O Navio-Aeródromo “Atlântico” Capitânia da Esquadra Brasileira, recebeu convidados especiais para a “Cerimônia à Bandeira Narrado ao Por do Sol”
Depois de participar da primeira etapa da Operação Atlas, atracando no porto de Belém, para missões de apoio a COP30 com desembarques de vários veículos, fuzileiros e equipamentos logísticos, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, Capitânia da Esquadra brasileira, viajou até o Maranhão, onde atracou, pela primeira vez no porto do Itaqui, desde a sua incorporação a Marinha do Brasil no ano de 2018. A atração aconteceu no dia 11 de outubro para cumprimento de uma programação que incluiu visitação pública, e recepção a autoridades, soamarinos, empresários e convidados especiais. Tendo como Comandante o Capitão de Mar e Guerra José Paulo, o NHA foi recebido no Maranhão pelos diretores da Emap, empresa Maranhense de administração Portuária e o Capitão do Portos do Maranhão, CMG Ademar Augusto Simões Júnior.
O momento inédito marca uma nova etapa da Operação “Atlas”, exercício conjunto coordenado pelo Ministério da Defesa, que testa a capacidade das Forças Armadas em projetar poder, integrar meios e atuar de forma coordenada em todo território nacional. Após cumprir o desembarque de mais de 400 toneladas de material estratégico e 83 viaturas das três Forças, em Belém (PA), o NAM “Atlântico” prosseguiu até a capital do Maranhão na fase denominada “Ações Decisivas”, executando exercícios e manobras entre os meios navais e aeronavais. Uma delas, conhecida como “leap frog”, é a aproximação entre navios.
Cerca de mil militares chegaram ao Maranhão a bordo do NAM “Atlântico”. Essa nova etapa da operação permite avaliar aspectos logísticos, operacionais e de interoperabilidade com outras Forças, comprovando a prontidão da Marinha para atuar com eficiência, inclusive em áreas de infraestrutura desafiadora, como a região Amazônica. Um dos exercícios realizados foi a Qualificação e Requalificação em Pouso a Bordo (QRPB) com os pilotos do Segundo Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral. Para o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Antônio Braz de Souza, todas as fases da missão desempenham um papel importante: “Cada milha navegada nessa operação demonstra a capacidade da Marinha de projetar poder naval e de sustentar forças em regiões estratégicas do País, atuando de forma integrada com o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira para garantir presença, interoperabilidade e prontidão em qualquer cenário.”
Na última terça-feira, 14/10, retornou a Belém, onde deverá continuar atuando no apoio à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, tudo isso no escopo do Comando Operacional Conjunto Marajoara, criado pelo Ministério da Defesa.
As fotos a seguir mostram a participação das entidades maranhense, como Soamar, Emap, Syngamar, Vale, G-5, Exercito, Aeronáutica, GMS, Servimar, Praticagem, Alumar, Smart, Ipom e autoridades militares e convidados especiais durante a “Cerimônia à Bandeira Narrado ao Por do Sol”, presidida pelo Comandante da Primeira Divisão de Esquadra, o Contra-Almirante Antônio Braz de Souza.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
Fotos: Marcos Tadashi, Alexandre Gomes, Coreixas e Tamara Viégas
Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”
O Navio, atual Capitânia da Esquadra, é projetado para as tarefas de Controle de áreas marítimas, projeção de poder sobre terra, pelo mar e ar. É apropriado, também, para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e em operações de manutenção de paz.
História – No seu histórico de serviço, constam operações navais em apoio a ações humanitárias no Kosovo e na América Central. No ano 2000, participou da Operação Palliser, na Serra Leoa. Logo em seguida, operou no Oriente Médio, no grupo de combate do HMS Illustrious na Guerra do Iraque. Em 2009, foi deslocado para a Ásia, novamente em operações navais e apoio a ações humanitárias.
Em 2011, participou da Operação Unified Protector, na Líbia. No ano seguinte, retornou à Inglaterra para reformas e, posteriormente, participou de operações navais, no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte. Em 2017, participou da operação Ruman, por meio de operações navais em apoio a ações humanitárias nas ilhas do Caribe, afetadas pelo furacão Irma.
O nome Atlântico remete a saga das Grandes Navegações, que proporcionaram, entre outros notáveis feitos da Escola de Sagres, o descobrimento do Brasil. Adicionalmente, atesta a relevância desse espaço oceânico na conformação da nação brasileira, em todos os períodos de sua história.
- Nome: O nome completo e oficial é Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, com a identificação A-140.
- História: Originalmente, ele foi construído para a Marinha Real Britânica onde serviu com o nome de HMS Ocean entre 1998 e 1018. Em 2018 foi comprado pela Marinha do Brasil para substituir o antigo porta-aviões São Paulo.
- Funções: A designação “multipropósito” se deve às suas diversas capacidades, que incluem:
- Porta-helicópteros: É capaz de operar com diversas aeronaves de asa rotativa.
- Transporte de tropas: Pode transportar fuzileiros navais e equipamentos para operações anfíbias.
- Assistência humanitária: Atua em missões de ajuda em caso de desastres.
- Centro de comando e controle: Serve como plataforma para
- Compra e modernização: O navio foi adquirido pelo Brasil em 2018 e passou por modernizações para se adaptar às necessidades da Marinha brasileira.
Capacidade multipropósito: Sua designação como “multipropósito” reflete a capacidade de realizar diversas funções, incluindo:
- Operações com aeronaves: Pode operar helicópteros de diferentes tamanhos e modelos.
- Projeção de poder: Possui capacidade anfíbia para projetar forças militares em terra.
- Ajuda humanitária: É usado em missões de ajuda humanitária, como visto em operações recentes no Brasil.
- Maior da América Latina: É considerado o maior navio de guerra da América Latina.
Versátil, o NAM Atlântico já foi empregado nas mais diferentes operações desde que começou a navegar em 1998. De construção britânica, o navio teve como nome HMS Ocean até ser comprado por US$ 117 milhões pelo governo brasileiro, em 2018.
** Comprimento total: 203,43 m
** Deslocamento carregado: 21.578 t
** Velocidade máxima mantida prevista em projeto: 18,0 nós (33,3 km/h)
** Raio de ação: 8.000 milhas náuticas;
** Acomodação para tropa: 806 Fuzileiros Navais
** Total de aeronaves embarcadas: 18 helicópteros.