O Porto do Itaqui formalizou, na última semana, contrato para cooperação técnica com a Fundação Porto de Valência (Fundación Valenciaport), com o objetivo de elaborar o Plano de Descarbonização do porto público do Maranhão. A instituição é referência global em programas de descarbonização e o Porto de Valência foi um dos primeiros no mundo a estabelecer a meta zero para emissão de gases de efeito estufa até 2030.
“Essa parceria é estratégica para promover os avanços necessários de melhoria contínua na gestão do meio ambiente do Itaqui, que já é reconhecida pela ISO 14001:2015. Vamos agora, junto com a Fundación Valenciaport, mapear nossas emissões, traçar metas de descarbonização e determinar as ações prioritárias necessárias para atingir esses objetivos”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Gilberto Lins.
De acordo com o contrato, o trabalho conjunto começará com um mapeamento inicial das emissões de gases de efeito estufa, abrangendo caminhões e veículos que circulam na poligonal do porto, navios e todos os equipamentos portuários. Com base nesse estudo será elaborado o plano de descarbonização, instrumento que vai orientar ações e investimentos com base em um direcionamento mais preciso, objetivo e estratégico.
A EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária –, responsável pela gestão do Porto do Itaqui, realiza, desde 2020, o seu Inventário de Emissão de Gases de Efeito Estufa. A empresa possui um Programa de Mudanças Climáticas que inventariou as emissões de gases visando a sua redução ou eliminação. Foram adotadas algumas ações, como substituição do combustível dos nossos veículos para etanol e os resíduos são destinados a locais de reciclagem, evitando aterros ou incineração – que emitem mais gases.
“Queremos ir além, mas isso exige substituir máquinas, adquirir veículos elétricos e substituir a matriz energética por outra mais limpa. Tudo isso será mapeado no Plano de Descarbonização”, explica a gerente de Meio Ambiente da EMAP, Luane Lemos.
Vantagens da descarbonização – O Porto do Itaqui é um dos primeiros portos públicos do Brasil que possuem um programa de descarbonização, visando a mitigação de emissão de gases de efeito estufa. A importância para o setor portuário vai desde a geração de créditos de carbono até eventual preparação de infraestrutura e operações para responder às mudanças do clima.
Com estimativa de investimento de R$ 1,8 milhão, o convênio com a Fundación ValenciaPort visa, com a redução das emissões de gases do efeito estufa, integrar o esforço global para evitar que a temperatura do planeta aumente mais de 2 graus Celsius até o final deste século. Esse aumento de temperatura pode acarretar uma série de alterações, como vendavais, inundações, aumento do nível dos oceanos, desertificação e redução da biodiversidade.
Na qualidade de signatário do Pacto Global da ONU – Organização das Nações Unidas – o Porto do Itaqui está fazendo a sua parte para cumprir o ODS 13 (referente à mudança climática) – um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015.
Fonte: EMAP