No ano em que celebra 40 anos de atuação na Amazônia, a Vale anunciou nesta sexta-feira (14/2) o Programa Novo Carajás, com foco na retomada e manutenção dos volumes de minério de ferro e expansão da produção em cobre. O lançamento foi feito em solenidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita às operações da Vale no município de Parauapebas (PA). O programa prevê um investimento de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2030, alinhado ao planejamento estratégico da empresa, na região de Carajás – uma província rica em minerais essenciais para a descarbonização e a transição energética global. Com essa iniciativa, a companhia reforça seu compromisso com a mineração sustentável e busca contribuir para o protagonismo do Brasil na transição energética mundial.
A partir do potencial de expansão minerária de Carajás, incluindo as minas em operação, expansões e novos alvos, o programa impulsionará o beneficiamento de minério de ferro de alta qualidade, fundamental para a produção de aço verde, e de cobre, que tem papel central para a transição energética. A previsão é que a produção de minério de ferro em Carajás chegue a um ritmo de 200 milhões de toneladas por ano (Mtpa) em 2030, a partir do adicional de 20Mt com a expansão da mina de Serra Sul (S11D) e a reposição da exaustão das minas atuais. No caso do cobre, o crescimento esperado é de 32%, elevando a produção na região para cerca de 350 mil toneladas (Kt). Com isso, o programa terá uma contribuição relevante no PIB do Pará, na ordem de R$80 a 100bi/ano. A produção futura, nas bases atuais, permitirá um aumento de R$ 15 bi nas exportações do estado.
Mineração sustentável – Nos últimos anos, a Vale tem intensificado seu foco em ações relacionadas à transição energética e descarbonização: desde a produção do minério de ferro de alta qualidade, que aumenta a eficiência do alto-forno e reduz emissões das usinas siderúrgicas, passando pela oferta de níquel e cobre, essenciais para a produção de carros elétricos, até o desenvolvimento de produtos inovadores como o briquete, que diminui em até 10% as emissões na siderurgia.
A companhia também tem investido na mineração circular, como é o caso do projeto Gelado, em Carajás. Até 2030, a Vale prevê que 10% de sua produção total de minério de ferro seja composta por produtos de mineração circular. O Gelado, com uma produção de 6 Mtpa resultante do reaproveitamento de rejeito, terá um papel fundamental nessa meta, em direção a uma mineração sem rejeitos e produtos com baixa pegada de carbono.
Segundo a empresa, o programa batizado de Novo Carajás tem foco na retomada e manutenção dos volumes de minério de ferro e expansão da produção em cobre. Para o Brasil, a mineração representa importante frente para o desenvolvimento da infraestrutura competitiva e fomenta a logística de diversos setores econômicos. A região de Carajás é rica em minerais essenciais para a descarbonização e a transição energética.
O projeto reúne o potencial de Carajás, incluindo as minas em operação, expansões e novos alvos, para impulsionar o beneficiamento de minerais críticos para a produção de aço verde (minério de ferro de alta qualidade) e de metal para transição energética (cobre), considerados essenciais para a redução das emissões de carbono. A previsão é que a produção de minério de ferro em Carajás chegue a 200 milhões de toneladas por ano em 2030. No caso do cobre, o crescimento esperado é de 32%, elevando a produção na região para cerca de 350 mil toneladas. A estimativa é de uma contribuição relevante no PIB do Pará, em até R$ 100 bilhões por ano.
“O Novo Carajás traz ganhos para o Brasil – com o potencial de posicionar o país na liderança global no fornecimento de minerais críticos e reforçar seu protagonismo no combate às mudanças climáticas – e para a Vale, ao ampliar uma frente de negócio que gera valor e alavanca oportunidades estratégicas de mercado em uma economia baseada na indústria de baixa emissão de carbono”, afirma o CEO da Vale, Gustavo Pimenta.
PRESERVAÇÃO – Um dos diferenciais do Brasil é conciliar a exploração mineral para gerar emprego, renda e divisas com a proteção do meio ambiente. A mineração sustentável é um modelo econômico que ajuda a preservar ecossistemas.
PARCERIA – Em Carajás, mais de 800 mil hectares de Floresta Amazônica, área equivalente a cinco vezes a cidade de São Paulo, são protegidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). No local é onde fica a principal operação de minério de ferro da Vale, que ocupa menos de 3% dessa floresta protegida. Nesse conjunto de unidades, a Vale mantém equipes de guardas florestais que monitoram a área 24 horas por dia. Para o trabalho de recuperação de áreas, a empresa mantém parceria com a Cooperativa dos Extrativistas de Carajás, que faz a coleta de sementes adquiridas pela Vale para o plantio. De 2019 a 2023, foram coletadas mais de 22 toneladas de sementes de 120 espécies diferentes, o que gerou R$ 4 milhões em renda às famílias.
METAIS BÁSICOS – Concentram-se também no Pará as operações de metais básicos da companhia no Brasil: a Vale Metais Básicos. A empresa, criada em 2023, abrange as operações de cobre, com a mina do Sossego, em Canaã dos Carajás (2004), e a mina do Salobo, em Marabá, inaugurada em 2012. Em 2024, a produção total de cobre no Brasil foi de 265,2 mil toneladas. Deste total, a Salobo respondeu por 199,8 mil toneladas e a Sossego por 65,4 mil toneladas.
ESTRADA DE FERRO CARAJÁS – A Vale opera a Estrada de Ferro Carajás (EFC), que liga a mina, em Parauapebas (PA), ao Porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA). A ferrovia corta quatro municípios no Pará (Parauapebas, Marabá, Bom Jesus do Tocantins e Curionópolis) e 23 municípios maranhenses. Para transportar o minério de ferro produzido, foi construído um ramal ferroviário de 101 Km de extensão, interligando a mina, em Canaã, à ferrovia, no município de Parauapebas. Além de transportar minérios e carga geral (grãos e combustíveis), a EFC também opera um trem de passageiros, que atende a mais de 1.300 pessoas por viagem entre o Pará e o Maranhão.