Em todo o país a data é comemorada nesta sexta-feira, 18 de outubro e lembra a trajetória qualitativa da categoria tão antiga quanto o próprio porto.
Nesta sexta-feira (18), o Brasil celebra o Dia Nacional do Estivador, uma ocasião que homenageia os profissionais com papel fundamental na logística portuária nacional. No Porto do Itaqui, em São Luís, o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO-Itaqui) destaca a relevância desses trabalhadores, responsáveis por carregar e descarregar embarcações, arrumar mercadorias e garantir a proteção das cargas. Este dia não apenas reconhece o esforço desses profissionais, mas também ressalta o progresso do setor, as melhorias nas condições de trabalho e a importância do aprendizado contínuo.
Historicamente, a profissão de estivador era marcada pelo modelo de closed shop (loja fechada), no qual o ingresso nas posições dependia da associação a sindicatos, responsáveis pela escolha dos candidatos. Com a chegada dos contêineres, na década de 1980, e a privatização dos portos em 1993, o setor passou por mudanças profundas. A partir da aprovação da Lei 8.630, também chamada de Lei de Modernização dos Portos, a maioria dos estivadores passou a ter um contrato de trabalho, oferecendo mais segurança e estabilidade aos trabalhadores.
Essa lei marcou o início de um novo período no sistema portuário brasileiro, ao transferir a gestão do trabalho dos sindicatos para os Órgãos Gestores de Mão de Obra (OGMOs). Essa mudança resultou em melhorias nas condições de trabalho e no aumento da qualificação profissional.
Inspiração de berço – Jouberth Costa Mendes, (foto) estivador há 19 anos e com 52 de idade, compartilha sua trajetória na profissão. “Tive contato com a estiva em 1992, quando meu pai, também estivador, me levou ao porto.” Desde então, demonstrei interesse em aprender mais sobre as operações”, conta. Ele relembra como as mudanças na lei afetaram sua trajetória: “Em 1995, tive que me afastar por causa da Lei 8.630/93. Em 2005, retornei ao OGMO-Itaqui como estivador registrado, e encontrei uma realidade completamente diferente, com infraestrutura aprimorada e mais oportunidades de formação. Hoje, conseguimos acessar informações sobre escalações e reservas diretamente do celular, algo inimaginável no passado”, destaca, ressaltando os avanços tecnológicos que transformaram a carreira.
Jouberth é estivador qualificado pelo OGMO e certificado pela empresa INCATEP para atuar como multiplicador na formação de guindasteiros. Técnica, experiência e flexibilidade são os pilares dessa prática bem-sucedida, que faz parte do Programa Na Mão Certa do OGMO-Itaqui, cujo objetivo é desenvolver e valorizar os talentos.
Valorização e reconhecimento – A diretora executiva do OGMO-Itaqui, Ana Barbosa, destaca a importância dos estivadores para a atividade portuária. “Nossos profissionais são fundamentais para o funcionamento do porto e podem ampliar a geração de valor para os negócios com o fortalecimento de suas competências técnicas, além da flexibilidade para se adequarem aos processos tecnológicos e ao pensamento inovador no trabalho e nas relações. Estamos comprometidos em garantir que nossos trabalhadores tenham acesso a qualificação e aprimoramento constantes, pois acreditamos que a formação é essencial para a modernização do setor e para a competitividade”, afirma Ana.
Fonte:
WComunicação