Texto: Carlos Andrade, da Redação
Parece que foi ontem, ou mesmo ante ontem. Mas a imparcialidade e implacabilidade do tempo que não cessa de contar, nos lembrou pelos números frios do calendário que já se passaram 30 dias sem Jobert José Salgado Filho a frente da Soamar do Maranhão e ao lado dos seus amigos, funcionários e familiares. A marca, simbolizada pelo “mensário”, foi o mote para que a Soamar do Maranhão mandasse rezar uma missa especial, de um mês de memória do seu passamento. E o local escolhido, fora justamente a sede da Soamar, o mesmo que fora utilizado para a comemoração do Dia do Amigo da Marinha, a última das suas muitas ações compartilhada presencialmente por todos que agora se esmeram em “fingir” que Jobert está entre nós.
Não se trata de negar a realidade inegável e sim de manifestar um sentimento de contraponto com o distanciamento natural de um estado ao outro do ser humano. Foi assim com Mário Flexa, Hercílio Luz Simões, Jorge Afonso, e dezenas de outros que trocaram a mesa da presidência pela foto da Galeria na parede.
A de Jorbert José Salgado Filho ainda nem está lá. Não importa. Sem pressa. O caminhar é lento e, quanto mais demorar, mais Jobert se tem presente, mais seu exemplo e sua contaminação de “ânimo” surtirá efeito em todos os soamarinos que, como eu, se reuniram para reverenciar sua memória e agradecer sua inquietude de querer fazer o bem sempre e cada vez mais depressa. Neste caso em particular, de Jobert, mais que um retrato na parede, a viúva, Ana Karine, recebeu das mãos do CMG Porto e de Sílvio Aguiar, a bandeira soamarina simbolizando o vínculo “eterno” entre a instituição e seu ex-presidente.
Para o atual presidente Sílvio Aguiar, “um homem símbolo de boas lembranças, um caráter cujos valores nos permite querer espelhar”. Para o Capitão dos Portos CMG Porto, “um amigo que não soube esperar o usufruto maior dessa amizade emergente e pioneira em terras maranhenses. E um desabafo: ninguém é tão espiritualizado que não precise aquietar seu coração”. Para Telma Aniquetes “mais que um amigo, uma referência de tudo que é bom e do que se pode esperar de um companheiro onipresente e inquieto em realizar mais e cada vez mais”. Para Nuno Reis, companheiro de décadas em terra e mar, “a ficha que nunca cai, a proximidade que insiste em se manter curta e as lágrimas que nunca secam”. Para o amigo e cunhado Augusto, “um exemplo familiar e humano que nos permite querer imitá-lo qualquer que seja o plano, seja neste humano ou, no espiritual de Deus”.
Em sua homilia o Padre Cláudio Corrêa falou das coisas do Alto, lembrou textos reconfortantes de uma esperança Cristã cujo lastro só a fé explica, e falou de uma eternidade que “não morre” nas lembranças e nos corações de quem a gente ama.
Que assim seja. Em um dos cantos, a missionária Ana Parentes, da Igreja São Paulo Apóstolo, afirmou que “pensava que podia viver por si mesma, que as coisas do mundo não iriam lhe derrubar”.
Eu, mesmo errado, também pensei…
Lugar: PORTOSMA
Fonte: Redação
Data da Noticia: 10/01/2021