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Dia nacional do portuário brasileiro

JOSÉ MÔNICA VIEIRA JR.
Nosso portuário de referência no dia do…


Texto: Carlos Andrade, da Redação


No dia 28 de janeiro, quando, em 1808 o Príncipe Regente D. João XVI abriu os portos brasileiros para viabilizar de vez o comércio internacional com as Nações Amigas ele determinou, também, um divisor de águas na história do país. Era o fim de um monopólio espanhol e português e o começo de um novo tempo para um Brasil emergente e rico em ouro e recursos naturais oriundos da pecuária e, sobretudo da agricultura. O site Portosma aproveita a data e abre espaço para portuários de boa cepa se manifestarem, cada um a seu modo, com o objetivo de fazer justiça, sob a forma de homenagem, a esta categoria cuja força matriz é capaz de impulsionar um país.

Além dos depoimentos do Capitão dos Portos CMG Dutra, Roberto Frisoli, Jorge Afonso, Nilo Carvalho, Juvenal Rocha, Comandante Ramos e Osvaldo Rocha, que fecham esta reportagem, procuramos ouvir um portuário de lastro, cujo exemplo, se estende a toda a categoria, e com o qual exaltamos a todos que vivem e convivem à beira do cais, em navios, no mar e nas fainas decorrentes. Seu nome: José Monica Vieira Júnior. Hoje gerente de operações da Smart Pilots, ele começou sua trajetória naval em 1977, quando entrou, via concurso, na Marinha Mercante. Seu primeiro convés foi nos navios da Aliança, onde – entre idas e vindas – ficou por exatos treze anos. Ali fez carreira. De praticante a comandante, passando por imediato, primeiro e segundo piloto.

A atividade portuária o levou ao mundo, literalmente. Essa viagem tem início no porto de Antuérpia,na Bélgica, Londres, Roterdã, Alemanha, Singapura, Koreia, Estados Unidos, Letônia, Filândia, China, Finlândia, Noruega, Dinamarca, França e Japão. Cada viagem, períodos longos fora de casa. “Os países escandinavos foram os locais mais lindos e fascinantes da minha vida”, afirma. Nos porões cargas de toda ordem. Pedras, tijolos, cimento, cabos de vassouras, sacaria de café, de açúcar, papel de imprensa bobinado, e até mesmo armas do Exército Brasileiro importadas da França. Na rota brasileira, sempre iniciando pelo Rio de Janeiro, trabalhou e conheceu os principais e mais importantes portos do país, como Santos, Paranagua, Imbituta, Natal, Rio Grande do Sul, Salvador, e São Luís.

Essa parte brasileira faz parte da sua história na Frota Oceânica. E foi justamente nessa empresa, dez anos depois de ingressar na Marinha Mercante, que este maranhense nascido no Caminho da Boiada, em São Luis, aportou como tripulante do navio Frota Veja. Atracou no porto do Itaqui, numa rotina que se repetiu algumas vezes trazendo trigo dos Estado Unidos para o Maranhão.

De passagem pela Norsul, o já comandante Vieira, manteve São Luís como seu ponto de chegada, desta vez, fazendo a “linha do macaco”, carregado de bauxita entre o porto de Trombeta, no Pará, e o Terminal da Alumar. A proximidade com o Rio Amazonas acabou gerando novos vínculos, operando com lanchas da Internacional Marítima, chegando até a missões inusitadas, como foi, por exemplo, desencalhar um navio da Vale no Mazagão, um conhecido obstaculos as embarcações sob a forma de pedra bem na entrada do rio que dá nome ao maior dos nossos Estados.

Em sua trajetória ainda consta empresas como Wilson Sons e rebocadores de ultima geração, empurradores, e manuseio de cargas diversas no Rio Madeira. Sem nenhum acidente de grande monta, Vieira se lembra de portos de excelência como os do Japão, e ouros nem tantos, como os africanos, por exemplo. No destaque um desafio de engenharia: o Canal do Panamá, onde atravessou algumas vezes nos dois sentidos. ”Minha relação com a Marinha Mercante e com o mar é motivo de orgulho, e, se tivesse que começar tudo de novo, não alteraria em nada o roteiro que o destino traçou para a minha vida”, completa, orgulhoso, este portuário sessentao hoje aposentado da Marinha Mercante.

 O PORTUÁRIO NA DEFINIÇÃO DE PORTUÁRIO

CMG MARCIO RAMALHO DUTRA E MELLO
Capitão dos Portos do Estado do Maranhão

“O Brasil, por conta de seu vasto litoral, e sua descoberta ter ocorrido por povos de além mar, sempre teve uma visceral vocação marítima. Esta vocação perdura até os dias atuais, seja pelo comércio, pela pesca, pela exploração e a exportação do petróleo, dentre outras. Entre o mar e seus destinatários em terra, a presença dos portuários faz a ligação entre os dois ambientes, proporcionando ao povo brasileiro desfrutar de cada riqueza que chega e sai pelo mar. Em 28 de janeiro de 1808, ocorreu a abertura dos portos brasileiros ao comércio exterior. Tal data foi escolhida para homenagear aqueles que se dedicam às atividades de carregar e descarregar os navios que transportam nossas riquezas, trazendo grande contribuição ao desenvolvimento do país. Aos nobres e valorosos Portuários do Brasil e do Maranhão, nossos sinceros cumprimentos”.

CARLOS ROBERTO FRISOLI
Diretor Presidente da Companhia Operadora Portuária do Itaqui – COPI

Nosso especial agradecimento pela relevante contribuição, exemplo de trabalho e dinamismo, tanto quanto pela série notória de resultados produtivos. Na certeza dos nossos votos sinceros pela continuidade de êxito desta categoria que trabalha, produz, gera riquezas para o país, cria empregos, alavanca resultados e promove a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade brasileira. Parabéns Portuários. 28 de Janeiro é o seu dia.

CARLOS ALBERTO SANTOS RAMOS
Diretor do Instituto de Desenvolvimento do Poder Marítimo – IDEPOM

“O Portuário é um símbolo da Marinha do Brasil, mesmo tendo sido escolhido a data especial de reconhecimento na abertura dos portos brasileiros às Marinhas Mercantes de todo o mundo. Com sua capacidade de trabalho sem turnos definidos, o homem do porto, ou de qualquer outro local que opere com cargas, é um trabalhador que se orgulha do que faz e faz muito. Nenhum país do mundo cresce sem sua capacidade de comércio, sobretudo, e principalmente, o portuário. Parabéns a todos os trabalhadores portuários do meu estado do Maranhão. O nosso estado, pelo litoral fantástico que possui em deltas e extensão, é “água” fértil para produzir riquezas. Riquezas de vocês. Riquezas de todos nós”.

JORGE AFONSO GUAGLIANI PEREIRA
Diretor Presidente do Syngamar

“Ao fazer coro às comemorações do Dia do Portuário, o Sindicato das Agências de Navegação do Estado do Maranhão presta homenagem a essa categoria incansável que vive, respira, e promove trabalho. Figura cativa em todas as atividades ligadas ao porto em terra, água e ar, o profissional portuário é um símbolo do seu tempo. Graças a ele, para não dizer graças a nós, temos e vivemos em um país que trabalha colhe frutos, produz empregos e gera desenvolvimento. Parabéns Portuários do Brasil, Parabéns Portuários do Maranhão. Parabéns, e muito obrigado a todos”.

JUVENAL ROCHA MUNIZ
Diretor presidente da Muniz Agência Marítima

“A comemoração do Dia do Portuário é festejada em todo o Brasil no dia 28 de janeiro em alusão a abertura dos Portos às Nações Amigas, ou ao comércio exterior, fato acontecido em 1808, quando da assinatura da Carta Régia e oito dias após a chegada da Corte Portuguesa a Bahia. Neste dia especial, de merecidas homenagens a categoria, a Muniz Agência, assim como a Norte Brasil Ship Supplier, se juntam as demais empresas nesta homenagem por entender e reconhecer a que este trabalho é muito importante, pois, é através do porto, que se promove o desenvolvimento do comércio exterior e interior, abrindo assim as condições necessárias para que o país, em constante desenvolvimento, possa melhorar a vida de todos os brasileiros”.

NILO MONTEIRO DE CARVALHO
Diretor Executivo da Smart Pilots

“Hoje, dia do portuário, uma homenagem especial a esse universo de anônimos que trabalham levando e trazendo riquezas. Nada mais justo do que prestar este tipo de reconhecimento sucinto à aqueles que diuturnamente se dedicam ao verdadeiro intercâmbio de riqueza e de cultura. O portuário é um desconhecido, ele vai do Amarrador, Marítimos, Guardas Portuários, Controladores de carga, Estivadores, Conferentes de Carga, Agentes de navegação, Práticos, ao mais alto Administrador. Sempre haverá o mentor, o executor, o produtor, no intercâmbio de recebimento e leva de cargas de riqueza do nosso estado. Pois o portuário produz, quer faça sol ou faça chuva. Através do porto e dos portuários foi que nos desenvolvemos e a humanidade evoluiu”.

OSVALDO PEREIRA ROCHA
Jornalista Colaborador e articulista de Portosma

“A História registra que Napoleão Bonaparte, Imperador da França, querendo dominar toda a Europa, decretou o bloqueio continental, ou seja, o fechamento dos portos à Inglaterra, com o que Portugal, amigo dos ingleses, não gostou, levando o Imperador a determinar a invasão da pátria lusitana. A iminente invasão de Portugal fez com que a Família Real Portuguesa acompanhada de cerca de 15 mil pessoas, viesse para o Brasil, partindo do Tejo em novembro de 1807, precisamente na véspera de os ingleses aportarem em Lisboa com muitas e poderosas embarcações de guerra. À frente da Família Real estava a Rainha D. Maria e o Príncipe D. João, mais tarde coroado D. João VI. O Príncipe Regente, D. João, na Bahia, a pedido de mercadores e aconselhado por José da Silva Lisboa, através de memorial apresentado ao Comandante Ponte, Governador baiano, para que levantasse o embargo à saída livre dos navios, assinou a Carta Régia, em 28 de janeiro de 1808, onde determinou, interina e provisoriamente, a abertura dos portos brasileiros às Nações Amigas, medida esta aplaudida por todos e que se tornou logo definitiva. Estava criado o Dia do Portuário”.