se   na  atual  Avenida D. Pedro  II, antiga   Avenida  Maranhense, onde  está  instalada   a   Capitania  dos  Portos  do  Maranhão  desde  o  ano  de  1896.

25 NOV  1641 –  Acontece  a   Invasão  de  Tropas  e   Navios  holandeses  no  Maranhão, Porto  de  São  Luis, tendo  essa  Força  Naval  como  Comandante-em–Chefe  o  Vice Almirante Jan Cornellizoon   Lichthardcht. A  Esquadra   era  composta pelo septuagenário  Bento  Maciel  Parente, que  aportara  no  Maranhão, como  Capitão de  um  navio  da   Expedição  de  Alexandre  de  Moura, em   1615, reconquista/expulsão  dos  franceses  ocupantes.

Os habitantes  da  cidade  e  os   governantes,  em  atenção   dezoito   navios, que  adentraram  a   baía  de  São   Marcos e, cruzando  a   barra  do  porto, foram  ancorar  no  fundeadouro  do  Desterro, em  frente  ao  sitio  do  Tamancão. Ali desembarcaram a tropa  e   saquearam  a  cidade  de  São  Luis, incluindo-se  a  igreja alí  existente, uma  das   mais  antigas do Maranhão. Invadiram  a  cidade para dominarem  o  porto e o  comércio   marítimo, em  especial  a   exportação  do  açúcar.

O  Almirante  holandês  era  um grande   navegador  e  conquistador, já  tendo  realizado   desembarques de  tropa  em  outros  portos  do  litoral  do  Brasil; seus  navios  eram  oito naus  de  alto  bordo e  poder  de fogo  tipo  Hollandia, três iates  tipo  Tiger, duas  galeotas  tipo   Amsterdan  e  barcas, Governava,  então,  a   Província do  Maranhão  e Grão  Pará o  ao  Cerimonial  Marítimo Internacional de então, salvaram  primeiro  a   Esquadra  holandesa  como  se  fosse  amiga,  porém  como  esses não  responderam, dispararam  toda  a  artilharia  dos Fortes  sobre  os  navios  holandeses  que  transpunham  a  barra  do  porto  de  São  Luis, mas  esses  não  foram  atingidos  e  ancoraram  no  Desterro, fora  do  alcance  dos  canhões  dos  fortes  portugueses. Ao ocuparem a  cidade, os  invasores  holandeses  nominarm o  Forte  São  Felipe de  Forte  São  Miguel.

Legenda das fotos: Expediação fluvial ao Rio Amazonas; Esquadra Holandesa no Maranhão; Navegador Pedro Teixeira e o Palácio dos Leões.

HISTÓRIA  MARÍTIMA  E  PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE  31

¨Semper   navigatores  sumus  in fine  maris¨
(Somos sempre navegadores num mar sem fim)

 03 Março 1500 – Parte  do  Porto  de  Lisboa, Portugal, Praia  do  Restelo  ou  da  Saudade,  a  Frota  e   Esquadra  de  Pedro Álvares  Cabral, Almirante  conquistador  e  solteiro de  trinta  e  dois  anos. Era  composta  de  quinze   navios  e  mil  e  quinhentos  homens tripulantes  e  se  destinava  ao  Porto  de   Calcutá – Índia.

Na Nau Capitânea leva consigo instruções do Almirante português Vasco da Gama sobre provável existência de terras a oeste da rota marítima que percorrera em sua Expedição de 1498. Vale destacar que Cabral nunca havia embarcado e navegado em alto mar e que o avanço dos navios na rota era de cerca de seis nós, seis milhas náuticas por hora.

Após  enfrentar  várias   tempestades  tropicais  e  calmarias  equatoriais, avista  terras  e   aporta  no  litoral  do   atual  Estado  da  Bahia, em  vinte e  dois  de   abril  desse  ano  de  1500.  Ali  toma  posse   das  novas   terras em  nome  do  Rei  de  Portugal .

Após  deixar  tripulantes  nessas   terras   brasilis, onde  já  se  explorava  o  abundante  Pau   Brasil, navega  para  Calicute- Índia, onde,  ao  aportar, toma  posse, também,  daquelas  terras. Durante   essa   travessia  marítima  para  as  Índias, enfrenta  violentas  tempestades  marítimas  em  torno  do  Cabo  da  Boa  Esperança,  ao  sul  do  Continente  Africano, vindo a  perder  cinco  dos   seus  navios.

Desde  esse  ano  de  1500, a  construção  e reparo  naval  nessas  novas  terras  além  mar–brasil, começa  a  desenvolver-se, considerando  a   necessidade  de   embarcações  e  pequenos  navios para   trafegarem  nesse    extenso  litoral,  a  fim  de   ocupa-lo  e   povoa-lo. Isso  foi  a  origem  do  desenvolvimento   desse  imprescindível   segmento  do  poder   marítimo  nacional, levando-o  a  conquistar  na  década  de   setenta do  Sec. XX, anos  1975, a  posição  privilegiada  de   segundo  maior   construtor  naval  do   mundo.

Sec. XVI-Anos  1501  a  1600 – No  início  desse  Sec, Portugal  e  Espanha, países   participes  das  Grandes  Navegações  de  Explorações  Marítimas, fundam  Escolas  de  Navegação  para  Formação  de Tripulantes  dos  navios para   as  longas  e  distantes  viagens  marítimas, pois  a  formação  existente  anteriormente da  gente  do  mar, era por  tempo  de  embarque  nos navios e  pelas  experiências  adquiridas, o  que  levava  muitos  anos  para  qualificar os  tripulantes. Nessas  Escolas  de  formação  dos  navegantes, os  Roteiros das Viagens , as  Instruções  de   Navegação   escritos  se  tornaram  os  grandes e  cobiçados  Manuais  de  Formação  e  Instrução que   continham  preciosas  e úteis  informações  sobre as  correntes  marítimas, ventos, áreas   de   tempestades  marítimas, pontos  de  referência  no  litoral/costa  para  aterragem  e  amaragem  dos   navios, profundidades  na  rota, ancoradouros  e  tipo de  tensas  no  fundo, instalações e   facilidades  portuárias  e  outras  informações  hidrográficas  e  meteorológicas  de   utilidade  para  o  navegante.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 30

¨Cum nescis quidi facias e quo vadis, curre videre mare”
(Quando não souber o que fazer e para onde ir, corra para ver o mar)

ANO 1621- Recriado pela Coroa Luso-espanhola o Estado do Maranhão e Grão Pará, com a Capital em São Luís . Abrangia terras litorâneas , desde o atual Ceará até o Amazonas, extendendo-se para o interior . Era separado do Estado do Brasil, cuja Capital estava em Salvador-Bahia . Esse grande Estado criado, possuía um vasto litoral, desde o Rio Oiapoque ao norte até o Ceará/ Rio Grande do Norte , a nordeste.

Ainda nesse ano de 1621, fora edificado o imóvel do Senado da Câmara Municipal de São Luis, onde hoje encontra-se a Prefeitura da Cidade, o Palácio La Ravardiere. O Primeiro Presidente da Câmara fora o Capitão do Mar Simão Estácio da Silveira; posteriormente passou a ser a Cadeia Pública.

1624 – A partir desse ano, com o advento das Invasões Holandesas na Bahia e Pernambuco – 1630, a Metrópole estabeleceu Tropas e Esquadras com suas tripulações nos Portos do litoral de norte a sul do país.

Nesse ano nomeia-se o Primeiro Governador do novo Estado do Maranhão e Grão Pará, Francisco Coelho de Carvalho. Já em 1625, esse Governador inspeciona o extenso litoral do seu Estado, embarcado em quatro navios tipo Caravelões da Costa, que muito eram empregados nessas incursões marítimas.

1630 – Nesse ano, Bento Maciel Parente, então Governador do Estado do Maranhão e Grão Pará , manda construir um grande e longo muro circundando a cidade de São Luis do Maranhão , na parte inferior do promontório do Forte de São Felipe e da sede do governo, junto ao mar, desde a Praia Grande a Praia Pequena.

Ainda nesse ano, o Forte de São Felipe – ex São Luis, fora reformado e reconstruído em pedra e cal. Construiu-se, então, uma Morada para o Governador do Estado. Também nesse ano, os franceses que haviam sido expulsos do Estado do Maranhão e Grão Pará – França Equinocial e do Estado do Sudeste – França Antártica, encetam Expedições Marítimas à Costa da Africa, com uma Esquadra de navios comandada por Isaac de Rasilly.

1637/1638 – O então Governador, Bento Maciel Parente, manda reforçar e ampliar o muro que circunda a cidade, desde a Praia Grande a Praia Pequena, acompanhando a orla marítima do antigo Porto de São Luis, a fim de melhor conter as enxurradas das chuvas que já assoreavam os ancoradouros dos navios. Proporcionava, também, um caminho a beira mar, a atual avenida Beira Mar.

HISTÓRIA MARITIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 29

“Nihil est enim mellius lenire homines, quam aurae maris et immensitas maris”
“Não há nada melhor para acalmar as pessoas , do que a brisa marinha e a imensidão do mar”

1499 – Deixa o Porto de Palos na Espanha , o mesmo de onde saíram os navios de Cristovão Colombo , a Expedição Marítima de Alonso de Ojeda , com quatro Caravelas ,pois este navegador já havia participado das viagens de Colombo. Tinha a missão de explorar o litoral /costa da atual Venezuela descoberto por Cristovão Colombo sobre o qual afirmava haver descoberto um novo Continente . Estava embarcado em uma das caravelas de Ojeda , Américo Vespúcio , italiano de Florença , que fora indicado pelo Ministro espanhol Fonseca para relatar as vantagens comerciais das novas terras descobertas para a Espanha . Em suas incursões marítimas , os navios adentraram o atual Golfo da Venezuela e o Lago Maracaibo e chegaram até o atual Suriname. Todos das tripulações dos navios , confirmaram estarem em um Novo Continente , um Novo Mundo . O Relatório consubstanciado de Américo Vespúcio fez com que em 1508 , o geógrafo alemão Waldseemuller , autor do Primeiro Mapa Mundi em que figura o Novo Continente ,nomeie essa quarta parte do globo terrestre de América , homenageando Américo Vespúcio e relegando os feitos marítimos do grande navegador e explorador marítimo Cristovão Colombo .

28 Novembro 1499 – Sai do porto de Palos, na Espanha, a Expedição Marítima de Vicente Yanez Pinzon, ele que fora comandante da Caravela Nina na expedição colombina. Chegam ao litoral do atual Brasil, em janeiro do ano de 1500, seguindo uma rota marítima que depois foi usada por Pedro Álvares Cabral ; passa pelas ilhas do arquipélago de Cabo Verde e aporta no Cabo Santo Agostinho ou Consolacion, após vinte dias de travessia marítima. Desiste de rumar para o Sul e navega para o Norte, chegando até a Foz do Rio Amazonas – Ilha de Marajó, junto com Diogo de Lepe. São os primeiros navegadores espanhóis a cruzarem o Equador Terrestre; nomina aquele caudaloso rio de Santa Maria de La Dulce Mar.

1499 – O navegador Gonçalo Pizarro , espanhol , adentra e navega pelo Rio Amazonas, nominando-o de Rio Marañon, em homenagem a um companheiro de viagem Fernando Gonçalves Marañon. Nesse período de 1499 a 1570, a Espanha empreende cerca de vinte e duas Expedições Marítimas a Amazônia – Mar Dulce ou Rio Marañon.

1500 – A partir desse ano, a Marinha Portuguesa inicia a formação de Esquadras para a proteção do tráfego e comercio marítimo das suas Frotas, principalmente para a Carreira das Indias e, posteriormente, para a Carreira do Brasil. Além disso, esses grandes navios das frotas transportavam tropas para manter e proteger as conquistas portuguesas de Além Mar.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 28

¨Fortes simus et perseverantes sicut aquae mare¨
(Sejamos fortes e perseverantes como as águas do mar)

04 MAIO 1617 – Fora criado pelo Monarca Felipe III da Espanha e II de Portugal o Estado do Maranhão , autônomo, que englobava as Capitanias do Maranhão e Grão Pará.

FEVEREIRO DE 1618 – Falece em São Luis do Maranhão, Jerônimo de Albuquerque Maranhão, o Capitão da Conquista, com setenta anos de idade, na cidade que tanto amou e defendeu. Os seus restos mortais encontram-se na Capela de Nossa Senhora das Candeias, Engenho Cunhau, em Pernambuco. Após a sua morte, assume o Governo do Estado o seu filho Antonio Matias de Albuquerque até o ano de 1619. A partir desse ano, assume Simão Estácio da Silveira, Capitão do Mar da Expedição Povoadora do Estado do Maranhão.

1618 – Nesse ano , chega ao porto de Santa Maria, São Luis do Maranhão. a Expedição Povoadora de Simão Estácio da Silveira. Vem organizar administrativa e politicamente a cidade ; cria a Primeira Câmara e organiza militarmente a defesa da cidade e do porto, que passa a ser comercialmente ativado, com carga e descarga das mercadorias dos navios , ancorados nos ancoradouros do Palácio , do São Francisco e do Desterro , cujas profundidades na baixa mar era de cerca de cinco braças permitindo, assim, a operação de grandes navios. Desde essa época , o Porto e a Barra da Baía eram considerados como de boa tensa, boas condições, bons ventos, boas profundidades e correntes de marés. Os navios poderiam chegarem e saírem a qualquer hora do dia e da noite com suas cargas de produtos agropecuários como açúcar , algodão , arroz e sal pra exportação e importar produtos da Metrópole e da Inglaterra, como azeite, bacalhau, vinhos e tecidos.

1619 – Nesse ano , inicia-se o povoamento da cidade com imigrantes, os Colonos trazidos de navios das Ilhas dos Açores sob a orientação do Capitão do mar Estácio da Silveira. Foram cerca de duzentos casais de colonos para trabalharem nos engenhos de açúcar e povoarem a cidade. Essa atividade de produção de açúcar já despertava o interesse econômico do europeu, em especial o holandês.

Fotos: São Luís, capital do Estado do Maranhão e Câmara Municipal de São Luís.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 27

¨Sit vita immensa et potens sicut mare¨
(Que a vida seja imensa e pujante, como o mar)

Legendas: Expedição marítima de Vasco da Gama; foz do rio Orinoco e navios do Almirante Vasco da Gama.

1497 – Parte do porto de Lisboa – Portugal para as Índias Orientais a Esquadra do Almirante português Vasco da Gama. Era composta de vela redonda -Naus e uma Caravela de mantimentos , que se reabastecia nos entrepostos comerciais portugueses no litoral/costa africana. Nessa expedição marítima morreram cerca de trinta tripulantes de escorbuto e houve princípio de motim a bordo dos navios.

Essa travessia marítima tinha o propósito maior de provar que se poderia chegar as Indias pelo caminho do mar , pois os portugueses tinham sido os pioneiros das primeiras rotas marítimas transoceânicas ,ligando do oceano Atlântico-Europa ao oceano Indico–Ásia , via sul do continente africano.

Essa expedição marítima navegou durante o ano de 1498 e somente regressou ao porto de Lisboa em 1499 , com a metade da sua tripulação , desanimada e acometida de escorbuto.

Em suas navegadas, Vasco da Gama aproximou-se de terras que, posteriormente, foram nominadas de Brasil, localizadas a Oeste e houve travessias marítimas com duração de três meses sem visão de terra, navegação de mar aberto. Para a época fora pioneirismo, pois a navegação era costeira, entre portos da costa/litoral africano, em faina de reabastecimento dos postos comerciais.

1498 – Nesse ano, também, Cristóvão Colombo em continuidade ao seu projeto de viagens marítimas para oeste , alcança a foz do rio Orinoco , litoral norte da América do Sul , atual costa da Venezuela. Verifica, então , que a foz desse caudaloso rio possuía uma grande vazão dagua , não podendo, assim , ter suas nascentes em ilha mas , sim em um continente . Cristóvão Colombo desembarca na ilha de Trindade e na ilha Margarita.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 26

¨Qui mare it, semper commeatus terra possidebit¨
(Quem vai pro mar deve sempre se abastecer em terra)

1615 – A expulsão dos franceses da almejada França Equinocial , constitui-se uma verdadeira Efeméride naval / marítima , que deva ser homenageada e cultuada pelos maranhenses e por todos os brasileiros pois, foi decidida pela vitória portuguesa sobre os franceses na Batalha Naval de Guaxenduba, ocorrida em 19 de novembro de 1614 . Destacam-se nessa reconquista da Província do Maranhão e Grão Pará , Jerônimo de Albuquerque Maranhão –Capitão Mor , primeiro brasileiro nato a comandar navios e tropas na defesa do território pátrio brasileiro ; Alexandre de Moura que chegou ao Maranhão com sua esquadra de apoio a Jornada Milagrosa e Diogo de Campos Moreno-Sargento Mor do Estado do Brasil e da Campanha da Reconquista.

22 DEZ 1615 – Alexandre de Moura , Capitão Mor da Conquista do Maranhão e Grão Pará , passa um Regimento a Francisco Caldeira Castelo Branco para zarpar do porto de São Luis – Forte São Felipe para a conquista do Grão Pará -Rio das Amazonas ; deveria sondar e reconhecer a costa / litoral e levantar um Forte no Rio Pará e ali fundar uma cidade , que viria a se chamar de Belém do Pará.

09 JANEIRO 1616 – O Capitão Mor Alexandre de Moura , partícipe da Campanha da Reconquista da Província do Maranhão e Grão Pará , deixa para o Governador Jerônimo de Albuquerque Maranhão o Regimento da Cidade de São Luis , com o Primeiro Plano de Urbanização da Capital.

A atual AIlha de São Luís do Maranhão já havia recebido várias denominações . Dá-se , então , a colonização da Província com edificações , reformas do Forte Sardinha, que era um fornecedor de farinha para os navios – na Ponta do São Francisco – e reforma do Forte São Felipe , tudo sob coordenação do Engº Francisco de Frias . Foram criadas oficinas de ferraria , serralheria ,olarias , construção naval . Para a ocupação territorial , foi doada a Capitania de Cumã a Martin Soares Moreno que , com os seus conhecimentos náuticos e da região , muito contribuiu para a chegada dos portugueses a Província do Maranhão e Grão Pará.

04 MAIO 1617 – Fora criado pelo Monarca de Portugal e Espanha Felipe III, o Estado do Maranhão que correspondia a Província do Maranhão e Grão Pará.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 25

Not obstat mare, sede seato; not mare separat, sede integrat
(O mar não e´ obstáculo, mas um caminho; mar não separa, mas integra)

03 AGÔSTO 1492 – Cristóvão Colombo tendo concebido realizar uma viagem à China, navegando para oeste com uma aportagem em Cipanga – Japão , aproveitando o sistema de ventos do oceano Atlântico Norte e fascinado pelas ideias do sábio florentino Paolo de Tosamelli, que assegurava ser a terra redonda, sendo, assim , fácil chegar as Índias navegando para oeste-o poente – e por ser os mares tão extenso e alguns já mapeados , partiu com seus navios do porto de Palos – Espanha. Esse porto fora escolhido como ponto de partida da expedição , por possuir disponibilidade de navios e navegantes , como os pilotos Martin e Vicente Yanes Pinzon. Eram três navios denominados de Santa Maria -25 metros de comprimento , 8 metros de boca/largura e 3 metros de calado com capacidade de 30 toneladas ; os outros navios eram a Pinta e a Nina , classificadas como duas caravelas e uma charrua . Sua tripulação fora de nove oficiais e cento e vinte marinheiros.

Depois de quase dois meses de viagem, cerca de trinta e cinco dias evitando os ventos de oeste no oceano Atlântico Norte ,latitude de 28 graus norte , e aproveitando os ventos alísios de nordeste , os navios da Expedição Colombina aportam na Ilha de Guanaani , atual Ilha de São Salvador, era cerca de duas horas da manhã do dia 12 de outubro de 1492. Nessa viagem Colombo cita a sua célebre frase: ¨Com esse sol tropical, ardendo sobre o mar oceano, parece ensanguentado, fervendo como uma panela em fogo forte¨.

Posteriormente, esse novo Continente é redescoberto em sua seção central e recebe o nome de América , em homenagem a Américo Vespúcio , comerciante / aprovisionador marítimo que muito se aventurou pelas águas americanas e fora confidente de Cristóvão Colombo .

Cristóvão Colombo realiza outras três viagens, descobrindo inúmeras ilhas do atual Mar do Caribe e litoral da atual Venezuela , chamando de Índios os habitantes dessas paragens ; alcança a foz do rio Orinoco , cujo volume de águas de sua vazão leva o navegador a concluir e afirmar que aquelas águas provinham de um continente e não das ilhas . Seu subcomandante na primeira viagem histórica fora Martim Afonso Pinzon.

Ressalta-se que nessa década de 1490 das Expedições Marítimas Colombinas ao Novo Mundo , já existiam nessas terras descobertas , os Impérios Inca , nos Andes e o Asteca , no atual México .

As posteriores expedições marítimas ao Novo Mundo buscaram encontrar e descobrir as tão almejadas Ilhas de ouro e prata no oceano pacífico , o que já era praticado pela civilização Inca.

1493 – O navegador português João Coelho já noticiava a existência , em suas navegações , de terras a oeste e no hemisfério sul , provavelmente as da atual América do Sul / Brasil.

07 JUNHO 1494 – Tendo em vista os descobrimentos marítimos de além mar, é elaborado e assinado o Tratado de Tordesilhas , estabelecendo que as Terras a leste do meridiano que passa pelo centro dessa cidade espanhola , pertenceriam a Portugal , e as que ficassem a oeste desse citado meridiano pertenceriam a Espanha. Uma Bula Papal tipificava esse Acordo , consequência das descobertas realizadas por Cristovam Colombo a oeste . Outros s países europeus , como a Grã- Bretanha , França e Holanda não concordavam com essa partilha , pois apelavam para a doutrina da liberdade dos mares –Mare Liberium e, não do Mare Clausum.

1496/1497 – Américo Vespúcio , que fora confidente do navegador Cristovão Colombo , florentino , transferindo-se , posteriormente , para Sevilha- Espanha , onde tornou-se um aprovisionador / fornecedor de navios das Frotas das Indias Ocidentais , fez parte da Expedição Marítima de Alonso de Ojeda, que havia sido o braço direito de Cristóvão Colombo em suas viagens ao Novo Continente.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 24

¨Magni nautae famam et famam tempestatibus, tempestatibus in mare debent¨
(Os grandes navegadores devem a sua reputação/fama aos temporais /tempestades no mar)

OUTUBRO/1615 – Ancorado com sua Esquadra de navios no porto de Primeira Cruz, mandou o Capitão Mor Alexandre de Moura sondar os canais e baixios até a Grande Ilha do Maranhão pelos Pilotos Manuel Gonçalves e Gaspar Rodrigues , onde ainda estavam instalados os franceses , mas sob a Trégua de Guaxenduba . Após os devidos levantamentos hidrográficos e informações necessárias e aproveitando-se da corrente marítima que era de vazante , suspenderam os navios da esquadra com destino a Ilha do Maranhão . Desviando-se dos baixios , adentraram a baía de São Marcos ,desviando-se da ponta de Tapuitapera , atual Alcântara em frente a Grande Ilha do Maranhão. A corrente marítima nesta baía de São Marcos era de nordeste para sudoeste , enchente , e a profundidade do Canal de Navegação variava de vinte a trinta braças , bem profundo. Na Ilha do Maranhão destacava-se Fortaleza de São Marcos.

Com a chegada dos tão almejados reforços com Alexandre de Moura, há deslocamentos de tropas portuguesas para a sede com Jerônimo de Albuquerque provindo do Forte de São José do Itapari-Caur e ocorre o bloqueio do Porto de Santa Maria/São Luis pelos navios da esquadra de Alexandre de Moura que ancoram no ancoradouro da Ponta do São Francisco-Forte Sardinha.

Com isso, é exigida a rendição dos franceses, então cercados por terra e mar pelos portugueses. Era o dia 01 de novembro de 1615, quando o forte São Luis dos franceses é bombardeado pelos navios da esquadra portuguesa da reconquista. Nos dias 2 e 3 de novembro, o Chefe francês Daniel de La Touche reunidos no Forte Sardinha, na ponta do São Francisco, que posteriormente seria comandado por Diogo de Campos Moreno, assina a rendição das forças francesas às forças portuguesas.

Assim a Capitania – Estado – Provincia do Maranhão e Grão Pará retorna ao domínio de Portugal, sob o Comando do Capitão Mor Alexandre de Moura. Posteriormente , ele nomeia Jerônimo de Albuquerque Maranhão seu Primeiro Governador . Ato continuo , em 4 de novembro de 1615 , uma quarta feira , Alexandre de Moura passa para os portugueses a posse do Forte São Luis , nominando de São Felipe que possuía treze peças de artilharia .

21 NOV 1615 – O francês Daniel de La Touche , Senhor de La Ravardiere ,mentor da França Equinocial , retira-se com seus navios e soldados da Grande Ilha do Maranhão ,sede do Estado do Maranhão e Grão Pará. Porém, permanecem na Ilha algumas famílias francesas e dois navios. E´ conduzido por Alexandre de Moura até Pernambuco e, posteriormente, para Lisboa-Portugal, onde fica preso no Forte de Belém.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 23

¨Navigare contra mare currentem, capit animus, spiritus nauta et perseverantium¨
(Para navegar contra a corrente marítima é preciso coragem, espírito marinheiro e perseverança)

1485 – Navegadores normandos , da peninsula escandinava , aportam na península do Labrador , no atual Canadá – América do Norte , precedendo ao navegador Cristovão Colombo que aporta nesse continente , somente em 149od2.

1486 – O navegador genovês Cristovão Colombo , trabalha no seu plano expedicionário de atravessar o oceano Atlântico navegando para oeste , pois já sabia que os ventos de leste o levariam e os ventos de oeste o trariam de volta ao porto de origem.

1487 – Parte do porto de Lisboa-Portugal o experiente oficial da Marinha portuguesa o navegador Bartolomeu Dias, em 3 navios e 2 caravelas com a tarefa de dar continuidade as suas expedições marítimas para encontrar o Caminho Maritimo para as Indias, contornando o continente africano, navegando pelo seu litoral/ costa ocidental e oriental.

Amarando para o oceano Atlântico, já no hemisfério sul, abaixo da linha equatorial, aproveitou os ventos alísios de nordeste para descer para o sul; os ventos predominantes de oeste, predominantes nas latitudes mais ao sul, o levaram a costa oriental africana, onde ancorou seus navios e desembarcou ,após contornar o extremo sul desse vasto continente já navegado por ele, anteriormente.

Ùltima década dos anos 90 –anos 1491 a 1500 – Nessa década exploradores matítimos buscam nas comunidades pesqueiras de alto mar ,importantes escolas de navegação , navios e tripulantes para as suas várias expedições martimas .Acontecem nessa década , grandes viagens marítimas de descobrimento e exploração marítima como a de Cristovão Colombo , Vasco da Gama e Pedro Alvares Cabral . Nas fotos acima a Expedição Nórdica ao Labrador; Rotas dos Northmaes; e Cabo Boa Esperança Sul-África.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 22

¨Quotiens cogitamus a Deus navigare , malus semper navem paratam habet¨
(Toda vez que pensamos em navegar para longe de Deus, o maligno tem sempre um barco pronto)

27/28 NOVEMBRO 1614 – Nesses dias históricos, fora assinado, então o Tratado de Paz entre os franceses e portugueses, após a vitória portuguesa sobre os franceses na Batalha Naval de Guaxenduba. Ficara acordado que os franceses continuariam ocupando a Grande Ilha do Maranhão e os portugueses continuariam no continente. Fora liberado o tráfego de navios e embarcações portuguesas na baia de Guaxenduba/São José.

29 NOV 1614 – Os navios e as embarcações miúdas da Esquadra francesa de Daniel de La Touche retornam, por mar e pelo estreito dos Mosquitos, ao porto da Ilha do Maranhão, na enseada das fozes dos rios Anil e Bacanga. Os portugueses tomam posse, definitivamente, do Forte de São José do Itapari, que viria a se tornar importante base de apoio para as incursões portuguesas na Grande Ilha do Maranhão, a Upaon Açu indígena.

13/16 DEZEMBRO 1614 – Suspende, levanta âncoras, do Porto da Ilha do Maranhão a Nau francesa Regente, com os representantes franceses Monsieur Du Pratz e Maiilart e a Caravela portuguesa com os representantes portugueses Gregório Fragoso de Albuquerque e Diogo de Campos Moreno, para a Europa, a fim de verificarem, junto aos Monarcas de França e de Portugal, como ficariam as terras do Maranhão e Grão Pará, após a vitória portuguesa no embate de Guaxenduba. Ao navegar, a Nau Regente desfralda as velas/panos dos mastros e salva com tiros de canhões o Forte São Luis. Este, então, reponde as salvas, mas há um acidente com seus canhões, fazendo vítimas em artilheiros.

Final do ano de 1614 – Aporta em São Luis do Maranhão, o navegador português Francisco Caldeira Castelo Branco, com quatro navios, em apoio a Campanha da Reconquista de Jerônimo de Albuquerque. Posteriormente, sob as ordens desse Capitão, navega pelos rios da Amazônia para fundar e ocupar a cidade de Belém do Pará.

05 DE OUTUBRO DE 1615 – Suspende do porto de Pernambuco, os navios da Esquadra de Alexandre de Moura, nomeado que fora Comandante-em-Chefe da Conquista do Maranhão e Grão Pará a fim de apoiar a Jornada da Reconquista ou Jornada Milagrosa de Jerônimo de Albuquerque. Tem como Piloto do navio Capitânea o navegador português Manuel Gonçalves. O desafio maior da travessia marítima era evitar os baixios do Parcel Manuel Luis, onde, em 1535 naufragara navios da frota de Aires da Cunha, sendo os primeiros navios portugueses a aportarem no Maranhão. Sob o comando de Alexandre de Moura haviam cinco navios grandes, uma Caravela e um Caravelão da Costa, com cerca de novecentos embarcadiços, sendo seiscentos soldados. Após navegarem pela costa / litoral pernambucano, pelo litoral do extremo nordeste e costa do Ceará, fundeiam com vistas para o forte; era o dia 10 de outubro de 1615. Já no dia 16 de outubro suspendem os navios da Esquadra de Alexandre de Moura, navegando para oeste afastando-se do litoral alcançam a barra da baía de Grand Dance, foz do rio Periá. Ali , observaram, no povoado de Primeira Cruz, a grande cruz fincada por Jerônimo de Albuquerque, seu fundador. Nas fotos, Costa Leste-Oeste do Maranhão e Grão Pará; Oceano e Nau caravelas.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 21

¨Aliquando Deus in mari tempestatem sedat, interdum nautam naviganten placat¨
(Muitas vezes Deus acalma a tempestade no mar, outras vezes acalma o marinheiro no navegar)

ANO 1455-SEC. XV – Fora editada pela inventada máquina impressora do Inventor Gutemberg , na cidade de Estrasburgo na Alemanha , um dos primeiros exemplares da Bíblia Sagrada Cristã , onde há textos e citações sobre os rios Jordão ,Tigres e Eufrates , Nilo e sobre o mar da Galileia ou lago Tiberíades e sobre o mar Mediterrâneo e mar Vermelho

1469 – Os navegadores portugueses João de Santarém e Pedro de Escobar chegam ao litoral das Minas, Costa Ocidental africana , e em 1471 descobrem as importantes Ilhas de São Tomé Principe. No período de 1469 a a 1475 , há grande impulso nas explorações marítimas portuguesas pelo litoral ocidental africano , através do comerciante lisboeta Fernão Gomes que percorreu cerca de mil e duzentas milhas náuticas desse litoral , instalando postos comerciais ,tendo alcançado o cabo de Santa Catarina na latitude – paralelo de 2 graus Norte.

1470 – O navegador genovês Cristovam Colombo inicia a sua familiarização comercial nas águas e portos mediterrâneos ocidental e litoral / costa atlântica ocidental africana.

1473 – Os navegadores ibéricos – Península Ibérica- em suas navegações marítimas ultrapassam/ transpõem o Equador Terrestre – Latitude Zero Grau. Destaca-se o navegador português Lopo Gonçalves busca a navegar pelo hemisfério sul terrestre ,ainda desconhecido, procurando novas rotas e mercados para o comércio marítimo mundial.

1480/1490 – Devido a criação da Liga Hanseática ,que passou a disputar com os ingleses o mercado marítimo do Mar do Norte e do Mar Báltico , passaram os britânicos tendo como base o porto de Bristol –Ilhas Britânicas a despacharem expedições marítimas rumo a oeste em busca de novos mercados para um comercio marítimo . Nessa época os estaleiros navais da cidade-porto , já construiam grandes navios para o alto mar.

1482 – D. João , Rei de Portugal, manda construir o Forte São Jorge da Mina, com seu núcleo/assento populacional , passando a ser a mais importante das Possessões Portuguesas na costa / litoral ocidental africana.

1483 – Diogo Cão, navegador português, alcança o cabo Cruz, mais ao sul do litoral ocidental africano, delineando o formato daquela costa , até a latitude de vinte e dois graus Sul.

1484 – Cristovam Colombo, então convivendo em Portugal , propõe ao Rei D. João o seu Projeto de alcançar a Ásia, navegando para Oeste. Sem perceber qualquer sensibilidade e interesse do Monarca português, levou o seu acalentado Projeto ao Rei da Espanha e Castela, Fernando e Isabel , já em 1485 . Porém , somente fora aceito, em 1492 , quando recebeu apoio dos Monarcas e iniciou os preparativos para a sua almejada Expedição Marítima rumo ao oriente via ocidente.

1484/1487 – O navegador português Bartolomeu Dias contorna o Cabo das Tormentas ou da Boa Esperança, extremo Sul do Continente Africano ,descortinando pela proa dos seus navios o Oceano Indico. Após essa efeméride marítima , há um grande incentivo à construção de navios de alto bordo, naus / naves, uma evolução das Caravelas. Esse tipo de navio conseguia transportar cerca de 600 toneladas de carga ; posteriormente evoluíram para os galeões com capacidade de 1200 toneladas de carga e armados com até noventa canhões.

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 20

¨Hoc est in procellas e tempestates al mare ut discit navigare et in mare vivere¨
(É com as tempestades e tormentas marítimas que se aprende a navegar e viver no mar)

19 NOV 1614- Travada a Batalha Naval de Guaxenduba nas águas da , então , baía de Guaxenduba , atual baía de São José, circundante da Grande Ilha do Maranhão ou Ilha de São Luis , entre Forças armadas francesas e portuguesas .

Participaram da Batalha Forças navais e tropas francesas que estavam estabelecidas na Ilha de São Luis – Upaon Açu , sede da França Equinocial . Eram onze navios de alto bordo , como as naus Regente e Charlotte , comandadas pelo Capitão Du Pratz e Maillart e acompanhadas de cerca de cinquenta canoas grandes tripuladas pelos índios Tupinambás e outras embarcações como lanchas . Além disso , haviam instalado o Forte de São José do Itapari . Possuiam como armamento canhões , arcabuzes , mosquetes , espadas , arco e flexa e pistolas . Nas embarcações e navios , haviam cerca de quatrocentas a quinhentas pessoas e dois mil índios tupinambás flecheiros.

Os portugueses que estavam estabelecidos no continente , promontório de Guaxenduba , sitio de Santa Maria possuíam três nvios redondos de cerca de 150 toneladas , uma Caravela de 100 toneladas e alguns Caravelões . A fortificação de Santa Maria ,onde se entricheiravam , além do forte de São José do Itapari que já haviam conquistado dos franceses .Tinham poucos canhões , arcabuzes e mosquetes , mas muito arco e flexa dos índios Tapuias , seus aliados.

O comando das ações era de Jerônimo de Albuquerque , auxiliado por Diogo de Campos Moreno : o comando das ações dos índios tapuias era do Capitão Madeira . Pela manhã desse histórico e épico dia dezenove de novembro , no lusco fusco do crepúsculo matutino , a Esquadra francesa acompanhada de cerca de cinquenta canoas indígenas aproximam-se do forte de Santa Maria de Guaxenduba , navegando pelas águas da baía ,usando as velas e os remos , sob o Comando Supremo de Daniel de La Touche – Senhor de La Ravardiére .Estando a baía ocupada de embarcações ,a Operação francesa consistia no desembarque das suas tropas na praia para a tomada do forte e combate aos portugueses , sob os bombardeios dos navios franceses , aproveitando o fator de força que os possuíam sobre os portugueses.

Assim sendo , Daniel de La Touche propõe a Jerônimo de Albuquerque uma rendição ,porém não é aceita.Com isso , sob suas ordens os portugueses atacam os franceses que já haviam desembarcados na praia , estando as suas tropas divididas ; com a surpresa desse ataque e a ferocidade dos índios Tapuias contra os índios Tupinanbás seus inimigos , houve muitas perdas humanas de franceses como soldados , índios e oficiais como o Capitão Pezieux e alguns nobres . Esse ímpeto das tropas portugueses para a luta surpreendeu as tropas francesas , mesmo sendo maioria

.Então , La Ravardiere a bordo do seu navio Capitânea ordena aso navios um bombardeio cerrado, com seus canhões ao forte de Guaxenduba e às tropas portuguesas nas praias . Mas a maré das águas da baía era de vazante , incontinente , não permitindo maior aproximação dos navios das praias e do forte . Perdendo o alcance do fogo dessa artilharia . Havia perigo dos navios encalharem . Além disso , a artilharia portuguesa contra atacava , provocando muito barulho e fumaça e incêndios nas canoas indígenas pró franceses que se encontravam encalhadas nas praias , tendo em vista a maré que vasava celeremente.

As perdas de pessoal e material , a impetuosidade de lutar dos portugueses e dos índios tapuias e os incêndios assustaram os franceses e os índios tupinambás que começaram a recuar e se retirarem da cena de ação. Aliada a esse cenário bélico , os portugueses se admiram com o milagre que passa a acontecer da transformação das pedras e projetis e das areias em pólvora , pois já estavam com a munição minguada .Isso foi grande motivação e causa para quererem vencer as lutas e a batalha .

Daniel de La Touche , La Ravardier , considerando as suas perdas e a reação e determinação de lutar dos portugueses , propõe a Jerônimo de Albuquerque uma trégua ,que logo é aceita ,pois as forças francesas mesmo sendo derrotadas continuavam superiores a dos portugueses ,quanto a navios e tropas .

21 NOV 1614 – Nesse dia glorioso é assinada uma trégua entre Jerõnimo de Albuquerque e Daniel de La Touche , após a Batalha Naval de Guaxenduba . Deviam serem cessadas todas as hostilidades entre os beligerantes , mas as foraças francesas permaneceriam nas águas da baía de Guaxenduba . Houve , então , troca de prisioneiros e feridos ; morreram 11 portugueses e 115 franceses . Nesse documento de trégua Jerônimo de Albuquerque acrescenta o nome de Maranhão na sua assinatura . Os portugueses se apossam do forte de São José do Itapari , que seria a futura base de apoio aos portugueses para adentrarem a Grande Ilha do Maranhão , ocupada pelos franceses .

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 19

¨Mare Magnum est telltale rugit ut nos non obliviscamur¨
(O mar é um grande avisador, brame alertando que não o esqueçamos)

Séc XV – Anos de 1401 a 1500 – Década de 30 – Em várias partes do mundo conhecido , muitos países buscam estabelecerem comunicações marítimas além mar , como os chineses , turcos e russos . Os turcos , já no final desse século , tornam-se uma potencia marítima regional e mundial , aumentando o seu império terrestre e marítimo .

.1434 – Navegadores portugueses , escudeiros do Infante D. Henrique , sob o comando do navegador Gil Eanes , contornam o cabo Bojador , estremo ocidental da costa / litoral ocidental africano , após várias tentativas . Navegam em dois Bergantins ,embarcação semelhante às Barcas e Barinel.

.1450 – Nesse ano , nasce em Gênova na Italia , Cristovam Colombo .Ali começa a aprender os rudimentos de uma cultura marítima , geografia e cartografia náutica , convivendo com as águas do mar Mediterrâneo . A sua cidade , assim como a de Veneza , com exíguos territórios , se aventuravam para o mar em busca de novas terras e produtos para a sobrevivência da população e do comercio marítimo . Embarcado , começa a navegar pelo mar Egeu e mar do Norte , num comerciar marítimo mediterrâneo e costeiro.

Já em Portugal , em 1477 , começa a elaborar seu Projeto de navegar em busca da Ásia , no rumo oeste . Como estudioso e bom leitor que era , aproveitava a literatura da época para adquirir conhecimentos e confirmar a sua concepção de que o planeta Terra era esférico. Passa , então , a conviver em Lisboa e ilha do Porto Santo , no arquipélago da Madeira . Colombo estava em Lisboa , quando o navegador Bartolomeu Dias retornou da Expedição Marítima que contornara o Cabo da Boa Esperança ou das Tormentas , extremo sul do continente africano. Isso o deixou , mais ainda , fascinado pelo mar e para viajar pelo mar .

.Década de 40 – Os canhões , ex bombardas , passam a serem fabricados em bronze fundido e as balas/projetís em ferro fundido , o que contribuiu para o seu uso a bordo dos navios , armando-os. Iniciam-se as viagens de explorações marítimas do oceano Atlântico ,empregando as embarcações tipo Caravelas –Karabos-Escaravelo, desenvolvidos e projetados pelos portugueses , unindo os projet9s mediterrâneo e nórdico.

.1453 – Nesse ano , ocorre a tomada da cidade de Constantinopla pelos turcos bloqueando , com isso , a rota das caravanas do Cairo-Frotas de cinquenta navios que chegavam a cidade porto , via mar Mediterrâneo , mar Vermelho , golfo Pérsico , mesopotâmia / Entre rios Tigre e Eufrates .Essas Frotas abasteciam aquela região de especiarias como pimenta do reino , cravo ,canela ,nós moscada , baunilha , madeiras nobres , marfim e pedras preciosas .

HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL –PARTE 18

¨Sicut nautae faciunt boni qui in tempestate scapham lente gubernat¨
(Faça como um bom marinheiro que, durante a tempestade, conduz o barco devagar)

30 OUTUBRO A 17 NOVEMBRO 1614 – Período intenso de hostilidades entre os ocupantes franceses e os defensores portugueses das terras do Maranhão e Grão Pará / Grande Ilha do Maranhão e outras terras indígenas dos tupinambás pró franceses . Esses indígenas incursionavam com as suas grandes canoas , navegando pelas águas da baía de Guaxenduba , a fim de espionarem e reconhecerem o potencial de combate dos portugueses . Os índios Tapuias , moradores da terras do continente , se aliaram aos portugueses se tornando inimigos dos índios Tupinambás pró franceses . Além disso , lanchas francesas sob o comando do Capitão Du Pratz , navegavam pelas águas da baia de Guaxenduba em tarefas de patrulhamento das ins talações do Forte de Santa Maria e dos navios portugueses . Houve troca de tiros de canhão do forte de Santa Maria português e do forte São José do Itapari francês .

05 NOV 1614 – Dois navios portugueses , caravelões , com o exímio Piloto Sebastião Martins , tentam cruzar a barra da baía de Guaxenduba / São José , para buscarem reforços em Pernambuco , mas são rechaçados e hostilizados pela Nau francesa Regente , comandada pelo Capitão Maillart , guardião do bloqueio naval francês . Mas a nau francesa não consegue bloquear a saída dos caravelões portugueses por serem mais manobráveis e devido as condições de maré vazante e temporal ocasional na baia de Guaxenduba

07 e 10 NOV 1614 – Navios franceses preparam emboscadas para navios portugueses nos bancos de areia da baía , além de abordagem indígena . Canoas indígenas dos Tupinambás da Grande Ilha continuam suas hostilidades e incursões relâmpagos contra os portugueses estabelecidos no forte Santa Maria de Guaxenduba e aos navios portugueses . Diogo de Campos Moreno , Sargento Mor e subcomandante de Jerônimo de Albuquerque treina a tropa portuguesa e as tripulações dos navios ancorados próximos a praia ,contra os saques tentados pelos indígenas pró franceses .

11 NOV 1614 – A partir dos quartos dalva de serviço desse dia , os franceses começam a concentrarem forças nas águas próximas aos navios e forte portugueses , aproveitando a enchente da maré e o lusco fusco da manhã , sem que as tripulações dos navios , mesmo atentas e vigilantes , os pressentissem . Ancoram com quatro navios , mas o Forte de Santa Maria de Guaxenduba reage com sua efêmera artilharia , mas sem possibilidade de atingir os navios franceses , pois estes estavam fora do alcance de tiro dos seus canhões . No entanto , três navios portugueses são capturados pelos franceses e o bloqueio da barra da baía de Guaxenduba fora reforçado . Perdem os portugueses uma caravela , um patacho e uma lancha . Deve ser ressaltado que os marinheiros e soldados portugueses já se encontravam extenuados e desalimentados , pois estavam submetidos , constantemente , a audácia dos franceses que detinham o domínio do mar regional

17 NOV 1614 – Os portugueses , encurralados no Forte Santa Maria de Guaxenduba , e tendo perdido três navios para os franceses tentam reorientar-se para conseguirem os possíveis e almejados reforços , agora por via terrestre e fluvial , através do Piloto Melquior Rangel , que sondava outra saída dali para a foz do rio Periá e barra da baía do Sarnambi ,onde haviam ancorado , ou pra ilha de Santana-Guajavás . Consideravam que a barra da baía de Guaxenduba / São José continuava bloqueada pelos franceses . As tentativas foram mal sucedidas , devido a presença dos manguezais , pântanos e inúmeros igarapés e furos .

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 17

¨ Ventum mutare non possumus , cursum navis mutare possumus ¨
(Não podemos mudar o vento , mas podemos mudar o rumo da embarcação)

SÉCULO XV –ANOS 1401 A 1500 – Começa nesse século a saga marítima portuguesa , que se prolonga até o final do século XVI . Há um elo comercial entre Portugal e a África , maior do que para com os outros continentes como a Europa. Nesse século , também, até o aparecimento do sextante , o astrolábio – que em grego significa pegar estrelas –tornar-se um instrumento de navegação (náutico ) de grande importância capital para as descobertas de rotas marítimas e explorações marítimas além mar .

1403 / 1425 – O Almirante chinês ZHENG HE com sua Esquadra de navios de transporte de tropas , navios de provisão e navios cisternas para transporte de água chegam a Calicut no litoral da India , Vietnam , Java , Sumatra , Malasia , Málaca , Ceilão , Golfo Pérsico ,Costa Africana , Estreito de Ormuz e de Aden, Arábia, Somália e Quenia, Mogadisio.

Morreu no mar durante o seu regresso para a China, sendo sepultado nas águas por onde tanto navegou em embarcações tipo Juncos . Em suas várias viagens marítimas exploratórias, cerca de sete , visitou marcando presença , em mais de trinta e seis portos / países navegando pelos oceanos Indico e Pacifico embarcado em seu navio Capitânea de cerca de cento e trinta metros de comprimento e cinquenta e cinco metros de largura/boca.

Essas viagens marítimas eram uma demonstração de força e mostra da bandeira da China, pois os seus navios ultrapassavam em tamanho e capacidade de carga os maiores navios existentes no mundo ocidental. Como as viagens duravam mais de dois anos , demonstravam , também , a capacidade estratégica e produtiva dos estaleiros chineses e a capacidade de controlarem o Estreito de Málaca , que liga o oceano Indico ao Mar da China e ao oceano Pacifico .

Ano 1405 – Como prenúncio das Grandes Navegações Marítimas de Descobrimentos , começam-se a projetar nos estaleiros navais as Caravelas , unindo a arquitetura naval mediterrânea , as naves , com a arquitetura naval do Mar do Norte , as caracas , que passam a navegarem na costa ocidental africana , usando velame (conjunto de velas-pano) latino/triangular com vantagens pra navegação e transporte de carga .

1415 –Começam a aportarem em Ceuta/Marrocos ,costa norte africana , os navegantes portugueses , dando inicio à expansão ultramarina portuguesa . Ocorre , também, a reocupação dos arquipélagos da Madeira e dos Açores pelos navegadores de Portugal .

Ano de 1418 – O Infante D. Henrique de Portugal ,denominado O Navegador , pelo incentivo que proporcionava à navegação marítima , funda a Escola de Sagres , sobre um promontório , a fim de formar navegantes com vistas às navegações marítimas de exploração e descobrimentos dos oceanos , mares e continentes / terras desconhecidas . Já nesse ano , ocorre o contorno do Cabo Não , na costa ocidental africana , pelos navegantes portugueses João Gonçalves e Tristão Vaz.

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 16

In mari , ut in vivis , post procellam , tranquillitas
(No mar , assim como no viver, após a tempestade vem a bonança)

15 out 1614– Suspende da Foz do Rio Periá , ancoradouro de Primeira Cruz , águas do Estado do Maranhão e Grão Pará , uma embarcação tipo Batel , tripulada por seis marinheiros e seis soldados , conduzindo os dois Pilotos-Práticos Sebastião Martins e Melchior Rangel e o navegante , grande conhecedor da região Martins Soares Moreno , a fim de sondarem e mapearem a rota de acesso a Grande Ilha do Maranhão , Upaon Açu indígena , e a barra da baia que envolve essa ilha .

Após uma navegação dificultosa , entre baixios , ilhas e corrente de maré descobrem o Canal do Mamuna que propicia acesso a baia de Guaxenduba , atual São José . Alí descobrem um rio caudaloso , o Itatuaba , junto a um sitio verdejante e elevado, o Guaxenduba indígena , apropriado para se construir uma fortificação e estabelecer plantações para sobrevivência dos ocupantes . Retornam , então , ao fundeadouro de Primeira Cruz com as boas noticias , mas Jerônimo de Albuquerque , devido a demora da incursão , já havia suspendido com seus navios . Era o dia vinte e dois de outubro.

22 out 1614 – Nesse dia suspenderam do ancoradouro de Primeira Cruz , na baia de Sarnambi ou Tubarão ou Gran Dance francesa , os navios da Jornada Milagrosa com destino à baia de Guaxenduba ,atual São José , uma das envolventes da Grande Ilha do Maranhão , seguindo as orientações dos Pilotos – Práticos . Cerca de dez horas da manhã do dia vinte e seis de outubro os navios estão singrando as águas dessa baia, procurando se instalarem no sitio Guaxenduba , que fora escolhido pelos precursores .

Após uma navegação dificultosa por estreitos , baixios , furos e igarapés , os navios da Jornada Milagrosa se movimentam em formatura de batalha naval , devidamente embandeirados . Contudo , foram hostilmente recebidos por tiros de canhões do

26 out 1614 – Com a presença de navios e tropas portuguesas em torno da Grande Ilha do Maranhão , a Upaon Açu , os franceses ocupantes dessa ilha , iniciam ações de beligerância contra os portugueses ,ocupantes de Guaxenduba , procurando manter a posse das terras e águas do Maranhão e Grão Pará . Os portugueses , então , a fim de reforçarem a sua defesa , iniciam a construção de uma fortificação projetada , então , pelo engenheiro militar Francisco de Frias .

28 out 1614 – Fora inaugurado pelos portugueses , com a celebração de uma missa campal , o Forte Santa Maria de Guaxenduba ,construído de forma hexagonal , que dominava o mar com balaústres , trincheiras e guaritas , nas atuais terras da Vila Velha de Icatu , em frente à baia de Guaxenduba , atual de São José . Essa data é também comemorativa como oficial da presença portuguesas em terras do Maranhão e Grão Pará para reconquista dos invasores , os franceses . Esses , sabedores dessa fortificação , realizam um bloqueio naval da barra da baía de Guaxenduba , empregando sete navios de alto bordo e quarenta e seis canoas indígenas , a fim de evitar que os portugueses recebessem reforços pelo mar .

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 15

Stilla gutta in oceanum effunditur
(De gota em gota o oceano se esgota)

SÉCULO XIV –ANOS 1301 A 1400 – A partir desse século , como prenuncio das grandes navegações dos descobrimentos marítimos , os normandos, árabes, ibéricos e chineses se aventuram pelos mares e oceanos do Planeta. O comercio e o tráfego marítimo se expandem e despertam o interesse dos povos e de seus monarcas. Os orientais, como os chineses, navegam pelo oceano Indico, chegando a costa / litoral da Índia, Golfo Pérsico e da África oriental.

Nesse século, também, o Rei de Portugal D. Afonso I incentiva as comunidades costeiras / litorâneas a desenvolverem a pesca, a construção de embarcações / navios , a extração do sal e o comércio marítimo e oceânico . Incrementa a frota de embarcações marítimas e a marinheiragem dos mestres e pilotos de embarcações e navios .Procura despertar a mentalidade marítima latente no povo

Nesse século , ainda , incrementa-se a construção naval mediterrânea , nórdica e atlântica , com os cascos de tabuado liso ou trincado , já construíam embarcações e navios para o mar grosso / alto mar . As embarcações tipo Cocas sobressaem-se com os seus cascos redondos e velas quadradas .

1324 – Inicio do uso da bússola/ agulha magnética de origem chinesa , introduzida no ocidente por mercadores árabes , para a orientação do navegante no mar quanto ao rumo da embarcação , da direção a navegar .Nessa época já existiam os mapas portuários / portulanos e alguns croquis litorâneos .

1342 – Nesse ano , há registro de várias Expedições Marítimas partindo da Ilha de Maiorca –Mar Mediterrâneo para o Arquipélago das Canárias e litoral ocidental africano . Empregavam as embarcações tipo Coca-casco redondo e velas de navegação quadrangulares . Nessa ilha já se estudava os avanços tecnológicos da navegação e da cartografia náutica que estavam ocorrendo no mundo .

1377 – O Rei de Portugal continua a incentivar as pessoas físicas e jurídicas a construírem e manter navios , como as naus empregadas no comercio marítimo . A Ribeira das Naus é mobilizada para a construção naval , principalmente de navios com condições de se fazerem ao mar .

1385/1390 – As Ilhas Canárias , arquipélago , são ocupadas por navegantes normandos e , posteriormente , por espanhóis / castelhanos sendo exploradas e ocupadas como primeira colônia europeia em latitudes norteatlântica . Fora base de apoio para as grandes expedições marítimas que aproveitavam os ventos alísios de nordeste . Foi visitada por Cristovam Colombo em sua expedição marítima navegando para oeste em 1492.

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 14

¨Ut , quoniam, cum mare sit tantum ut simul eius naturam observent¨
(Conviver, seguramente, com o mar é só respeitar sua natureza)

23 AGO 1614 – Ás sete horas da manhã desse dia , um sábado , levantam âncoras do Porto de Pernambuco os navios da esquadra da Jornada Milagrosa , composta de dois navios redondos , uma caravela e cinco caravelões da costa , embarcação esta muito empregada na navegação costeira , considerando a sua manobrabilidade . Os navios eram tripulados por soldados e marinheiros , portugueses e brasileiros . Além dos Índios , participava da tripulação o navegador Pedro Teixeira , que viria a ser um grande desbravador da Amazônia .

Eram cerca de trezentos homens armados e distribuídos em quatro Companhias sob o comando de Antônio Albuquerque , filho de Jerônimo de n , Fragoso Albuquerque , sobrinho , Manoel de Souza Eça e o Sargento Mor do Estado do Brasil , Diogo de Campos Moreno .

Começaram a navegar pelo litoral nordeste brasileiro , runo norte enfrentando a corrente marítima do Brasil , alcançando , então , o Porto de Natal , no Rio Grande do Norte , foz do rio Potengi; posteriormente alcançam ao buraco das tartarugas , porto de Camocim , no litoral do Ceará . Nessa travessia marítima , enfrentam dificuldades quanto a adaptação a bordo dos navios das mulheres e crianças embarcadas nos pequenos navios . Além dos muitos e fortes ventos alísios de nordeste que sopram em todo esse litoral , e das correntes marítimas . Com muito sacrifício , conseguem aportar , finalmente , no Delta do rio Parnaíba.

12 OUT 1614 – Após passarem pela barra do porto de Tutoia , no litoral do Maranhão e Grão Pará , navegam os navios da Esquadra Milagrosa de Jerônimo de Albuquerque pelo litoral dos Lençóis Maranhenses , Grandes e Pequenos , e alcançam dia treze à noite a barra da baia Grand Dance ou das Onze Mil Noivas , nominada pelos franceses ,ou baia do Sarnambi dos indígenas . Nessa foz do rio Periá , a maré estava de vazante o que afastava os navios da costa e da barra . Com a navegação sob as ordens do Piloto – Prático Mor Sebastíão Martins procuravam águas abrigadas ,sempre usando o prumo de mão para verificar a profundidade local e evitar os inúmeros bancos de areia e várias ilhas na baia.

Cerca de vinte e duas horas dessa histórica , inesquecível e indormida noite de navegação em águas restritas , os navios da Expedição Reconquistadora ancoram ,então, em fundo de boa tença e abrigada dos ventos e correntes marítimas que os acompanharam.

Pela manhã do dia quatorze de outubro de 1614 , desembarcam dos navios em terras do Maranhão e Grão Pará o Capitão da Jornada Milagrosa Jerônimo de Albuquerque , o Sargento Diogo de Campos Moreno acompanhados de soldados e ostentando toda a pompa , desfraldando os estandartes e bradando vivas São Tiago – Santiago , santo comemorado nesse dia . Ali, então, lavram constroem uma grande cruz que fincam em terra , sendo a Primeira Cruz erigida em terras a serem reconquistadas do Estado do Maranhão e Grão Pará português , sob o domínio francês. Ali, então , é oficiado um ato religioso em agradecimento ao sucesso da viagem até aquelas plagas maranhenses .

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 13

Sicut aqua piscibus maris et nautae de
(Marinheiro fora do mar é como peixe fora da água )

SEC. XIII, ANOS 1201 A 1300 – Desde esse século os navegantes / comerciantes chineses já trafegavam com bastante frequência pelo Oceano Indico, Costa Sudeste asiática, litoral da India e de Africa em viagens de exploração marítima, marcar presença e demonstração de poder marítimo. Os seus Mapas Mundi começam a mostrar o Oceano Indico com detalhes. O comercio e a navegação marítima desse oceano se amplia, passando a ser o principal entre os demais oceanos, principalmente em tráfego de embarcações.

Nesse século, também, incrementa-se as navegações entre o Mar Mediterrâneo e o Mar do Norte , com a formação das famosas Frotas mediterrâneas de Gênova , e Catalunha. Ocorrem inúmeras travessias marítimas ao longo da costa atlântica europeia, incluindo a da Grã Bretanha. Desenvolve-se o comércio marítimo com os alemãs de Lubech e da Liga Hanseática .

1202 a 1237 – A partir desse período passa a ser incrementado e desenvolvida a construção de Naus e Navios do Rei de Portugal ,no Paço dos Navios e Arsenais Navais de Lisboa, por ser um meio de transporte imprescindível para as Grandes Travessias Marítimas e o prelúdio das Grandes Descobertas de Terras Além Mar. A partir do Reinado de D. Sancho , 1223 a 1245 , Portugal inicia a sua profícua intimidade com o Mar, implementando a Frota de Navios do Estado ,desenvolvendo a indústria de construção naval em pontos estratégicos do litoral/praias português .

Ano 1291 DC – Marco Polo, europeu da Itália, Expedicionário e Desbravador, após a sua Expedição Terrestre à Mongólia, Ásia, China e India, regressa a sua cidade Veneza , por mar , embarcando em navios que contornaram o litoral indochinês, atravessaram o Estreito de Málaca ,entre a Indonésia e a Sumatra, passando pelo Ceilão e chegaram ao Estreito de Ormuz, entrada do Mar das Arábias e Golfo Pérsico , onde desembarcam. Passa, então, a escrever o Livro ¨A Descrição do Mundo ¨, seu Livro de Maravilhas. Um dos exemplares desse Livro foi lido pelo navegador Cristovão Colombo, quando do planejamento da sua Expedição Marítima rumo ao oeste, quando aportou nas Ilhas do Novo Mundo.

Ano 1293 – Passa a ser instituído o Seguro Maritimo Compulsório pelo governo e comerciantes portugueses

Final desse Século XIII – Incremento nas atividades marítimas mediterrâneas, incluindo-se registros e documentação pertinente, dos genoveses e maiorquinos, com expedições pelo Oceano Atlântico, através do Estreito de Gibraltar, navegando para o norte , sul e oeste desse oceano. A través das Rotas oceânicas ,inventos orientais/ chineses como a pólvora e o altos fornos para a aciaria , chegam ao continente europeu , numa integração oriente / ocidente .

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 12

Salum abluit animam
(Água salgada , alma lavada)

1º JUN 1613 –Parte de Pernambuco , sede do então Governo Geral da Colônia Brasil, uma Primeira Expedição comandada por Jerônimo de Albuquerque , tendo a Barca Santa Catarina , comandada por Martin Soares Moreno , como navio observador avançado , a fim de reconhecer a presença dos franceses na Grande Ilha do Maranhão –Upaon Açu indígena . Fora o inicio do Plano de Reconquista dessas terras portuguesas , então sob o domínio francês . Navegava com ele Sebastião Martins , um grande Piloto e Prático das águas e do renomado litoral leste-oeste ,desde a costa do Rio Grande do Norte ,até o Cabo Orange. Ele era o substituto imediato de Jerônimo de Albuquerque , que já era sexagenário , mas havia fundado a Capitania do Caeté , atual Ceará , e era reconhecido e respeitado pelos índios que habitavam essa área . Porém , devido a corrente marítima e os ventos alísios de nordeste essa barca veio a aportar nas Antilhas e teve que retornar a Portugal por outra rota marítima , mais ao norte . A Expedição retornou a Pernambuco.

LITORAL LESTE OESTE DO BRASIL – ILHA DE SÃO LUIS – NAVIO DA CAMPANHA MILAGROSA DE JAM

08 JUL 1613 – Parte do então Porto de Santa Maria do Maranhão , sob domínio francês , posteriormente Porto de São Luis , localizado na enseada dos Rios Anil e Bacanga , sob as salvas de artilharia dos canhões e mosquetes do Forte São Luis , uma Expedição de Canoas ao Grande Rio Amazonas , comandada por Sieur La Ravardiere. Navegaram pelas inúmeras rias , reentrâncias do litoral ocidental maranhense e paraense , incluindo-se Baias como a de Cumã , Capim , Turiaçu , etç.

1613/1614 – Nesses anos os franceses , invasores , sabendo dos Planos de Reconquistas dos portugueses das Terras do Maranhão e Grão Pará , iniciaram o reconhecimento dos rios e baias da Ilha do Maranhão ; fortificaram vários pontos estratégicos para a defesa da cidade como a barra do porto e as instalações de governança . Os portugueses sabedores da invasão dessas terras norte/nordeste se organizavam em Portugal.

Assim foi que em 17 de junho de 1614 Jerônimo de Albuquerque , nascido em Pernambuco / Brasil , já sexagenário, mas de muita liderança com os indígenas/nativos e de muitos feitos heróicos e com o reconhecimento da Corte Portuguesa e do Governador Geral do Estado do Brasil , é nomeado pelo Monarca de Portugal Capitão Comandante – em –Chefe do Descobrimento e Conquista das Terras do Maranhão e Grão Pará , em poder dos franceses de Daniel de La Touche-Senhor de La Ravardiere.

Organiza-se , então , a Força de Navios e Tropas que são convocados para a Expedição ; sendo 250 soldados comandados por Diogo de Campos Moreno e 240 indios flecheiros sob as instruções de Jerônimo de Albuquerque.Quanto aos meios navais/navios foram dois navios redondos de 180 toneladas , 1 caravela de 100 toneladas e 5 caravelões de 50 toneladas . Tudo sob as ordens do Comandante – em – Chefe Jerônimo de Albuquerque ( Maranhão)

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 11

Ambulans in mare, autem iuxta orat
(Quem anda pelos mares, aprende a orar)

SEC. X – Anos 902/906- O navegador escandinavo, normando , viking, pirata Erik –O Ruivo-navega para oeste e alcança,via Ilha da Groelândia , Islândia e Ilha de Baffin o atual litoral da América do Norte .Navega nas intrépidas embarcações Drakas de 25 metros de comprimento e 5 metros de boca/largura.

Nesse século, também, navegadores e colonizadores austranésios , partindo da Indonésia cruzam o Oceano Indico , fora das áreas das Monções , e aportam na costa leste africana –Ilha de Madagascar ,usando embarcações tipo Waqwaqs

.Nesse século, ainda , uma Galera genovesa tenta alcançar as Indias , via Oceano Atlântico-Mar Tenebroso, procurando uma Rota Marítima para o oriente, porém nunca mais retornou ou chegou a qualquer porto.

Anos 1000 – Nesse primeiro milênio da antiguidade , os navegadores polinésios com suas embarcações típicas e com a tecnologia que já possuíam para navegarem , alcançam limites marítimos , aportando nas Ilhas do Havai ao norte , Ilhas da Nova Zelândia ao sul e Ilha de Páscoa a leste . Tornam-se , assim , grandes exploradores marítimos do Oceano Pacifico.

Final do Sec. XI / Inicio do Sec. XII – Foram elaborados em Gênova e Veneza os Primeiros Contratos entre os Capitães de Navios/Comandantes de Expedições Marítimas com os Armadores /Propietários de navios os quais são , até hoje , empregados no Comércio MaritUimo Internacional.

Sec XII – No inicio desse século , inventa-se o Astrolábio , para ser usado na navegação marítima , permitindo aos navegantes oceânicos calcularem a sua posição geográfica pela latitude , através da altura do sol ou da estrela polar em relação ao horizonte local.

Ano 1136 – Descobertos relevos de pedra de rios chineses e do litoral sul da China . Eram os geográficos do Imperador Xiyla , o Grande.

Ano 1140 – A partir desse ano a Europa passa a importar da Asia a madeira Lignum Brasile –Pau de Tinta ou Ibiraputanga indígena .Mas os árabes já há conheciam desde há muitos anos. Esse tipo de árvore /madeira foi por demais encontrada em nosso litoral pelos navegadores / exploradores marítimos pré e pós Pedro Alvares Cabral . Com isso ,fomos nominados e passamos a sermos conhecidos como Terra Brasiles – Brasil

Ano 1150 –Navegadores árabes ocupam a Penissula Ibérica como base de apoio aos seus navegantes e navegam para oeste, alcançando as Ilhas Açores ,Madeira , Canárias que posteriormente foram ocupadas por navegadores portugueses e espanhóis .

Ano 1184 – Devido a posição estratégica de Portugal na Penissula Ibérica ,são formadas Alianças entre vários países da Região de Flanderes-Escandinavos e Ingleses .Ali torna-se o ponto de convergência das duas tendências marítimas da época – A Marinha a Remo para a navegação dos mares interiores e a Marinha a Vela para a navegação oceânica, as grandes travessias e explorações marítimas .

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 10

Vox Mare Loquitur ad Anima/Spiritus
(A Voz do Mar fala com a Alma/Espirit)

01 NOV 1612 – Após as Cerimônias do 8 de setembro da fundação da cidade de São Luis do Maranhão , nessa data com a presença dos Chefes Indigenas das Terras do Maranhão , foi implantado o Estandarte e as Armas da França em Cerimônia presidida pelo Almirante Rasilly e por Daniel de La Touche com a participação da Tropa Francesa e dos indígenas das aldeias vizinhas e circunvizinhas . Nessa cerimônia houve toque de corneta, rufar de tambores e tiros de salvas dos canhões da artilharia do Forte São Luis e dos mosqueteiros.

Nessa oportunidade, fora assinado um Documento de Obediência dos Indigenas ao Rei de França ,na área contigua ao Forte. Regulava-se , também , pela primeira vez ,as Atividades da Colônia Francesa em Terras do Maranhão e Grão Pará , com a emissão das Leis Fundamentais da Ilha do Maranhão e as devidas Ordenações .

01 DEZ 1612 – Nessa data parte de retorno a França uma Nau transportando o Almirante Rasilly e o Padre Claude D’Abbeville , em busca de mais apoio para a nova Colonia francesa no hemisfério sul.

– A partir desse ano de 1612 , os franceses iniciam várias incursões pelo interior e litoral do Maranhão e Grão Pará, com a participação de Daniel de La Touche . Descobrem suas riquezas minerais como enxofre , salitre e pedras preciosas; descobrem uma abundante flora e fauna , incluindo-se o peixe boi e mais de duzentos e cinquenta tipos de pescado.

– A partir desse ano de 1612 ,também, iniciam-se a construção de inúmeras fortificações no litoral e margens dos rios nas terras do Maranhão e Grão Pará, inicialmente pelos franceses e , posteriormente , a partir de 1615 , pelos portugueses . Foram as seguintes : Fortificação de Nazaré na Ilha do Maranhão ; Forte de São Luis ,posteriormente de São Felipe no Promontório do Palácio; Forte de São José do Itapary-Baia de São José; Forte de Santo Antonio da Barra , na Ponta da Areia; Baluartes de São Cosme e São Damião na Avenida Beira Mar ; Forte Sardinha no Promontório da Ponta do São Francisco; Forte Santa Maria de Guaxenduba Baia de São José; Forte da Ilha de Periá – Baía de Sarnambi / Tubarão; Forte da Barra de Tutóia; Forte da Baia de Cumã ; Forte de Vera Cruz / Calvário do Rio Itapecuru; Fortaleza de São Marcos no Promontório do mesmo nome, Fortaleza de São Sebastião de Alcântara e Fortaleza de São José do Macapá, braço norte da Foz do Rio Amazonas .

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 9

Formare non cessabit mare nautis bonis
(Mar calmo não forma bons marinheiros)

SEC VIII (ANOS 701 A 800) – ABRIL 711 – O navegador árabe TARIK , um general mulçumano , chega a Penísula Ibérica , cruzando o Estreito de Gibraltar, onde haviam as Colunas de Hércules ,estremo ocidental do Império Romano ; essa peníssula era conhecida no Império como Lusitania . Esse navegador implementava a expansão do Islamismo , fé islâmica divulgada por Maomé. Levaram os árabes para essa região as suas inovações tecnológicas marítimas como o Caravo ,embarcação típica do norte da Africa , que viria a ser modelo para as imprescidiveis Caravelas portuguesas , e alguns instrumentos náuticos que desenvolveram como a bússola / agulha magnética. Desembarcaram de suas embarcações , junto aos rochedos , Montes Tarik ,atual Gibraltar.Após o desembarque , ele incendiou os navios para que a tropa avançasse contra o inimigo , sem chances de recuar para o mar.

Cerca de 721 a 730 – navegadores de Sumatra , Java e Ilhas circunvizinhas com suas embarcações típicas , realizam incursões marítimas nas águas e terras do sudeste asiático. Nesse século se tem conhecimento no ocidente de que na China , oriente , já se cogitava fazer uso da força do vapor d’agua para propulsão de embarcações e navios. Nesse século , também, acontecem importantes façanhas na exploração das rotas marítimas oceânicas pelos navegadores nórdicos e polinésios , ligando povos e civilizações que estavam separadas pelas águas dos mares e oceanos . A embarcação passa a ser um grande e importante elemento aglutinador dos seres humanos

A partir desse século VIII até o século XII, os povos navegadores nórdicos , provindos da Escandinávia ,os Northman , penetram no continente europeu e asiático por mar e vales dos grandes rios , alcançando o Mar do Norte , Mar Negro , Mar Cáspio e Mar Mediterrâneo , alcançando as Ilhas Britânicas e costa oeste ocidental europeia .Fundam Colônias como a Bretânia, Normandia, Penissula Iberica, atual Portugal e Espanha .Descobrem , posteriormente , a Islândia , quando em rotas para a Groelândia. Vale destacar que usam os corvos , ave , como mensageiros em suas navegações oceânicas para verificarem a proximidade de terra .

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 8

Mare usque ad mare circa mare
(Do mar , para o mar e sobre o mar)
CRUZ DA FUNDAÇÃO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO; DESEMBARQUE DOS FRANCESES E PORTO ANTIGO

06 AGOSTO 1612 – Após receberem boas informações chegadas de Upaon Açu , a Grande Ilha do Maranhão , trazidas pelos emissários da incursão , Charles de Vaux e o Almirante Razilly , de que os índios / nativos receberiam bem os visitantes franceses , os navios da Expedição levantaram âncoras do ancoradouro da Ilha de Santana , a Upaon Mirim indígena , com destino a baía de Santa Maria , atual São Marcos , para ancorarem na enseada das Foz dos Rios Anil e Bacanga –Porto Jeviré , onde encontram outros comerciantes / armadores franceses como o Monsieur Manoir, que já estavam estabelecidos na Ilha . Naquele ancoradouro sondaram e verificaram que podiam ancorar navios de até 1200 toneladas

Os navegantes franceses desembarcaram em uma praia arenosa em frente a atual Ponta do São Francisco , onde novamente o Almirante Razilly beija o solo da Ilha , ajoelhando-se em terras da tão almejada França Equinocial que seria estabelecida .Os padres capuchinhos , sob as ordens de Claude D’Abbeville entoam , então , em Procissão , o Te Deum Laudenium até a residência do Monsieur Manoir ,onde ocorreu uma recepção aos visitantes .Empregando os botes dos navios ancorados ,iniciaram incursões pelas águas e terras das enseadas dos dois rios , a fim de instalarem as residências e fortificações necessárias . As casas foram construídas pelos indígenas com pindova , madeira e taipa . As instalações do Forte e da Capela em homenagem a São Luis foram priorizadas .

12 AGOSTO 1612 – Nesse dia santo , dia de Santa Clara , um domingo radiante na Upaon Açu indígena , foi celebrada a Primeira Missa pelos padres capuchinhos no outeiro do Carmo ; fora uma celebração de gala . Onde atualmente encontra-se a Igreja e o Convento de Santo Antonio no centro da cidade fora construído um pequeno convento e uma capela pelos padres capuchinhos.

08 SETEMBRO 1612 – Após várias reuniões com os nativos da Upaon Açu / Grande Ilha do Maranhão, e das aldeias das cercanias como a de Tapuitapera e Cumã ,em especial os da tribo Tupinambás chefiados por Jupiaçu , todos demonstraram interesse em unirem-se aos franceses contra os portugueses a quem pertenciam as terras , de acordo ao a Bula Papa. Assim sendo , nesse dia histórico do mês de setembro , os franceses tomaram posse das terras indígenas , oficialmente , em nome de Jesus Cristo ,estando os índios Tupinambás dispostos a estarem sob a proteção do Rei de França , sendo celebrada uma missa solene na Capela de São Luis , junto ao Convento dos Padres Capuchinhos. Após a liturgia , todos se deslocaram em procissão com uma cruz para a área do Forte de São Luis . Encabeçava o séquito o Almirante Razilly, Lugar Tenente General de Sua Majestade o Rei.Já na Praça do Forte jazia uma Grande Cruz aparelhada em madeira , onde os participantes da cerimônia entoavam o Te Deum Laudamus. Após preleções e discursos , fincaram a grande cruz no local , abençoando a Grande Ilha do Maranhão , sob as salvas dos canhões do Forte e dos navios ancorados no porto. Fora o Forte de vinte e três peças de canhão , então , batizado de São Luis, em homenagem ao Rei Luis XIII , Rei de França , pelo Almirante Razilly ,e o Porto nominado de Santa Maria , pois era o Dia da Natividade e homenagem , também, a Maria de Médice . Estava , com isso , fundada a cidade de São Luis do Maranhão e estabelecida a França Equinocial em terras portuguesas.

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 7

MERIADIANOS E PARALELOS; GLOBO TERRESTRE E BÚSSOLA DE AGULHA MAGNÉTICA

SEC. II (ANOS 101 A 200) – Cêrca de 150 DC- Como o navegante, além da navegação costeira passou a navegar em alto mar, sem avistar terras para se posicionar, o geógrafo grego-egipcio Cláudio Ptolomeu de Alexandria constitui os Meridianos Globo Terrestre, 360 graus em torno do Planeta Terra de leste para oeste e constitui , também , os paralelos de 90 graus para o norte e 90 graus para o sul a partir da linha equatorial -Equador Terrestre , linhas essas imaginárias sobre todas as superfície do nosso Planeta. Assim são estabelecidas as longitudes e latitudes para o posicionamento geográfico sobre as superfícies terrestre , aquática e aérea .

Cerca de 200 DC – Navegadores Polinésios em suas grande canoas de inúmeros remadores e velejadores ocupam as Ilhas do Oceano Pacifico.

Os navegadores árabes e normandos fazem-se aos mares, buscando descobrirem novos mercados para seus produtos e satisfazerem suas necessidades de mercadorias para suas sobrevivências humana .

SEC. III (ANOS 201 A 300) – A partir desse Século os chineses, além da navegação de cabotagem, passam a praticar a navegação de longo curso. São os primeiros navegadores a fazerem uso da agulha magnética-bussola para orientação de suas embarcações e passam a empregarem o leme axial, o de cadaste em substituição ao remo que mantinha o rumo da embarcação ao navegar quer a remo ou a vela.

SEC. VII (ANOS 601 A 700) – Nesse século foram elaboradas as Leis de Rodes, capital das Ilhas Helênicas, cidade do Mar Egeu, que legislava sobre navegação e praticagem das embarcações nas entradas e saídas dos portos.

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 6

“Sicutspiritusnavigandumest, non potesta ire non fucunt”
(Navegar é como respirar, não dá pra ficar sem praticar)
ILHA SANTANA E O PORTO DE CANCALE -BRETANHA

1610 – Tendo em vista que a França estava atravessando momentos difíceis em sua política, o que não permitia ao Rei apoiar a empreitada de Daniel de La Touche para a fundação da França Equinocial em terras do Maranhão e Grão Pará, fora criada, então, uma Companhia em parceria com os empresários Nicolau de Harley-Senhor de Sancy e Francisco de Rasilly, Almirante da Marinha Francesa. Recebem, contudo, Cartas Patentes Reais de Tenente General das Indias Ocidentais e Terras do Brasil.

A pedido da Rainha Regente Maria de Médices ao Prior dos Capuchinhos são indicados padres para liderarem uma Ordem Religiosa na Ilha do Maranhão, sendo designados os padres Ivo D’Evreux , Claude D’Abeville, Arsenio de Paris e Ambrósio de Amiens, sendo Ivo o Superior da Ordem.

01 MAR 1612 – Assinada no Porto de Cancale , Baía de Saint Malot, Bretanha a Carta de Protesto/Promessas pelas autoridades da Expedição Marítima ao Estado do Maranhão e Grão Pará, para fundar a França Equinocial há muito almejada pelos navegantes franceses. Nessa oportunidade, são designados três navios – Nau Regente, Capitânea de 400 Ton do Almirante Rasilly; a Nau Charlote-Carlota, a Nau Saint Anne – Santana e um Patacho.

Esses navios da Expedição deixam esse porto da costa ocidental da França às 06:30 hs do dia 19 de março de 1612 com destino ao litoral do Maranhão e Grão Pará, Grande Ilha do Maranhão – UpaonAçu indígena, onde fundariam a França Equinocial. Na Nau CapitâneaRegente estavam embarcados Daniel de La Touche e o Almirante Rasilly. Embarcados nos navios estavam cerca de quinhentas pessoas entre passageiros e tripulantes. A travessia marítima estava prevista para ser realizada em cinco meses.

13 JUN 1612 – Após cerca de três meses enfrentando muitas tempestades, arribadas e alteração de rotas os navios da Expedição francesa ao Maranhão e Grão Pará cruzam a linha equatorial e ancoram nas águas do Arquipélago de Fernando de Noronha, onde se abastecem de água e viveres. Após cerca de uma semana de refaziamento suspendem para navegarem pela costa leste/oeste, litoral Nordeste/Norte do Brasil. Enfrentando tempestades no litoral entre Tutóia e a Foz o Rio Periá, costa dos Lençóis Grandes e Pequenos, lançam âncoras nas águas circundantes da Ilha de Santana, a Upaon Mirim indígena em 26 de junho de 1612.

29 JUN 1612 – Tendo, então, reconhecido a Upaon Mirim, os franceses expedicionários talham uma Cruz de madeira e a fincam numa colina há mil passos da praia de desembarque, talvez onde está localizado o Farol de Santana. Ali rezam uma missa e mandam uma incursão para dialogar com os indígenas, acompanhados de Charles De Vaux, exímio conhecedor das terras e águas da Grande Ilha do Maranhão ou Upaon Açue de bom relacionamento com os nativos. Nessa comitiva está o Almirante Razilly que ao desembarcar em terras da Grande Ilha do Maranhão, beija o seu solo pela primeira vez.

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 5

¨Si in viridi, viridioccurs in mare et incarnatus est aequalis, undenulum periculum, sequaturconsuetismeatibus ¨
(No mar, se ocorrer o verde com verde e o encarnado com o seu igual, então não há perigo, siga o seu rumo normal)
FAROL DA ALEXANDRIA E O OCEANO ÍNDICO – ÍNDIA

SEC. I – ANOS 000 A 100 DC – Cerca de 3 DC – Devido a necessidade de um mais intenso tráfego marítimo para transportar as mercadorias de um comercio marítimo em evolução, principalmente no Mar Mediterrâneo, entre o Egito e o Império Romano, que importava muitos cereais, especialmente o trigo, sentiu o navegante a necessidade de incrementar a sinalização náutica. Para isso, foi construído o primeiro Farol para a navegação costeira , na Ilha de Pharos , Baía de Alexandria , litoral do Egito no Mar Mediterrâneo.

Possuía, então , cerca de 100 metros de altura , sendo idealizado por Sostrates e construído por Cnideuse . Funcionou , assim , por cerca de um milênio e fora considerado uma das sete maravilhas da Antiguidade , como Farol de Alexandria .

Desde a Antiguidade que o Oceano Indico foi o principal cenário do comércio e tráfego marítimo da Asia pois, o transporte de mercadorias e comercio a grande distância teve origem na India para oeste , via Golfo Pérsico e Mar Vermelho e para leste até a China e Japão, via Estreito de Málaca.

Cerca de 43 DC – O Imperador Romano Claudio passa a se interessar pelas Ilhas Britânicas ,a fim de expandir o seu Império.

Nero avança nas conquistas da Cornualha e País de Gales ,empregando as galés e galeras pra apoio logístico e combate .

Ainda nesse Sec I – Claudio Ptolomeu , grego , redige o Guia Geográfico que até o Sec. XV /XVI , serve de referência para as Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos. Ele era geógrafo, astrônomo, filósofo, matemático e morava em Alexandria-Egito , onde usara o acervo da famosa biblioteca da cidade , compilando os manuscritos de Anaximando que, já no Sec VI AC afirmava ser o Planeta Terra redondo e sua superfície curva . Esse Compêndio Ptolomaico ,famoso Guia Geográfico, fora uma das publicações náuticas usadas nos estudos e planejamento da Expedição Marítima de Cristovão Colombo, que pretendia alcançar a Ásia navegando para oeste .

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 4

Est in sidereumintelligunt, ut et spiritusprocellarummarinoctibus quod Deum sit in Universal Creator
(São nas noites estreladas ou tempestuosas no mar, que confirmamos a existência de Deus, o Criador Universal)

1595 – O navegador e explorador francês Jacques Riffault navega da Provincia do Maranhão e Grão Pará para a Europa, a fim de solicitar o apoio do Rei de França para fundar um estabelecimento comercial permanente no litoral e terras desse norte. Deixou por aqui o seu companheiro de viagens Charles de Vaux, junto com outros franceses comerciantes e armadores.

Durante todo o Sec. XVI, houve várias tentativas, pelos navegadores/exploradores portugueses, de colonização e ocupação da Provincia/Capitania do Maranhão e Grão Pará, devido a presença constante de navegadores/exploradores estrangeiros, principalmente os franceses.

Destaca-se uma Expedição de conquista e ocupação das terras do Estado do Maranhão e Grão Pará, ao norte, que era separado do Estado do Brasil, ao Sul, que partiu de Pernambuco com dois caravelões e cerca de oitenta homens, navegando pelo litoral do Nordeste, e tropas por terra.

1604 – Navegadores e exploradores franceses retornam em suas incursões ao litoral do Maranhão e Grão Pará, acompanhados, então, de Daniel de La Touche, Capitão da Marinha francesa e Comissário Régio. Tinha o propósito maior de verificar a viabilidade de instalar nessas terras uma Colônia.

Realizam incursões durante seis meses pelo litoral e rios, alcançando com a Nau Espirit até o litoral da atual Guiana Francesa sondavam estabelecer a França Equinocial em nossas águas e terra. Retornando a Europa, houve aceitação do Rei que doou, através de Carta Patente a Daniel de La Touche , as terras desde o Rio Amazonas até o litoral nordeste , outorgando-lhe o Título de Tenente – General dessa conquista, considerando que conquistou os povos nativos , as tribos tupinambás e tabajaras

1609 – Acontece nova Expedição de reconhecimento francesa, pelos navios de Daniel de La Touche, preparando a instalação da França Equinocial nas terras do Maranhão e Grão Pará, latitudes equatoriais

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 3

Habeamus Deum Creatorem nostrum, ut Magister , est Lux Vitae
(Tenhamos Deus como nosso Criador, como o Mestre, como a luz da vida)
PRIMEIROS INSTRUMENTOS DE NAVEGAÇÃO E O FOTO 2 – PIONEIRO FAROL DE ALEXANDRIA, NA ILHA DE PHAROS

285 a 100 AC – Nesse período várias Expedições Maritimas ocorreram com a participação de navegadores egípcios, romanos, chineses, gregos, árabes pelo Mar Mediterrâneo, Mar Egeu, pela Costa Norte Africana, alcançando o Oceano Indico e Costa da India, realizando comercio marítimo, descobrindo novas rotas de tráfego e mercadorias.

Cerca de 100 AC – No Império Romano, Plinio já estudava a influência da Lua sobre as marés. Fora comprovado, posteriormente, que nas baías, golfos e estuários em forma de funil, aconteciam grandes amplitudes de marés. Ficou comprovado, também, alterações na amplitude das marés, devido a elíptica do Planeta Terra em torno do Sol. Assim, quando a Lua em sua translação passa pelo meridiano local, então ocorre a preamar naquelas águas e quando passa pelo meridiano oposto àquele local, então ocorre a baixamar.

As grandes marés, ou de sizígias, marés vivas, apresentam grandes amplitudes e ocorrem pela conjunção posicional do Sol e da Lua, enquanto as marés mortas, pequenas amplitudes, ou de quadratura, ocorrem na oposição posicional do Sol e da Lua.

Cerca de 55 AC – O navegador grego/egípcio Eudóxio passa a ser o primeiro navegante a tentar a circunavegação do Continente Africano, navegando pelo Rio Nilo, Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho, Mar das Arábias, Oceano Indico e Oceano Atlântico.

Cerca de 25 AC – Augusto, Imperador Romano, determina uma expedição marítima sob o comando de Aelius Gallus, às Arábias, via Mar Mediterrâneo, Istimo de Suez e Mar Vermelho. Eram cerca de cento e trinta embarcações e navios de grande porte, transportando tropas.

Cerca de 8/4 AC – Nasce em Belém de Judá, Galiléia, às margens do Rio Jordão, um menino que se chama Jesus Cristo, considerado o Messias do Reino de Deus. Viveu na cidade de Nazaré e que se tornaria o salvador da humanidade. Fora grande admirador do mar e amigo da gente do mar , em especial dos pescadores do Mar da Galiléia/Lago Tiberíades.

História Marítima e Portuária Mundial – Parte 2

Aqua Profluens Et Mare, Pure Naturali Omminium Communia Sunt
(A Água Corrente E O Mar São Comuns A Todos)
A FOTO MOSTRA O LITORAL OCIDENTAL DO MARANHÃO 

Cronologia Marítima e Portuária maranhense:

1538 – Inicio do tráfego marítimo de navios negreiros, entre os portos do litoral ocidental africano e os portos do litoral brasileiro, incluindo se os portos da Província/Estado do Maranhão e Grão Pará. Havia necessidade de mão de obra para trabalhar nas atividades de lavoura, pecuária e mineração , pois a mão de obra nativa não se adaptara.

1542 – O navegador francês Afonso de Chaintongeois, com seus navios, dá continuidade a exploração francesa do litoral norte, Maranhão e Grão Pará, alcançando a foz do rio Oiapoque, rio Pará e foz do rio Amazonas, aportando na atual cidade de Macapá.

1548 – Mesmo com a criação da Governadoria Geral da Colonia Brasil, com sede no sudeste, o extremo norte, Maranhão e Grão Pará, do litoral brasileiro continuou isolado e pouco povoadopor colonos, devido as dificuldades de sobrevivência e hostilidades dos nativos. Isso em muito contribuiu para a presença de expedições estrangeiras, em especial, as francesas que comercializam nossos produtos extrativos.

1548 – Ainda nesse ano, nasce em Olinda, Capitania de Pernambuco, Jerônimo de Albuquerque, mameluco, filho de um português e uma índia. Viria, em 1614, participar da Campanha Milagrosa de Reconquista da Província do Maranhão e Grão Pará, sob o domínio francês que aqui se estabeleceram como França Equinocial, desde o ano de 1612. Venceu a Batalha Naval de Guaxenduba ocorrida nas águas épicas da Baía de São José, a leste da Grande Ilha do Maranhão – Upaon Açu indígena. Com isso, é considerado o Primeiro Comandante Naval nascido no Brasil.

1554 – Ocorre a expedição marítima portuguesa de Luis de Melo à Provincia do Maranhão e Grão Pará com o propósito de colonizar, mas seus navios encalham nos baixios/recifes dos Atins, litoral ocidental, próximo a Baía de Cumã. Fora mais uma tentativa da Metrópole de colonização desse litoral norte do Brasil.

1555 – Armadores, comerciantes e navegadores franceses intensificam a presença de navios franceses no litoral brasileiro, no Sudeste, Nordeste e Norte.

1581 – O navegador português Diogo Lopes, conhecedor das nossas águas e litoral, inicia expedição exploratória pelo litoral do Maranhão e Grão Pará, mostrando presença.

1594 – Nesse ano, os navegadores e comerciantes franceses intensificam a exploração e comercialização dos produtos do litoral do Maranhão e Grão Pará, instalando inclusive feitorias e assentando colonos. Uma expedição marítima de Jacques Riffault e Charles de Vaux , após enfrentarem tempestades aportam na baía de São Marcos e fundam Feitoria na Grande Ilha do Maranhão, atual Ilha de São Luis. Aqui deixam Charles de Vaux e Monsieur de Manoir, armador do porto de Dieppe. Já se cogitava, desde então, estabelecer a França Equinocial em nossas terras.

“Navigar e necesse; Vivere non est necesse”
(Navegar é preciso; Viver não é preciso)

Pompeu General Romano 106/48 AC para os marinheiros amedrontados que recusavam viajar durante a guerra

Cronologia Marítima/Portuária Mundial

1490/1480 AC – Navegadores egípcios realizam expedições marítimas pelo Mar Vermelho, com frotas de várias embarcações, alcançando o Golfo de Aden;

1480 AC – Realizada uma grande Expedição Maritima pelos navegadores cartagineses, pelo Mar Mediterrâneo ocidental, costa ocidental da África, zarpando do Porto de Cartago, Mar Mediterrâneo, litoral norte da África, com cerca de 60 navios, em missão colonizadora. Cruzam o Estreito de Gibraltar/Colunas de Hercules, navegam pelo litoral ocidental africano e alcançam a Foz do Rio D’Ouro naquele litoral.

1330/1300 AC –Os navegadores egípcios passam a fazerem uso de cartas/mapas náuticos da calha do rio Nilo e terras adjacentes-litoral por onde navegavam .Definiame nominavam as ilhas , costa , rios , lagos e águas dos mares navegados.

900/800 AC – Os navegadores fenícios, devido a evolução no navegar e na construção naval de suas embarcações, se aventuraram para além do Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho cruzando com suas frotas o Estreito de Gibraltar em busca do Mar Oceano, o Mar Tenebroso.

Sec VIII AC – Surgimento dos Escritos do grego Homero sobre História Marítima; Os mapas mostram o mediterrâneo e o porto de pilares na cidade antiga de Atenas.

Sec VIII AC – Os egípcios iniciam o planejamento e construção de um imprescindível canal artificial em Suez, para ligarem as águas do Mar Mediterrâneo às águas do Mar Vermelho, iniciando com transbordamento intermediário. Somente foi concluído em 280 AC por Ptolomeu Filadelfo.

Cerca de 700 AC – Os gregos constroem molhes/cais/berços no Porto de Pireaus/Atenas sendo, assim, considerado o primeiro porto organizado do mundo. As embarcações passaram a dispor das facilidades portuárias para suas operações de carga e descarga das mercâncias, atracadas.

Cerca de 610/595 AC – Uma Expedição Marítima Fenicia navega pelo litoral africano de leste para oeste via Mar Vermelho, Mar Mediterrâneo e Estreito de Gibraltar/Colunas de Hércules, em missão exploratória e comercial.

Sec VI AC – O Imperador Persa Dario, por ser um entusiasta do mares e de descobrimentos marítimos, determinou que fossem realizados estudos marítimos/portuários dos litorais e águas desde Suez, para leste, pelo Mar Vermelho até o Oceano Indico.

Sec. IV AC – Existência do Porto de Óstia, na foz do Rio Tibre, na Península Itálica, que abastecia Roma, em especial de sal, imprescindível para a conservação de alimentos; fora um porto sem molhes/cais, pois as embarcações operavam ancoradas.

Cerca de 330 AC – Fundação da cidade porto de Alexandria, no Egito, em homenagem a Alexandre, o Grande.

Cerca de 300 AC – Platão já comentava com seus discípulos sobre um lendário Continente que submergia das águas oceânicas, além das Colunas de Hércules/Estreito de Gibraltar. Persistia na existência de terras para oeste e para o Sul, citadas nos escritos de Aristóteles, o grego .

MAPA CEDIDO POR WILLIAM THOMAS

História Marítima e Portuária Maranhense

Mare Nostrum, Mare Clausum e Mare Liberium

Desde o Século XV que navegantes de vários portos do mundo se aventuravam em expedições marítimas rumo a leste, oeste e sul, buscando oásis pesqueiros, rotas marítimas, novas possessões e novos mercados e mercadorias para comercializarem. Com a aportagem dos navios de Cristovão Colombo nas águas de um novo Continente nominado, posteriormente, de América, comprovando a existência de terras a oeste, mais expedições marítimas foram realizadas para o ocidente e para o sul do Equador Terrestre, muitas delas aportando em terras do atual Brasil, em especial o litoral Nordeste e Norte, incluindo-se a costa do Maranhão e Grão Pará , pois aproveitavam os ventos alísios de Nordeste que bafejavam e impulsionavam as velas das suas embarcações, rumando-as para esses litorais. Na foto o mapa que nos foi cedido pelo navegador Wiliam Thomas.

Assim tivemos, entre outras expedições marítimas:

1492 – Expedição colombina a ilhas da atual América Central. Posteriormente, outras expedições colombinas alcançaram o rio Orinoco, na costa da atual Venezuela que pela sua grande vazão, confirmava provim de um continente e não de uma ilha; confirmava, também, a existência de terras ao Sul Equatorial.

1493 – O navegador português João Coelho noticiava após as suas navegadas a existência de terras a oeste e no Hemisfério Sul terrestre. Provavelmente terras do atual Brasil e do litoral Nordeste e Norte, as do Maranhão e Grão Pará.

1497/98 – Expedição marítima do Almirante português Vasco da Gama, aproximando-se de terras ao Sul do Equador terrestre e a Oeste, provável terras do Nordeste, que serviriam de orientação para a aportagem em nossa costa da Esquadra do Almirante português Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500, para tomar posse.

1498 – Presença do navegador francês pelo litoral Norte do atual Brasil, Jean Cousin de Dieppe, adotando a doutrina do Mare Liberium. Nesse ano, também, o navegador português Duarte Pacheco navega por esse litoral Norte avistando terras, Maranhão e Grão Pará e alcançando a Foz do rio Amazonas.

1503/1510 – O navegador português João de Lisboa navega e explora o litoral do Maranhão e Grão Pará, como Piloto de várias expedições marítimas.

1504 – A partir desse ano navegadores franceses trafegam pelo litoral norte do Brasil com bastante frequência, em várias expedições marítimas exploratórias.

1512/13 – O navegador português Estevam de Froes, esteve com seus navios na costa do Maranhão e Grão Pará, tendo um dos seus Pilotos Diogo Ribeiro adentrado a atual Baía de São Marcos, Golfão maranhense, chegando até a Ilha da Trindade, a Upaon Açu indígena e atual Ilha de São Luis do Maranhão.

1524 – Navegadores e Armadores franceses do porto de Dieppe exploram o pau Brasil e outros produtos regionais na costa do Brasil, inclusive o litoral do Maranhão e Grão Pará, com o apoio dos nativos/indígenas ancorando em águas abrigadas da inúmeras baias do litoral Norte, a costa de rias.

1535/36 – Como pioneira tentativa de colonização portuguesa das terras e águas do Maranhão e Grão Pará, chega ao nosso litoral navios da Expedição de Aires da Cunha/João de Barros. Na Foz do rio Periá/Cavalos e barra da Baía de São José – Coroa.

Grande e Recifes – alguns navios naufragam mas alcançam a Barra da Baia de São Marcos e adentram o Golfão maranhense até a Ilha do Medo e Canal do Boqueirão. Mas há naufrágios e os náufragos aterram na atual Ponta do Boqueirão, Praia da Guia e Ponta do Bonfim, onde fundam um povoado denominado de Nazaré, já na Grande Ilha do Maranhão, em frente a Barra do Porto, na Foz dos atuais rios Anil e Bacanga. Destaca-se que esse ancoradouro de águas abrigadas na foz desses citados rios, serviu como porto principal por centenas de anos até ser transferido pra enseada do Itaqui. Esse povoado sobrevive até o ano de 1538, pois sendo acossados pelos nativos e pelas dificuldades de sobreviver, conseguiram retornarem a Portugal

História Marítima/Portuária Mundial

(Omnia punctus erat centrum (no principio tudo era mar)

Fatos históricos e suas inserções no tempo sempre fascinaram a mente dos seres humanos, fazendo-os navegarem pelas águas do passado, buscando compreenderem melhor o presente e prepararem-se para um futuro promissor. Por essa razão, vamos utilizar este espaço para divulgar esses fatos históricos, desde a era primitiva da humanidade, pré–história, antiguidade, idade média, idade moderna/renascimento e idade contemporânea, etc.

Com a descoberta da utilização do pano/vela para auxiliar os navegadores teve o início da propoulsão eólica na navegação do mundo. Desse modo, grandes embarcações passaram a usar somente as velas, aproveitando de forma cada vez mais eficiente a força e a direção dos ventos. Antes, o que se via eram embarcações cada vez maiores para transporte de cargas e/ou pessoas movidas a remo, ou, de forma mais primitivas ainda, o uso de troncos de madeiras amarrados uns aos outros formando pequenas embarcações que mais tarde seriam chamadas de jangadas, para transporte do navefgante e sua família.

*** Cerca de 15000 AC –Inicio das primeiras expedições maritimas com uso de jangadas/canoas;

*** Cerca de 7250 AC – Inicio das primeiras viagens maritimas com fins comerciais, usando embarcações a remo, pelo mar egeu em navegação de cabotagem ;

*** Cerca de 4000 AC – Os egipcios desenvolvem a construção naval para navegarem e comercializarem pelo mar mediterrâneo;

*** Cerca de 3000 AC – Navegadores egipcios passam a fazerem uso da vela em suas embarcações, capacitando-as a fazer uso da força do vento-eólica;

*** Cerca de 2000 AC – Inicio da navegação maritima de longo curso entre a Polinésia e a atual Australia;

*** Cerca de 1790 AC – Criado o código de Hammurabi, na Babilônia, onde se estabelece regras de navegação marítima/fluvial, de construção naval , de afretamento de embarcações e sobre a praticagem maritima e fluvial ;

*** Cerca de 1500 AC – Os fenicios passam a se sobressaírem na construção naval e navegação.

BAÍA OU GOLFÃO MARANHENSE

Todo navegante embarcado em um navio, que navegue nas águas da baia ou golfão de São Marcos, no extenso litoral do Maranhão, trafega por um extenso e profundo canal de acesso para entrada ou saída dos portos e terminais portuários ali existentes. Logo os navegantes se deparam com os cenários flúvio-marinhos que emolduram essas águas, como as áreas de ancoragem, normalmente repletas de navios carregados ou a carregarem mercadorias, assim como a grande ilha do Maranhão/Upaon Açu indígena a Leste, mas conhecida como ilha de São Luis.

A Oeste se destaca os promontórios do Centro de Lançamento de Alcântara, importante e estratégica base aeroespacial brasileira, e a ilha do Livramento na entrada do tradicional porto de Alcântara. Prosseguindo atinge o Terminal da Ponta da Madeira, o porto do Itaqui/Emap e o terminal da Alumar. Já com o prático embarcado no navio, pode o navegante apreciar com seu binóculo, por bombordo, as ilhas do Medo e Duas Irmãs que protegem a Ponta da Espera, onde se encontram instalados o cais da Capitania dos Portos e o terminal de ferry boats.

Se os navegantes direcionares os seus binóculos para boreste, observarão um extenso e profundo e revolto manancial de águas revoltas e velozes nas marés de enchente e vazante que permitem acesso à Foz do rio Aura, ao Terminal de ferry boat do Cujupe e a promissora Ilha do Cajual onde será implantado, indubitavelmente, o Terminal Portuário de Alcântara, ampliando nosso complexo portuário e capacitando o Maranhão a ser, mais ainda, referência portuária nacional.

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* Carlos Alberto Santos Ramos, ou simplesmente Comandante RAMOS, é oficial veterano  da Marinha do Brasil, onde chegou a Capitão de Mar e Guerra e exerceu o cargo de Capitão dos Portos do Maranhão entre os anos de 1994 e 1996. Atualmente é diretor presidente do IDEPOM/AGMAR – Instituto de Desenvolvimento do Poder Marítimo Portos do Maranhão e mentor e coordenador do Casarão da Gente do Mar.