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Palmeiras, de Abel Ferreira, é bicampeão brasileiro de futebol

A taça do Brasileirão continuará no Palestra Itália! Assim como aconteceu em 2022, o Palmeiras conquistou em 2023 o principal título do futebol nacional, agora pela 12ª vez na história, ampliando a hegemonia que o faz ser o Maior Campeão do Brasil. A confirmação de mais uma façanha alviverde veio com o empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, nesta quarta-feira (06), no Mineirão. A trajetória do campeão ficará marcada como uma das reviravoltas mais incríveis de todos os tempos no país. Líder por 31 rodadas, o Botafogo encerrou o primeiro turno com 13 pontos de vantagem sobre o Palmeiras, então terceiro colocado. E o time carioca ainda chegou a abrir 14 pontos da equipe paulista, na 15ª e na 27ª rodada (o Verdão estava, respectivamente, em sexto e em quinto lugar). Àquela altura, faltando 11 rodadas para o fim, o Palmeiras perdeu o meio-campista titular Gabriel Menino por grave lesão no tornozelo direito, e desde a 21ª rodada não contava mais com o atacante Dudu, ídolo e referência do time, que rompera os ligamentos do joelho direito.

A Virada Histórica começou a ganhar força na 29ª rodada, quando o Palmeiras atropelou o São Paulo por 5 a 0 (repetindo a maior goleada já aplicada sobre o rival, registrada pela Primeira Academia de 1965) e diminuiu a diferença para nove pontos em relação ao Botafogo, que tinha uma partida a menos. Na 30ª, ainda com um jogo a mais que os cariocas, a desvantagem caiu para seis pontos. O jogo-chave para o título aconteceu na 31ª rodada. Era o confronto com o próprio Botafogo, no Estádio Nilton Santos lotado. Empolgados, os donos da casa partiram para cima desde os primeiros minutos e foram para o intervalo com 3 a 0 no placar. Foi quando começou a brilhar a estrela de Endrick. A Cria da Academia, com apenas 17 anos, fez o que se acostumou a fazer nos campeonatos de base, quando jogava sempre nas categorias acima da sua idade: chamou o jogo para si, pediu a bola e comandou a remontada alviverde.

Mas ainda havia drama pela frente. Após Endrick marcar o primeiro gol do Verdão, o Botafogo teve um pênalti a seu favor, aos 37 minutos do segundo tempo. Os cariocas, portanto, poderiam fazer 4 a 1 e colocar nove pontos de vantagem na tabela de classificação. E com um jogo a menos! Tiquinho Soares, então artilheiro do campeonato, bateu firme no canto direito, mas Weverton se esticou para fazer uma linda defesa e recolocar o Verdão no jogo. Na sequência, aos 38, Endrick marcou mais um e diminuiu para 3 a 2. Aos 40, o técnico Abel Ferreira abriu mão do esquema com três zagueiros e colocou o atacante Flaco López no lugar de Luan. E foi López, aos 43, quem aproveitou passe de Gustavo Gómez, após cruzamento de Endrick, para deixar tudo igual no placar.

A noite mágica teve seu capítulo final no crepúsculo da partida. Quando o árbitro sinalizou nove minutos de acréscimo, o Palmeiras já não dava mais respiro para o rival. O empate, dada as circunstâncias, poderia parecer bom. Mas o espírito resiliente dos comandados de Abel Ferreira, que se acostumaram a ter cabeça fria e coração quente para brigar até a última bola, levou a equipe a conquistar a maior virada da história do clube. Gol de Murilo, aos 53 minutos, completando uma cobrança de falta de Raphael Veiga.

Mais uma vez, a Terceira Academia alcançava um feito obtido apenas pela Primeira, que no Campeonato Paulista de 1965 bateu a Ferroviária por 4 a 3 depois de ir para o intervalo com três gols de desvantagem. Naquela ocasião, o Verdão também marcou três vezes após os 37 minutos do segundo tempo. O jogo, porém, foi no Parque Antarctica, e não na casa do adversário, por um campeonato estadual, e não nacional. E não contra o líder do campeonato! Líder esse que, agora, tinha apenas três pontos de vantagem na tabela, embora ainda com um jogo a menos.

Na 32ª rodada, o Palmeiras chegou aos mesmos 59 pontos do Botafogo, números que se mantiveram na 33ª. O time carioca, então, disputou o seu jogo atrasado, empatando e indo a 60 pontos. E na 34ª, definitivamente, o Verdão assumiu a ponta com a goleada por 3 a 0 sobre o Internacional e o empate do Botafogo com o RB Bragantino, que também brigava pela liderança. A primeira colocação quase foi parar na mão do Flamengo na 35ª rodada, mas o Palmeiras, mais uma vez, mostrou que não desiste nunca do resultado e buscou um empate contra o Fortaleza mesmo depois de ficar em desvantagem no placar duas vezes, ambas com um jogador a menos.

A goleada por 4 a 0 sobre o América-MG na 36ª e os tropeços de Flamengo (derrota para o Atlético-MG) e Botafogo (empate com o Coritiba) deixaram o Maior Campeão do Brasil com três pontos de vantagem sobre os concorrentes (no caso, Botafogo, Flamengo e agora Atlético-MG, além do Grêmio, com quatro a menos). Diante do Fluminense, na 37ª, nova vitória, mantendo a distância para o Galo e o Rubro-Negro, agora únicos postulantes ao título, e com vantagem no saldo de gols (respectivamente, 8 e 16). Ou seja, na rodada final, só uma tragédia, com derrota alviverde por goleada e vitória de um dos concorrentes também por goleada, tiraria o troféu do Palestra.

Não foi o que aconteceu. Diante do Cruzeiro, a conquista foi sacramentada com um gol de Endrick, num jogo em que o Verdão foi superior, mas terminou empatado por 1 a 1. O Mineirão, assim, tornou-se o sexto palco diferente de um título brasileiro do Palmeiras, juntando-se a Allianz Parque, Morumbi, Pacaembu e Maracanã.

Estatísticas coletivas – Campeão em 1960 (Taça Brasil), 1967, 1967 (Taça Brasil), 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016, 2018, 2022 e 2023, o Palmeiras se mantém como o clube com mais títulos brasileiros, condição alcançada desde 1973, quando faturou o hexacampeonato. O Verdão dividiu a ponta com o Bahia em 1960 e com Bahia e Santos em 1961. Ficou em segundo entre 1962 e 1972. Depois, dividiu a liderança com o Santos de 1973 a 1992, assumiu a ponta isoladamente de 1993 a 2003, dividiu novamente com o Santos de 2004 a 2015 e se isolou definitivamente em 2016. O Santos é o segundo com oito taças, seguido por Corinthians e Flamengo, com sete.

O Palmeiras também é o único clube a ostentar títulos brasileiros em seis diferentes décadas (anos 50, 60, 70 e 90 do século XX e anos de 10 e 20 do século atual). Na era dos pontos corridos, iniciada em 2003, foi a quarta conquista (ao lado de 2016, 2018 e 2022), igualando o recorde do Corinthians. Foi também o quarto título brasileiro na era Allianz Parque (novamente ao lado de 2016, 2018 e 2022) e o segundo sob comando de Abel Ferreira (ao lado de 2022). Além de ser o quarto bicampeonato brasileiro, repetindo 1967/67, 1972/73 e 1993/94. Nenhum clube tem mais bicampeonatos do que o Verdão – o São Paulo tem um tri (2006 a 2008) e o Santos tem um penta (1961 a 1965).

Considerando todos os torneios nacionais, o Maior Campeão do Brasil segue na ponta: agora são 18 conquistas (12 Campeonatos Brasileiros, quatro Copas do Brasil, uma Copa dos Campeões e uma Supercopa do Brasil), contra 14 do Flamengo, segundo colocado. Este foi o 10º título palmeirense em um período de quatro anos, feito inédito na história do clube – o recorde anterior era de cinco taças em um triênio, alcançado quatro vezes: 1950 a 1951, 1972 a 1974, 1993 a 1994 e 1998 a 2000. Foi ainda a sexta vez na história que o Verdão faturou três taças de campeonato em uma mesma temporada, repetindo 1951, 1972, 1993, 2020 e 2022. Desde o início de 2020, a Terceira Academia conquistou duas Libertadores (2020 e 2021), dois Campeonatos Brasileiros (2022 e 2023), uma Copa do Brasil (2020), uma Supercopa do Brasil (2023), uma Recopa Sul-Americana (2022) e três Campeonatos Paulistas (2020, 2022 e 2023).

Neste Brasileiro de 2023, o Palmeiras obteve o segundo maior número de vitórias (20, atrás apenas do Grêmio, com 21), o menor número de derrotas (oito), o melhor saldo de gols (31), o melhor ataque (64), a maior pontuação como mandante (44, ao lado do Grêmio) e a melhor defesa como mandante. Com isso, isolou-se como clube que mais vezes terminou o campeonato com mais gols marcados: oito edições (1967, 1993, 1994, 2016, 2017, 2018, 2022 e 2023), superando Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo e Santos, com sete.

O Verdão é o segundo clube que mais vezes ocupou o G-4 neste Brasileiro, com 34 rodadas, atrás apenas do Botafogo, com 35, e seguido por Flamengo (25) e Grêmio (23). Em toda a era dos pontos corridos, o Maior Campeão do Brasil passou a liderar com 332 rodadas no G-4, seguido por São Paulo (323) e Corinthians (282). E considerando toda a história da competição, é o clube que mais vezes terminou uma edição entre os quatro primeiros colocados: agora 25, seguido pelo Grêmio (22).

Além disso, o Palmeiras se tornou o clube que mais venceu na história do Campeonato Brasileiro (707 vitórias contra 703 do São Paulo, segundo colocado) e se manteve com a melhor média de gols marcados (1,47 gol por jogo contra 1,45 do São Paulo, segundo colocado). Na era dos pontos corridos, além de seguir com a melhor média de gols (1,46 por jogo contra 1,44 de Cruzeiro e Atlético-MG, segundos colocados), passou a ter o maior índice de vitórias (45,02% contra 44,50% do São Paulo, segundo colocado) e se manteve com o segundo melhor aproveitamento de pontos (53,52%, logo atrás do São Paulo com 53,87%) e com o segundo maior número de rodadas na liderança (115, atrás apenas do Corinthians, com 131).

Façanhas individuais – Abel Ferreira faturou o nono troféu pelo Palmeiras e se isolou como o segundo técnico com mais conquistas pelo clube, superando Vanderlei Luxemburgo, com oito, e ficando atrás apenas de Oswaldo Brandão, com dez. A comissão portuguesa, que desembarcou no Brasil no dia 2 de novembro de 2020, agora soma dois títulos de CONMEBOL Libertadores (2020 e 2021), dois de Campeonato Brasileiro (2022 e 2023), um de Copa do Brasil (2020), um de Supercopa do Brasil (2023), um de Recopa Sul-Americana (2022) e dois de Campeonato Paulista (2022 e 2023).

Em toda história alviverde, apenas quatro treinadores conquistaram três títulos em uma mesma temporada, e Abel é o único que o fez duas vezes (2002 e 2023) – os demais foram Ventura Cambon (1951), Oswaldo Brandão (1972) e Vanderlei Luxemburgo (1993). E só Abel (2020, 2022 e 2023), Oswaldo Brandão (1946 e 1972), Vanderlei Luxemburgo (1993 e 1994), Humberto Cabelli (1933), Armando Del Debbio (1942), Ventura Cambon (1951) e Luiz Felipe Scolari (1998) conquistaram mais de um título em uma mesma temporada. Abel também se isolou como o treinador estrangeiro com mais títulos na história do futebol no Brasil (superando o uruguaio Felix Magno, com oito) e se tornou o único estrangeiro com dois títulos de campeão brasileiro na história da competição.

Entre os jogadores, Dudu se tornou o maior campeão da história do Palmeiras com 12 títulos, igualando Ademir da Guia e Junqueira. Já Weverton, Gustavo Gómez, Marcos Rocha e Mayke atingiram a quarta posição na lista, com 11 troféus, ao lado de Waldemar Fiume e Lima e atrás apenas de Dudu, Ademir e Junqueira. Dudu, por sua vez, igualou César Maluco na terceira posição dos maiores campeões brasileiros pelo Palmeiras (quatro títulos, atrás apenas de Ademir da Guia e do ex-volante Dudu, ambos com cinco). Já Weverton igualou Emerson Leão como o goleiro com mais títulos brasileiros pelo Palmeiras (três cada).

 

Fonte:
Site Oficial do Palmeiras