
HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL - PARTE
23
¨Navigare
contra mare currentem, capit animus, spiritus nauta et perseverantium¨
(Para navegar contra a corrente marítima é
preciso coragem, espírito marinheiro e perseverança)


1485
– Navegadores normandos , da peninsula escandinava , aportam
na península do Labrador , no atual Canadá – América
do Norte , precedendo ao navegador Cristovão Colombo que aporta
nesse continente , somente em 149od2.
1486 – O navegador
genovês Cristovão Colombo , trabalha no seu plano expedicionário
de atravessar o oceano Atlântico navegando para oeste , pois
já sabia que os ventos de leste o levariam e os ventos de oeste
o trariam de volta ao porto de origem.
1487 - Parte do porto
de Lisboa-Portugal o experiente oficial da Marinha portuguesa o navegador
Bartolomeu Dias, em 3 navios e 2 caravelas com a tarefa de dar continuidade
as suas expedições marítimas para encontrar o
Caminho Maritimo para as Indias, contornando o continente africano,
navegando pelo seu litoral/ costa ocidental e oriental.
Amarando para o oceano Atlântico,
já no hemisfério sul, abaixo da linha equatorial, aproveitou
os ventos alísios de nordeste para descer para o sul; os ventos
predominantes de oeste, predominantes nas latitudes mais ao sul, o
levaram a costa oriental africana, onde ancorou seus navios e desembarcou
,após contornar o extremo sul desse vasto continente já
navegado por ele, anteriormente.
Ùltima década dos anos
90 –anos 1491 a 1500 – Nessa década
exploradores matítimos buscam nas comunidades pesqueiras de
alto mar ,importantes escolas de navegação , navios
e tripulantes para as suas várias expedições
martimas .Acontecem nessa década , grandes viagens marítimas
de descobrimento e exploração marítima como a
de Cristovão Colombo , Vasco da Gama e Pedro Alvares Cabral
.
Legendas
das fotos: Expedição Nórdica ao Labrador; Rotas
dos Northmaes; e Cabo Boa Esperança Sul-África.
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HISTÓRIA MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL - PARTE
22
¨Quotiens
cogitamus a Deus navigare , malus semper navem paratam habet¨
(Toda vez que pensamos em navegar para longe de Deus,
o maligno tem sempre um barco pronto)
27/28
NOVEMBRO 1614 - Nesses dias históricos, fora
assinado, então o Tratado de Paz entre os franceses e portugueses,
após a vitória portuguesa sobre os franceses na Batalha
Naval de Guaxenduba. Ficara acordado que os franceses continuariam
ocupando a Grande Ilha do Maranhão e os portugueses continuariam
no continente. Fora liberado o tráfego de navios e embarcações
portuguesas na baia de Guaxenduba/São José.
29 NOV 1614 – Os navios e as embarcações
miúdas da Esquadra francesa de Daniel de La Touche retornam,
por mar e pelo estreito dos Mosquitos, ao porto da Ilha do Maranhão,
na enseada das fozes dos rios Anil e Bacanga. Os portugueses tomam
posse, definitivamente, do Forte de São José do Itapari,
que viria a se tornar importante base de apoio para as incursões
portuguesas na Grande Ilha do Maranhão, a Upaon Açu
indígena.
13/16 DEZEMBRO 1614 – Suspende, levanta âncoras,
do Porto da Ilha do Maranhão a Nau francesa Regente, com os
representantes franceses Monsieur Du Pratz e Maiilart e a Caravela
portuguesa com os representantes portugueses Gregório Fragoso
de Albuquerque e Diogo de Campos Moreno, para a Europa, a fim de verificarem,
junto aos Monarcas de França e de Portugal, como ficariam as
terras do Maranhão e Grão Pará, após a
vitória portuguesa no embate de Guaxenduba. Ao navegar, a Nau
Regente desfralda as velas/panos dos mastros e salva com tiros de
canhões o Forte São Luis. Este, então, reponde
as salvas, mas há um acidente com seus canhões, fazendo
vítimas em artilheiros.
Final
do ano de 1614 – Aporta em São Luis do
Maranhão, o navegador português Francisco Caldeira Castelo
Branco, com quatro navios, em apoio a Campanha da Reconquista de Jerônimo
de Albuquerque. Posteriormente, sob as ordens desse Capitão,
navega pelos rios da Amazônia para fundar e ocupar a cidade
de Belém do Pará.
05 DE OUTUBRO DE 1615
- Suspende do porto de Pernambuco, os navios da Esquadra de Alexandre
de Moura, nomeado que fora Comandante-em-Chefe da Conquista do Maranhão
e Grão Pará a fim de apoiar a Jornada da Reconquista
ou Jornada Milagrosa de Jerônimo de Albuquerque. Tem como Piloto
do navio Capitânea o navegador português Manuel Gonçalves.
O desafio maior da travessia marítima era evitar os baixios
do Parcel Manuel Luis, onde, em 1535 naufragara navios da frota de
Aires da Cunha, sendo os primeiros navios portugueses a aportarem
no Maranhão. Sob o comando de Alexandre de Moura haviam cinco
navios grandes, uma Caravela e um Caravelão da Costa, com cerca
de novecentos embarcadiços, sendo seiscentos soldados. Após
navegarem pela costa / litoral pernambucano, pelo litoral do extremo
nordeste e costa do Ceará, fundeiam com vistas para o forte;
era o dia 10 de outubro de 1615. Já no dia 16 de outubro suspendem
os navios da Esquadra de Alexandre de Moura, navegando para oeste
afastando-se do litoral alcançam a barra da baía de
Grand Dance, foz do rio Periá. Ali , observaram, no povoado
de Primeira Cruz, a grande cruz fincada por Jerônimo de Albuquerque,
seu fundador.

Nas fotos, Costa Leste-Oeste do Maranhão e Grão Pará;
Oceano e Nau caravelas.
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HISTÓRIA
MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 21
¨Aliquando
Deus in mari tempestatem sedat, interdum nautam naviganten placat¨
(Muitas vezes Deus acalma a tempestade no mar, outras
vezes acalma o marinheiro no navegar)

ANO
1455-SEC. XV - Fôra editada pela inventada máquina
impressora do Inventor Gutemberg , na cidade de Estraburgo na Alemanha
, um dos primeiros exemplares da Biblia Sagrada Cristã , onde
há textos e citações sobre os rios Jordão
,Tigres e Eufrates , Nilo e sobre o mar da Galiléia ou lago
Tiberíades e sobre o mar Mediterrânro e mar Vermelho
1469
– Os navegadores portugueses João de Santarém
e Pedro de Escobar chegam ao litoral das Minas, Costa Ocidental africana
, e em 1471 descobrem as importantes Ilhas de São Tomé
Principe. No período de 1469 a a 1475 , há grande impulso
nas explorações marítimas portuguesas pelo litoral
ocidental africano , através do comerciante lisboeta Fernão
Gomes que percorreu cerca de mil e duzentas milhas náuticas
desse litoral , instalando postos comerciais ,tendo alcançado
o cabo de Santa Catarina na latitude – paralelo de 2 graus Norte.
1470 – O navegador genovês Cristovam
Colombo inicia a sua familiarização comercial nas águas
e portos mediterrâneos ocidental e litoral / costa atlântica
ocidental africana.
1473 – Os navegadores ibéricos –
Península Ibérica- em suas navegações
marítimas ultrapassam/ transpõem o Equador Terrestre
– Latitude Zero Grau. Destaca-se o navegador português
Lopo Gonçalves busca a navegar pelo hemisfério sul terrestre
,ainda desconhecido, procurando novas rotas e mercados para o comércio
marítimo mundial.
1480/1490 – Devido a criação
da Liga Hanseática ,que passou a disputar com os ingleses o
mercado marítimo do Mar do Norte e do Mar Báltico ,
passaram os britânicos tendo como base o porto de Bristol –Ilhas
Britânicas a despacharem expedições marítimas
rumo a oeste em busca de novos mercados para um comercio marítimo
. Nessa época os estaleiros navais da cidade-porto , já
construiam grandes navios para o alto mar.
1482 – D. João , Rei de Portugal, manda
construir o Forte São Jorge da Mina, com seu núcleo/assento
populacional , passando a ser a mais importante das Possessões
Portuguesas na costa / litoral ocidental africana.
1483 – Diogo Cão, navegador português,
alcança o cabo Cruz, mais ao sul do litoral ocidental africano,
delineando o formato daquela costa , até a latitude de vinte
e dois graus Sul.
1484 – Cristovam Colombo, então convivendo
em Portugal , propõe ao Rei D. João o seu Projeto de
alcançar a Ásia, navegando para Oeste. Sem perceber
qualquer sensibilidade e interesse do Monarca português, levou
o seu acalentado Projeto ao Rei da Espanha e Castela, Fernando e Isabel
, já em 1485 . Porém , somente fora aceito, em 1492
, quando recebeu apoio dos Monarcas e iniciou os preparativos para
a sua almejada Expedição Marítima rumo ao oriente
via ocidente.
1484/1487 - O navegador português Bartolomeu
Dias contorna o Cabo das Tormentas ou da Boa Esperança, extremo
Sul do Continente Africano ,descortinando pela proa dos seus navios
o Oceano Indico. Após essa efeméride marítima
, há um grande incentivo à construção
de navios de alto bordo, naus / naves, uma evolução
das Caravelas. Esse tipo de navio conseguia transportar cerca de 600
toneladas de carga ; posteriormente evoluíram para os galeões
com capacidade de 1200 toneladas de carga e armados com até
noventa canhões.
HISTÓRIA
MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 20
¨Hoc
est in procellas e tempestates al mare ut discit navigare et in mare
vivere¨
(É com as tempestades e tormentas marítimas
que se aprende a navegar e viver no mar)
19 NOV 1614- Travada a Batalha Naval de Guaxenduba nas águas
da , então , baía de Guaxenduba , atual baía
de São José, circundante da Grande Ilha do Maranhão
ou Ilha de São Luis , entre Forças armadas francesas
e portuguesas .

Participaram da Batalha Forças navais e tropas francesas que
estavam estabelecidas na Ilha de São Luis - Upaon Açu
, sede da França Equinocial . Eram onze navios de alto bordo
, como as naus Regente e Charlotte , comandadas pelo Capitão
Du Pratz e Maillart e acompanhadas de cerca de cinquenta canoas grandes
tripuladas pelos índios Tupinambás e outras embarcações
como lanchas . Além disso , haviam instalado o Forte de São
José do Itapari . Possuiam como armamento canhões ,
arcabuzes , mosquetes , espadas , arco e flexa e pistolas . Nas embarcações
e navios , haviam cerca de quatrocentas a quinhentas pessoas e dois
mil índios tupinambás flecheiros.
Os portugueses que estavam estabelecidos no continente , promontório
de Guaxenduba , sitio de Santa Maria possuíam três nvios
redondos de cerca de 150 toneladas , uma Caravela de 100 toneladas
e alguns Caravelões . A fortificação de Santa
Maria ,onde se entricheiravam , além do forte de São
José do Itapari que já haviam conquistado dos franceses
.Tinham poucos canhões , arcabuzes e mosquetes , mas muito
arco e flexa dos índios Tapuias , seus aliados.
O comando das ações era de Jerônimo de Albuquerque
, auxiliado por Diogo de Campos Moreno : o comando das ações
dos índios tapuias era do Capitão Madeira . Pela manhã
desse histórico e épico dia dezenove de novembro , no
lusco fusco do crepúsculo matutino , a Esquadra francesa acompanhada
de cerca de cinquenta canoas indígenas aproximam-se do forte
de Santa Maria de Guaxenduba , navegando pelas águas da baía
,usando as velas e os remos , sob o Comando Supremo de Daniel de La
Touche – Senhor de La Ravardiére .Estando a baía
ocupada de embarcações ,a Operação francesa
consistia no desembarque das suas tropas na praia para a tomada do
forte e combate aos portugueses , sob os bombardeios dos navios franceses
, aproveitando o fator de força que os possuíam sobre
os portugueses.

Assim sendo , Daniel de La Touche propõe a Jerônimo de
Albuquerque uma rendição ,porém não é
aceita.Com isso , sob suas ordens os portugueses atacam os franceses
que já haviam desembarcados na praia , estando as suas tropas
divididas ; com a surpresa desse ataque e a ferocidade dos índios
Tapuias contra os índios Tupinanbás seus inimigos ,
houve muitas perdas humanas de franceses como soldados , índios
e oficiais como o Capitão Pezieux e alguns nobres . Esse ímpeto
das tropas portugueses para a luta surpreendeu as tropas francesas
, mesmo sendo maioria
.
Então , La Ravardiere a bordo do seu navio Capitânea
ordena aso navios um bombardeio cerrado, com seus canhões ao
forte de Guaxenduba e às tropas portuguesas nas praias . Mas
a maré das águas da baía era de vazante , incontinente
, não permitindo maior aproximação dos navios
das praias e do forte . Perdendo o alcance do fogo dessa artilharia
. Havia perigo dos navios encalharem . Além disso , a artilharia
portuguesa contra atacava , provocando muito barulho e fumaça
e incêndios nas canoas indígenas pró franceses
que se encontravam encalhadas nas praias , tendo em vista a maré
que vasava celeremente.
As perdas de pessoal e material , a impetuosidade de lutar dos portugueses
e dos índios tapuias e os incêndios assustaram os franceses
e os índios tupinambás que começaram a recuar
e se retirarem da cena de ação. Aliada a esse cenário
bélico , os portugueses se admiram com o milagre que passa
a acontecer da transformação das pedras e projetis e
das areias em pólvora , pois já estavam com a munição
minguada .Isso foi grande motivação e causa para quererem
vencer as lutas e a batalha .
Daniel de La Touche , La Ravardier , considerando as suas perdas e
a reação e determinação de lutar dos portugueses
, propõe a Jerônimo de Albuquerque uma trégua
,que logo é aceita ,pois as forças francesas mesmo sendo
derrotadas continuavam superiores a dos portugueses ,quanto a navios
e tropas .
21 NOV
1614-Nesse dia glorioso é assinada uma trégua entre
Jerõnimo de Albuquerque e Daniel de La Touche , após
a Batalha Naval de Guaxenduba . Deviam serem cessadas todas as hostilidades
entre os beligerantes , mas as foraças francesas permaneceriam
nas águas da baía de Guaxenduba . Houve , então
, troca de prisioneiros e feridos ; morreram 11 portugueses e 115
franceses . Nesse documento de trégua Jerônimo de Albuquerque
acrescenta o nome de Maranhão na sua assinatura . Os portugueses
se apossam do forte de São José do Itapari , que seria
a futura base de apoio aos portugueses para adentrarem a Grande Ilha
do Maranhão , ocupada pelos franceses .
HISTÓRIA
MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL – PARTE 19
¨Mare
Magnum est telltale rugit ut nos non obliviscamur¨
(O mar é um grande avisador, brame alertando
que não o esqueçamos)

.Séc
XV – Anos de 1401 a 1500 - Década de
30 – Em várias partes do mundo conhecido , muitos países
buscam estabelecerem comunicações marítimas além
mar , como os chineses , turcos e russos . Os turcos , já no
final desse século , tornam-se uma potencia marítima
regional e mundial , aumentando o seu império terrestre e marítimo
.
.1434 - Navegadores
portugueses , escudeiros do Infante D. Henrique , sob o comando do
navegador Gil Eanes , contornam o cabo Bojador , estremo ocidental
da costa / litoral ocidental africano , após várias
tentativas . Navegam em dois Bergantins ,embarcação
semelhante às Barcas e Barinel.
.1450 - Nesse ano ,
nasce em Gênova na Italia , Cristovam Colombo .Ali começa
a aprender os rudimentos de uma cultura marítima , geografia
e cartografia náutica , convivendo com as águas do mar
Mediterrâneo . A sua cidade , assim como a de Veneza , com exíguos
territórios , se aventuravam para o mar em busca de novas terras
e produtos para a sobrevivência da população e
do comercio marítimo . Embarcado , começa a navegar
pelo mar Egeu e mar do Norte , num comerciar marítimo mediterrâneo
e costeiro.
Já em Portugal , em 1477
, começa a elaborar seu Projeto de navegar em busca da Ásia
, no rumo oeste . Como estudioso e bom leitor que era , aproveitava
a literatura da época para adquirir conhecimentos e confirmar
a sua concepção de que o planeta Terra era esférico.
Passa , então , a conviver em Lisboa e ilha do Porto Santo
, no arquipélago da Madeira . Colombo estava em Lisboa , quando
o navegador Bartolomeu Dias retornou da Expedição Marítima
que contornara o Cabo da Boa Esperança ou das Tormentas , extremo
sul do continente africano. Isso o deixou , mais ainda , fascinado
pelo mar e para viajar pelo mar .
.Década
de 40 - Os canhões , ex bombardas , passam
a serem fabricados em bronze fundido e as balas/projetís em
ferro fundido , o que contribuiu para o seu uso a bordo dos navios
, armando-os. Iniciam-se as viagens de explorações marítimas
do oceano Atlântico ,empregando as embarcações
tipo Caravelas –Karabos-Escaravelo, desenvolvidos e projetados
pelos portugueses , unindo os projet9s mediterrâneo e nórdico.
.1453 - Nesse ano ,
ocorre a tomada da cidade de Constantinopla pelos turcos bloqueando
, com isso , a rota das caravanas do Cairo-Frotas de cinquenta navios
que chegavam a cidade porto , via mar Mediterrâneo , mar Vermelho
, golfo Pérsico , mesopotâmia / Entre rios Tigre e Eufrates
.Essas Frotas abasteciam aquela região de especiarias como
pimenta do reino , cravo ,canela ,nós moscada , baunilha ,
madeiras nobres , marfim e pedras preciosas .
HISTÓRIA
MARÍTIMA E PORTUÁRIA MUNDIAL –PARTE 18
¨Sicut
nautae faciunt boni qui in tempestate scapham lente gubernat¨
(Faça como um bom marinheiro que, durante a tempestade, conduz
o barco devagar)
*30
OUTUBRO A 17 NOVEMBRO 1614 - Período intenso
de hostilidades entre os ocupantes franceses e os defensores portugueses
das terras do Maranhão e Grão Pará / Grande Ilha
do Maranhão e outras terras indígenas dos tupinambás
pró franceses . Esses indígenas incursionavam com as
suas grandes canoas , navegando pelas águas da baía
de Guaxenduba , a fim de espionarem e reconhecerem o potencial de
combate dos portugueses . Os índios Tapuias , moradores da
terras do continente , se aliaram aos portugueses se tornando inimigos
dos índios Tupinambás pró franceses . Além
disso , lanchas francesas sob o comando do Capitão Du Pratz
, navegavam pelas águas da baia de Guaxenduba em tarefas de
patrulhamento das ins talações do Forte de Santa Maria
e dos navios portugueses . Houve troca de tiros de canhão do
forte de Santa Maria português e do forte São José
do Itapari francês .
05
NOV 1614 – Dois navios portugueses , caravelões
, com o exímio Piloto Sebastião Martins , tentam cruzar
a barra da baía de Guaxenduba / São José , para
buscarem reforços em Pernambuco , mas são rechaçados
e hostilizados pela Nau francesa Regente , comandada pelo Capitão
Maillart , guardião do bloqueio naval francês . Mas a
nau francesa não consegue bloquear a saída dos caravelões
portugueses por serem mais manobráveis e devido as condições
de maré vazante e temporal ocasional na baia de Guaxenduba

07
e 10 NOV 1614 – Navios franceses preparam emboscadas
para navios portugueses nos bancos de areia da baía , além
de abordagem indígena . Canoas indígenas dos Tupinambás
da Grande Ilha continuam suas hostilidades e incursões relâmpagos
contra os portugueses estabelecidos no forte Santa Maria de Guaxenduba
e aos navios portugueses . Diogo de Campos Moreno , Sargento Mor e
subcomandante de Jerônimo de Albuquerque treina a tropa portuguesa
e as tripulações dos navios ancorados próximos
a praia ,contra os saques tentados pelos indígenas pró
franceses .
11
NOV 1614 – A partir dos quartos dalva de serviço
desse dia , os franceses começam a concentrarem forças
nas águas próximas aos navios e forte portugueses ,
aproveitando a enchente da maré e o lusco fusco da manhã
, sem que as tripulações dos navios , mesmo atentas
e vigilantes , os pressentissem . Ancoram com quatro navios , mas
o Forte de Santa Maria de Guaxenduba reage com sua efêmera artilharia
, mas sem possibilidade de atingir os navios franceses , pois estes
estavam fora do alcance de tiro dos seus canhões . No entanto
, três navios portugueses são capturados pelos franceses
e o bloqueio da barra da baía de Guaxenduba fora reforçado
. Perdem os portugueses uma caravela , um patacho e uma lancha . Deve
ser ressaltado que os marinheiros e soldados portugueses já
se encontravam extenuados e desalimentados , pois estavam submetidos
, constantemente , a audácia dos franceses que detinham o domínio
do mar regional
17
NOV 1614 –Os portugueses , encurralados no Forte
Santa Maria de Guaxenduba , e tendo perdido três navios para
os franceses tentam reorientar-se para conseguirem os possíveis
e almejados reforços , agora por via terrestre e fluvial ,
através do Piloto Melquior Rangel , que sondava outra saída
dali para a foz do rio Periá e barra da baía do Sarnambi
,onde haviam ancorado , ou pra ilha de Santana-Guajavás . Consideravam
que a barra da baía de Guaxenduba / São José
continuava bloqueada pelos franceses . As tentativas foram mal sucedidas
, devido a presença dos manguezais , pântanos e inúmeros
igarapés e furos .
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História
Marítima e Portuária Mundial - Parte 17
¨
Ventum mutare non possumus , cursum navis mutare possumus ¨
(Não podemos mudar o vento , mas podemos mudar
o rumo da embarcação)
SÉCULO
XV –ANOS 1401 A 1500 - Começa nesse
século a saga marítima portuguesa , que se prolonga
até o final do século XVI . Há um elo comercial
entre Portugal e a África , maior do que para com os outros
continentes como a Europa. Nesse século , também, até
o aparecimento do sextante , o astrolábio - que em grego significa
pegar estrelas –tornar-se um instrumento de navegação
(náutico ) de grande importância capital para as descobertas
de rotas marítimas e explorações marítimas
além mar .
1403 / 1425 – O Almirante chinês ZHENG
HE com sua Esquadra de navios de transporte de tropas , navios de
provisão e navios cisternas para transporte de água
chegam a Calicut no litoral da India , Vietnam , Java , Sumatra ,
Malasia , Málaca , Ceilão , Golfo Pérsico ,Costa
Africana , Estreito de Ormuz e de Aden, Arábia, Somália
e Quenia, Mogadisio.
Morreu no mar durante o seu regresso para a China, sendo sepultado
nas águas por onde tanto navegou em embarcações
tipo Juncos . Em suas várias viagens marítimas exploratórias,
cerca de sete , visitou marcando presença , em mais de trinta
e seis portos / países navegando pelos oceanos Indico e Pacifico
embarcado em seu navio Capitânea de cerca de cento e trinta
metros de comprimento e cinquenta e cinco metros de largura/boca.
Essas viagens marítimas eram uma demonstração
de força e mostra da bandeira da China, pois os seus navios
ultrapassavam em tamanho e capacidade de carga os maiores navios existentes
no mundo ocidental. Como as viagens duravam mais de dois anos , demonstravam
, também , a capacidade estratégica e produtiva dos
estaleiros chineses e a capacidade de controlarem o Estreito de Málaca
, que liga o oceano Indico ao Mar da China e ao oceano Pacifico .
Ano
1405 – Como prenúncio das Grandes Navegações
Marítimas de Descobrimentos , começam-se a projetar
nos estaleiros navais as Caravelas , unindo a arquitetura naval mediterrânea
, as naves , com a arquitetura naval do Mar do Norte , as caracas
, que passam a navegarem na costa ocidental africana , usando velame
(conjunto de velas-pano) latino/triangular com vantagens pra navegação
e transporte de carga .
1415 –Começam
a aportarem em Ceuta/Marrocos ,costa norte africana , os navegantes
portugueses , dando inicio à expansão ultramarina portuguesa
. Ocorre , também, a reocupação dos arquipélagos
da Madeira e dos Açores pelos navegadores de Portugal .
Ano de 1418 - O Infante D. Henrique de Portugal ,denominado
O Navegador , pelo incentivo que proporcionava à navegação
marítima , funda a Escola de Sagres , sobre um promontório
, a fim de formar navegantes com vistas às navegações
marítimas de exploração e descobrimentos dos
oceanos , mares e continentes / terras desconhecidas . Já nesse
ano , ocorre o contorno do Cabo Não , na costa ocidental africana
, pelos navegantes portugueses João Gonçalves e Tristão
Vaz.
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte 16
In
mari , ut in vivis , post procellam , tranquillitas
(No mar , assim como no viver , após a tempestade vem a
bonança)
15
out 1614- Suspende da Foz do Rio Periá , ancoradouro
de Primeira Cruz , águas do Estado do Maranhão e Grão
Pará , uma embarcação tipo Batel , tripulada
por seis marinheiros e seis soldados , conduzindo os dois Pilotos-Práticos
Sebastião Martins e Melchior Rangel e o navegante , grande
conhecedor da região Martins Soares Moreno , a fim de sondarem
e mapearem a rota de acesso a Grande Ilha do Maranhão , Upaon
Açu indígena , e a barra da baia que envolve essa ilha
.
Após uma navegação dificultosa , entre baixios
, ilhas e corrente de maré descobrem o Canal do Mamuna que
propicia acesso a baia de Guaxenduba , atual São José
. Alí descobrem um rio caudaloso , o Itatuaba , junto a um
sitio verdejante e elevado, o Guaxenduba indígena , apropriado
para se construir uma fortificação e estabelecer plantações
para sobrevivência dos ocupantes . Retornam , então ,
ao fundeadouro de Primeira Cruz com as boas noticias , mas Jerônimo
de Albuquerque , devido a demora da incursão , já havia
suspendido com seus navios . Era o dia vinte e dois de outubro.
22
out 1614 - Nesse dia suspenderam do ancoradouro de
Primeira Cruz , na baia de Sarnambi ou Tubarão ou Gran Dance
francesa , os navios da Jornada Milagrosa com destino à baia
de Guaxenduba ,atual São José , uma das envolventes
da Grande Ilha do Maranhão , seguindo as orientações
dos Pilotos – Práticos . Cerca de dez horas da manhã
do dia vinte e seis de outubro os navios estão singrando as
águas dessa baia, procurando se instalarem no sitio Guaxenduba
, que fora escolhido pelos precursores .
Após uma navegação dificultosa por estreitos
, baixios , furos e igarapés , os navios da Jornada Milagrosa
se movimentam em formatura de batalha naval , devidamente embandeirados
. Contudo , foram hostilmente recebidos por tiros de canhões
do
26
out 1614 – Com a presença de navios e
tropas portuguesas em torno da Grande Ilha do Maranhão , a
Upaon Açu , os franceses ocupantes dessa ilha , iniciam ações
de beligerância contra os portugueses ,ocupantes de Guaxenduba
, procurando manter a posse das terras e águas do Maranhão
e Grão Pará . Os portugueses , então , a fim
de reforçarem a sua defesa , iniciam a construção
de uma fortificação projetada , então , pelo
engenheiro militar Francisco de Frias .

28
out 1614 – Fora inaugurado pelos portugueses
, com a celebração de uma missa campal , o Forte Santa
Maria de Guaxenduba ,construído de forma hexagonal , que dominava
o mar com balaústres , trincheiras e guaritas , nas atuais
terras da Vila Velha de Icatu , em frente à baia de Guaxenduba
, atual de São José . Essa data é também
comemorativa como oficial da presença portuguesas em terras
do Maranhão e Grão Pará para reconquista dos
invasores , os franceses . Esses , sabedores dessa fortificação
, realizam um bloqueio naval da barra da baía de Guaxenduba
, empregando sete navios de alto bordo e quarenta e seis canoas indígenas
, a fim de evitar que os portugueses recebessem reforços pelo
mar .
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
15
Stilla
gutta in oceanum effunditur
(De gota em gota o oceano se esgota)


SÉCULO
XIV –ANOS 1301 A 1400 - A partir desse século
, como prenuncio das grandes navegações dos descobrimentos
marítimos , os normandos, árabes, ibéricos e
chineses se aventuram pelos mares e oceanos do Planeta. O comercio
e o tráfego marítimo se expandem e despertam o interesse
dos povos e de seus monarcas. Os orientais, como os chineses, navegam
pelo oceano Indico, chegando a costa / litoral da India, Golfo Pérsico
e da África oriental.
Nesse
século, também, o Rei de Portugal D. Afonso I incentiva
as comunidades costeiras / litorâneas a desenvolverem a pesca,
a construção de embarcações / navios ,
a extração do sal e o comércio marítimo
e oceânico . Incrementa a frota de embarcações
marítimas e a marinheiragem dos mestres e pilotos de embarcações
e navios .Procura despertar a mentalidade marítima latente
no povo
Nesse século
, ainda , incrementa-se a construção naval mediterrânea
, nórdica e atlântica , com os cascos de tabuado liso
ou trincado , já construíam embarcações
e navios para o mar grosso / alto mar . As embarcações
tipo Cocas sobressaem-se com os seus cascos redondos e velas quadradas
.
1324
- Inicio do uso da bússola/ agulha magnética de origem
chinesa , introduzida no ocidente por mercadores árabes , para
a orientação do navegante no mar quanto ao rumo da embarcação
, da direção a navegar .Nessa época já
existiam os mapas portuários / portulanos e alguns croquis
litorâneos .
1342 – Nesse ano
, há registro de várias Expedições Marítimas
partindo da Ilha de Maiorca –Mar Mediterrâneo para o Arquipélago
das Canárias e litoral ocidental africano . Empregavam as embarcações
tipo Coca-casco redondo e velas de navegação quadrangulares
. Nessa ilha já se estudava os avanços tecnológicos
da navegação e da cartografia náutica que estavam
ocorrendo no mundo .
1377
- O Rei de Portugal continua a incentivar as pessoas físicas
e jurídicas a construírem e manter navios , como as
naus empregadas no comercio marítimo . A Ribeira das Naus é
mobilizada para a construção naval , principalmente
de navios com condições de se fazerem ao mar .
1385/1390
- As Ilhas Canárias , arquipélago , são ocupadas
por navegantes normandos e , posteriormente , por espanhóis
/ castelhanos sendo exploradas e ocupadas como primeira colônia
europeia em latitudes norteatlântica . Fora base de apoio para
as grandes expedições marítimas que aproveitavam
os ventos alísios de nordeste . Foi visitada por Cristovam
Colombo em sua expedição marítima navegando para
oeste em 1492.
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
14
¨Ut
, quoniam, cum mare sit tantum ut simul eius naturam observent¨
(Conviver, seguramente, com o mar é só respeitar
sua natureza)
23
AGO 1614 – Ás sete horas da manhã
desse dia , um sábado , levantam âncoras do Porto de
Pernambuco os navios da esquadra da Jornada Milagrosa , composta de
dois navios redondos , uma caravela e cinco caravelões da costa
, embarcação esta muito empregada na navegação
costeira , considerando a sua manobrabilidade . Os navios eram tripulados
por soue ldados e marinheiros , portugueses e brasileiros . Além
dos Indios , participava da tripulação o navegador Pedro
Teixeira , que viria a ser um grande desbravador da Amazônia
.
Eram cerca de trezentos homens armados e distribuídos em quatro
Companhias sob o comando de Antonio Albuquerque , filho de Jerônimo
de n , Fragoso Albuquerque , sobrinho , Manoel de Souza Eça
e o Sargento Mor do Estado do Brasil , Diogo de Campos Moreno .
Começaram a navegar pelo litoral nordeste brasileiro , runo
norte enfrentando a corrente marítima do Brasil , alcançando
, então , o Porto de Natal , no Rio Grande do Norte , foz do
rio Potengi; posteriormente alcançam ao buraco das tartarugas
, porto de Camocim , no litoral do Ceará . Nessa travessia
marítima , enfrentam dificuldades quanto a adaptação
a bordo dos navios das mulheres e crianças embarcadas nos pequenos
navios . Além dos muitos e fortes ventos alísios de
nordeste que sopram em todo esse litoral , e das correntes marítimas
. Com muito sacrifício , conseguem aportar , finalmente , no
Delta do rio Parnaiba.

12
OUT 1614 – Após passarem pela barra do
porto de Tutoia , no litoral do Maranhão e Grão Pará
, navegam os navios da Esquadra Milagrosa de Jerônimo de Albuquerque
pelo litoral dos Lençóis Maranhenses , Grandes e Pequenos
, e alcançam dia treze à noite a barra da baia Grand
Dance ou das Onze Mil Noivas , nominada pelos franceses ,ou baia do
Sarnambi dos indígenas . Nessa foz do rio Periá , a
maré estava de vazante o que afastava os navios da costa e
da barra . Com a navegação sob as ordens do Piloto –
Prático Mor Sebastíão Martins procuravam águas
abrigadas ,sempre usando o prumo de mão para verificar a profundidade
local e evitar os inúmeros bancos de areia e várias
ilhas na baia.
Cerca de vinte e duas horas dessa histórica , inesquecível
e indormida noite de navegação em águas restritas
, os navios da Expedição Reconquistadora ancoram ,então,
em fundo de boa tença e abrigada dos ventos e correntes marítimas
que os acompanharam.
Pela manhã do dia quatorze de outubro de 1614 , desembarcam
dos navios em terras do Maranhão e Grão Pará
o Capitão da Jornada Milagrosa Jerônimo de Albuquerque
, o Sargento Diogo de Campos Moreno acompanhados de soldados e ostentando
toda a pompa , desfraldando os estandartes e bradando vivas São
Tiago - Santiago , santo comemorado nesse dia . Ali, então,
lavram constroem uma grande cruz que fincam em terra , sendo a Primeira
Cruz erigida em terras a serem reconquistadas do Estado do Maranhão
e Grão Pará português , sob o domínio francês.
Ali, então , é oficiado um ato religioso em agradecimento
ao sucesso da viagem até aquelas plagas maranhenses .
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
13
Sicut
aqua piscibus maris et nautae de
(Marinheiro fora do mar é como peixe fora da água
)

SEC.
XIII, ANOS 1201 A 1300 - Desde esse século
os navegantes / comerciantes chineses já trafegavam com bastante
frequência pelo Oceano Indico, Costa Sudeste asiática,
litoral da India e de Africa em viagens de exploração
marítima, marcar presença e demonstração
de poder marítimo. Os seus Mapas Mundi começam a mostrar
o Oceano Indico com detalhes. O comercio e a navegação
marítima desse oceano se amplia, passando a ser o principal
entre os demais oceanos, principalmente em tráfego de embarcações.
Nesse século, também, incrementa-se as navegações
entre o Mar Mediterrâneo e o Mar do Norte , com a formação
das famosas Frotas mediterrâneas de Gênova , e Catalunha.
Ocorrem inúmeras travessias marítimas ao longo da costa
atlântica europeia, incluindo a da Grã Bretanha. Desenvolve-se
o comércio marítimo com os alemãs de Lubech e
da Liga Hanseática .

1202
a 1237 - A partir desse período passa a ser
incrementado e desenvolvida a construção de Naus e Navios
do Rei de Portugal ,no Paço dos Navios e Arsenais Navais de
Lisboa,
por ser um meio de transporte imprescindível para as Grandes
Travessias Marítimas e o prelúdio das Grandes Descobertas
de Terras Além Mar. A partir do Reinado de D. Sancho , 1223
a 1245 , Portugal inicia a sua profícua intimidade com o Mar,
implementando a Frota de Navios do Estado ,desenvolvendo a indústria
de construção naval em pontos estratégicos do
litoral/praias português .
Ano
1291 DC – Marco Polo, europeu da Itália,
Expedicionário e Desbravador, após a sua Expedição
Terrestre à Mongólia, Ásia, China e India, regressa
a sua cidade Veneza , por mar , embarcando em navios que contornaram
o litoral indochinês, atravessaram o Estreito de Málaca
,entre a Indonésia e a Sumatra, passando pelo Ceilão
e chegaram ao Estreito de Ormuz, entrada do Mar das Arábias
e Golfo Pérsico , onde desembarcam. Passa, então, a
escrever o Livro ¨A Descrição do Mundo ¨, seu
Livro de Maravilhas. Um dos exemplares desse Livro foi lido pelo navegador
Cristovão Colombo, quando do planejamento da sua Expedição
Marítima rumo ao oeste, quando aportou nas Ilhas do Novo Mundo.
Ano 1293 – Passa
a ser instituído o Seguro Maritimo Compulsório pelo
governo e comerciantes portugueses
Final
desse Século XIII – Incremento nas atividades
marítimas mediterrâneas, incluindo-se registros e documentação
pertinente, dos genoveses e maiorquinos, com expedições
pelo Oceano Atlântico, através do Estreito de Gibraltar,
navegando para o norte , sul e oeste desse oceano. A través
das Rotas oceânicas ,inventos orientais/ chineses como a pólvora
e o altos fornos para a aciaria , chegam ao continente europeu , numa
integração oriente / ocidente .
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
12
Salum
abluit animam
(Água
salgada , alma lavada)
1º
JUN 1613 –Parte de Pernambuco , sede do então
Governo Geral da Colônia Brasil, uma Primeira Expedição
comandada por Jerônimo de Albuquerque , tendo a Barca Santa
Catarina , comandada por Martin Soares Moreno , como navio observador
avançado , a fim de reconhecer a presença dos franceses
na Grande Ilha do Maranhão –Upaon Açu indígena
. Fora o inicio do Plano de Reconquista dessas terras portuguesas
, então sob o domínio francês . Navegava com ele
Sebastião Martins , um grande Piloto e Prático das águas
e do renomado litoral leste-oeste ,desde a costa do Rio Grande do
Norte ,até o Cabo Orange. Ele era o substituto imediato de
Jerônimo de Albuquerque , que já era sexagenário
, mas havia fundado a Capitania do Caeté , atual Ceará
, e era reconhecido e respeitado pelos índios que habitavam
essa área . Porém , devido a corrente marítima
e os ventos alísios de nordeste essa barca veio a aportar nas
Antilhas e teve que retornar a Portugal por outra rota marítima
, mais ao norte . A Expedição retornou a Pernambuco.

LITORAL LESTE OESTE DO BRASIL
- ILHA DE SÃO LUIS -
NAVIO DA CAMPANHA MILAGROSA DE JAM
08 JUL 1613 –
Parte do então Porto de Santa Maria do Maranhão , sob
domínio francês , posteriormente Porto de São
Luis , localizado na enseada dos Rios Anil e Bacanga , sob as salvas
de artilharia dos canhões e mosquetes do Forte São Luis
, uma Expedição de Canoas ao Grande Rio Amazonas , comandada
por Sieur La Ravardiere. Navegaram pelas inúmeras rias , reentrâncias
do litoral ocidental maranhense e paraense , incluindo-se Baias como
a de Cumã , Capim , Turiaçu , etç.
1613/1614 - Nesses anos
os franceses , invasores , sabendo dos Planos de Reconquistas dos
portugueses das Terras do Maranhão e Grão Pará
, iniciaram o reconhecimento dos rios e baias da Ilha do Maranhão
; fortificaram vários pontos estratégicos para a defesa
da cidade como a barra do porto e as instalações de
governança . Os portugueses sabedores da invasão dessas
terras norte/nordeste se organizavam em Portugal.
Assim foi que em 17 de junho de 1614 Jerônimo de Albuquerque
, nascido em Pernambuco / Brasil , já sexagenário, mas
de muita liderança com os indígenas/nativos e de muitos
feitos heróicos e com o reconhecimento da Corte Portuguesa
e do Governador Geral do Estado do Brasil , é nomeado pelo
Monarca de Portugal Capitão Comandante – em –Chefe
do Descobrimento e Conquista das Terras do Maranhão e Grão
Pará , em poder dos franceses de Daniel de La Touche-Senhor
de La Ravardiere.
Organiza-se , então , a Força de Navios e Tropas que
são convocados para a Expedição ; sendo 250 soldados
comandados por Diogo de Campos Moreno e 240 indios flecheiros sob
as instruções de Jerônimo de Albuquerque.Quanto
aos meios navais/navios foram dois navios redondos de 180 toneladas
, 1 caravela de 100 toneladas e 5 caravelões de 50 toneladas
. Tudo sob as ordens do Comandante – em - Chefe Jerônimo
de Albuquerque ( Maranhão)
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
11
Ambulans
in mare, autem iuxta orat
(Quem
anda pelos mares, aprende a orar)


SEC.
X
–Anos 902/906- O navegador escandinavo ,normando , viking ,pirata
Erik –O Ruivo-navega para oeste e alcança,via Ilha da
Groelândia , Islândia e Ilha de Baffin o atual litoral
da América do Norte .Navega nas intrépidas embarcações
Drakas de 25 metros de comprimento e 5 metros de boca/largura.
Nesse século,
também, navegadores e colonizadores austranésios , partindo
da Indonésia cruzam o Oceano Indico , fora das áreas
das Monções , e aportam na costa leste africana –Ilha
de Madagascar ,usando embarcações tipo Waqwaqs
.Nesse século , ainda , uma Galera genovesa tenta alcançar
as Indias , via Oceano Atlântico-Mar Tenebroso, procurando uma
Rota Marítima para o oriente, porém nunca mais retornou
ou chegou a qualquer porto.
Anos 1000 - Nesse primeiro
milênio da antiguidade , os navegadores polinésios com
suas embarcações típicas e com a tecnologia que
já possuíam para navegarem , alcançam limites
marítimos , aportando nas Ilhas do Havai ao norte , Ilhas da
Nova Zelândia ao sul e Ilha de Páscoa a leste . Tornam-se
, assim , grandes exploradores marítimos do Oceano Pacifico.
Final do Sec. XI / Inicio do Sec. XII
- Foram elaborados em Gênova e Veneza os Primeiros Contratos
entre os Capitães de Navios/Comandantes de Expedições
Marítimas com os Armadores /Propietários de navios os
quais são , até hoje , empregados no Comércio
MaritUimo Internacional.
Sec XII – No inicio
desse século , inventa-se o Astrolábio , para ser usado
na navegação marítima , permitindo aos navegantes
oceânicos calcularem a sua posição geográfica
pela latitude , através da altura do sol ou da estrela polar
em relação ao horizonte local.
Ano
1136 - Descobertos relevos de pedra de rios chineses
e do litoral sul da China . Eram os geográficos do Imperador
Xiyla , o Grande.
Ano 1140 - A partir
desse ano a Europa passa a importar da Asia a madeira Lignum Brasile
–Pau de Tinta ou Ibiraputanga indígena .Mas os árabes
já há conheciam desde há muitos anos. Esse tipo
de árvore /madeira foi por demais encontrada em nosso litoral
pelos navegadores / exploradores marítimos pré e pós
Pedro Alvares Cabral . Com isso ,fomos nominados e passamos a sermos
conhecidos como Terra Brasiles - Brasil
Ano 1150 –Navegadores
árabes ocupam a Penissula Ibérica como base de apoio
aos seus navegantes e navegam para oeste, alcançando as Ilhas
Açores ,Madeira , Canárias que posteriormente foram
ocupadas por navegadores portugueses e espanhóis .
Ano 1184 - Devido a
posição estratégica de Portugal na Penissula
Ibérica ,são formadas Alianças entre vários
países da Região de Flanderes-Escandinavos e Ingleses
.Ali torna-se o ponto de convergência das duas tendências
marítimas da época – A Marinha a Remo para a navegação
dos mares interiores e a Marinha a Vela para a navegação
oceânica, as grandes travessias e explorações
marítimas .
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
10
Vox
Mare Loquitur ad Anima/Spiritus
(A
Voz do Mar fala com a Alma/Espirit)

01
NOV 1612 – Após as Cerimônias do 8 de
setembro da fundação da cidade de São Luis do
Maranhão , nessa data com a presença dos Chefes Indigenas
das Terras do Maranhão , foi implantado o Estandarte e as Armas
da França em Cerimônia presidida pelo Almirante Rasilly
e por Daniel de La Touche com a participação da Tropa
Francesa e dos indígenas das aldeias vizinhas e circunvizinhas
. Nessa cerimônia houve toque de corneta, rufar de tambores
e tiros de salvas dos canhões da artilharia do Forte São
Luis e dos mosqueteiros.
Nessa oportunidade, fora assinado um Documento de Obediência
dos Indigenas ao Rei de França ,na área contigua ao
Forte. Regulava-se , também , pela primeira vez ,as Atividades
da Colônia Francesa em Terras do Maranhão e Grão
Pará , com a emissão das Leis Fundamentais da Ilha do
Maranhão e as devidas Ordenações .
01
DEZ 1612 – Nessa data parte de retorno a França
uma Nau transportando o Almirante Rasilly e o Padre Claude D’Abbeville
, em busca de mais apoio para a nova Colonia francesa no hemisfério
sul.
-A partir desse ano de 1612 , os franceses iniciam
várias incursões pelo interior e litoral do Maranhão
e Grão Pará, com a participação de Daniel
de La Touche . Descobrem suas riquezas minerais como enxofre , salitre
e pedras preciosas; descobrem uma abundante flora e fauna , incluindo-se
o peixe boi e mais de duzentos e cinquenta tipos de pescado.
-A
partir desse ano de 1612 ,também, iniciam-se a construção
de inúmeras fortificações no litoral e margens
dos rios nas terras do Maranhão e Grão Pará,
inicialmente pelos franceses e , posteriormente , a partir de 1615
, pelos portugueses . Foram as seguintes : Fortificação
de Nazaré na Ilha do Maranhão ; Forte de São
Luis ,posteriormente de São Felipe no Promontório do
Palácio; Forte de São José do Itapary-Baia de
São José; Forte
de Santo Antonio da Barra , na Ponta da Areia; Baluartes de São
Cosme e São Damião na Avenida Beira Mar ; Forte Sardinha
no Promontório da Ponta do São Francisco; Forte Santa
Maria de Guaxenduba Baia de São José; Forte da Ilha
de Periá – Baía de Sarnambi / Tubarão;
Forte da Barra de Tutóia; Forte da Baia de Cumã ; Forte
de Vera Cruz / Calvário do Rio Itapecuru; Fortaleza de São
Marcos no Promontório do mesmo nome, Fortaleza de São
Sebastião de Alcântara e Fortaleza de São José
do Macapá, braço norte da Foz do Rio Amazonas .
História Marítima e Portuária Mundial - Parte
9

Formare
non cessabit mare nautis bonis
(Mar calmo não forma bons marinheiros)
SEC
VIII (ANOS 701 A 800) - ABRIL 711 –O navegador
árabe TARIK , um general mulçumano , chega a Peníssula
Ibérica , cruzando o Estreito de Gibraltar, onde haviam as
Colunas de Hércules ,estremo ocidental do Império Romano
; essa peníssula era conhecida no Império como Lusitania
. Esse navegador implementava a expansão do Islamismo , fé
islâmica divulgada por Maomé. Levaram os árabes
para essa região as suas inovações tecnológicas
marítimas como o Caravo ,embarcação típica
do norte da Africa , que viria a ser modelo para as imprescidiveis
Caravelas portuguesas , e alguns instrumentos náuticos que
desenvolveram como a bússola / agulha magnética. Desembarcaram
de suas embarcações , junto aos rochedos , Montes Tarik
,atual Gibraltar.Após o desembarque , ele incendiou os navios
para que a tropa avançasse contra o inimigo , sem chances de
recuar para o mar.
Cerca
de 721 a 730 - navegadores de Sumatra , Java e Ilhas
circunvizinhas com suas embarcações típicas ,
realizam incursões marítimas nas águas e terras
do sudeste asiático. Nesse
século se tem conhecimento no ocidente de que na China , oriente
, já se cogitava fazer uso da força do vapor d’agua
para propulsão de embarcações e navios. Nesse
século , também, acontecem importantes façanhas
na exploração das rotas marítimas oceânicas
pelos navegadores nórdicos e polinésios , ligando povos
e civilizações que estavam separadas pelas águas
dos mares e oceanos . A embarcação passa a ser um grande
e importante elemento aglutinador dos seres humanos
A
partir desse século VIII até o século XII,
os povos navegadores nórdicos , provindos da Escandinávia
,os Northman , penetram no continente europeu e asiático por
mar e vales dos grandes rios , alcançando o Mar do Norte ,
Mar Negro , Mar Cáspio e Mar Mediterrâneo , alcançando
as Ilhas Britânicas e costa oeste ocidental europeia .Fundam
Colônias como a Bretânia, Normandia, Penissula Iberica,
atual Portugal e Espanha .Descobrem , posteriormente , a Islândia
, quando em rotas para a Groelândia. Vale destacar que usam
os corvos , ave , como mensageiros em suas navegações
oceânicas para verificarem a proximidade de terra .
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
8
Mare
usque ad mare circa mare
(Do mar , para o mar e sobre o mar)

CRUZ
DA FUBDAÇÃO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO;
DESEMBARQUE DOS FRANCESES E PORTO ANTIGO
06
AGOSTO 1612 - Após receberem boas informações
chegadas de Upaon Açu , a Grande Ilha do Maranhão ,
trazidas pelos emissários da incursão , Charles de Vaux
e o Almirante Razilly , de que os índios / nativos receberiam
bem os visitantes franceses , os navios da Expedição
levantaram âncoras do ancoradouro da Ilha de Santana , a Upaon
Mirim indígena , com destino a baía de Santa Maria ,
atual São Marcos , para ancorarem na enseada das Foz dos Rios
Anil e Bacanga –Porto Jeviré , onde encontram outros
comerciantes / armadores franceses como o Monsieur Manoir, que já
estavam estabelecidos na Ilha . Naquele ancoradouro sondaram e verificaram
que podiam ancorar navios de até 1200 toneladas
Os navegantes franceses desembarcaram em uma praia arenosa em frente
a atual Ponta do São Francisco , onde novamente o Almirante
Razilly beija o solo da Ilha , ajoelhando-se em terras da tão
almejada França Equinocial que seria estabelecida .Os padres
capuchinhos , sob as ordens de Claude D’Abbeville entoam , então
, em Procissão , o Te Deum Laudenium até a residência
do Monsieur Manoir ,onde ocorreu uma recepção aos visitantes
.Empregando os botes dos navios ancorados ,iniciaram incursões
pelas águas e terras das enseadas dos dois rios , a fim de
instalarem as residências e fortificações necessárias
. As casas foram construídas pelos indígenas com pindova
, madeira e taipa . As instalações do Forte e da Capela
em homenagem a São Luis foram priorizadas .
12
AGOSTO 1612 - Nesse dia santo , dia de Santa Clara
, um domingo radiante na Upaon Açu indígena , foi celebrada
a Primeira Missa pelos padres capuchinhos no outeiro do Carmo ; fora
uma celebração de gala . Onde atualmente encontra-se
a Igreja e o Convento de Santo Antonio no centro da cidade fora construído
um pequeno convento e uma capela pelos padres capuchinhos.
08
SETEMBRO 1612
- Após várias reuniões com os nativos da Upaon
Açu / Grande Ilha do Maranhão, e das aldeias das cercanias
como a de Tapuitapera e Cumã ,em especial os da tribo Tupinambás
chefiados por Jupiaçu , todos demonstraram interesse em unirem-se
aos franceses contra os portugueses a quem pertenciam as terras ,
de acordo ao a Bula Papa. Assim sendo , nesse dia histórico
do mês de setembro , os franceses tomaram posse das terras indígenas
, oficialmente , em nome de Jesus Cristo ,estando os índios
Tupinambás dispostos a estarem sob a proteção
do Rei de França , sendo celebrada uma missa solene na Capela
de São Luis , junto ao Convento dos Padres Capuchinhos. Após
a liturgia , todos se deslocaram em procissão com uma cruz
para a área do Forte de São Luis . Encabeçava
o séquito o Almirante Razilly, Lugar Tenente General de Sua
Majestade o Rei.Já na Praça do Forte jazia uma Grande
Cruz aparelhada em madeira , onde os participantes da cerimônia
entoavam o Te Deum Laudamus. Após preleções e
discursos , fincaram a grande cruz no local , abençoando a
Grande Ilha do Maranhão , sob as salvas dos canhões
do Forte e dos navios ancorados no porto. Fora o Forte de vinte e
três peças de canhão , então , batizado
de São Luis, em homenagem ao Rei Luis XIII , Rei de França
, pelo Almirante Razilly ,e o Porto nominado de Santa Maria , pois
era o Dia da Natividade e homenagem , também, a Maria de Médice
. Estava , com isso , fundada a cidade de São Luis do Maranhão
e estabelecida a França Equinocial em terras portuguesas.
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
7

MERIADIANOS
E PARALELOS; GLOBO TERRESTRE E BÚSSOLA DE AGULHA MAGNÉTICA
SEC.
II (ANOS 101 A 200) - Cêrca de 150 DC-Como o
navegante,além da navegação costeira passou a
navegar em alto mar, sem avistar terras para se posicionar, o geógrafo
grego-egipcio Cláudio Ptolomeu de Alexandria constitui os Meridianos
Globo Terrestre, 360 graus em torno do Planeta Terra de leste para
oeste e constitui , também , os paralelos de 90 graus para
o norte e 90 graus para o sul a partir da linha equatorial -Equador
Terrestre , linhas essas imaginárias sobre todas as superfície
do nosso Planeta. Assim são estabelecidas as longitudes e latitudes
para o posicionamento geográfico sobre as superfícies
terrestre , aquática e aérea .
Cerca
de 200 DC - Navegadores Polinésios em suas
grande canoas de inúmeros remadores e velejadores ocupam as
Ilhas do Oceano Pacifico.
Os navegadores árabes e normandos fazem-se aos mares, buscando
descobrirem novos mercados para seus produtos e satisfazerem suas
necessidades de mercadorias para suas sobrevivências humana
.
SEC.
III (ANOS 201 A 300) - A partir desseSec os chineses,
além da navegação de cabotagem, passam a praticar
a navegação de longo curso. São os primeiros
navegadores a fazerem uso da agulha magnética-bussola para
orientação de suas embarcações e passam
a empregarem o leme axial, o de cadaste em substituição
ao remo que mantinha o rumo da embarcação ao navegar
quer a remo ou a vela.
SEC. VII (ANOS 601 A 700)
- Nesse Secforam elaboradas as Leis de Rodes, capital das Ilhas Helênicas,
cidade do Mar Egeu, que legislava sobre navegação e
praticagem das embarcações nas entradas e saídas
dos portos.
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
6
"Sicutspiritusnavigandumest,
non potesta ire non fucunt"
(Navegar é como respirar, não
dá pra ficar sem praticar)

ILHA
SANTANA E O PORTO DE CANCALE -BRETANHA
1610
- Tendo em vista que a França estava atravessando
momentos difíceis em sua política, o que não
permitia ao Rei apoiar a empreitada de Daniel de La Touche para a
fundação da França Equinocial em terras do Maranhão
e Grão Pará, fora criada, então, uma Companhia
em parceria com os empresários Nicolau de Harley-Senhor de
Sancy e Francisco de Rasilly, Almirante da Marinha Francesa. Recebem,
contudo, Cartas Patentes Reais de Tenente General das Indias Ocidentais
e Terras do Brasil.
A pedido da Rainha Regente Maria de Médices ao Prior dos Capuchinhos
são indicados padres para liderarem uma Ordem Religiosa na
Ilha do Maranhão, sendo designados os padres Ivo D’Evreux
, Claude D’Abeville, Aarsenio de Paris e Ambrosio de Amiens,
sendo Ivo o Superior da Ordem.
01
MAR 1612 - Assinada no Porto de Cancale , Baía
de Saint Malot, Bretanha a Carta de Protesto/Promessas pelas autoridades
da Expedição Marítima ao Estado do Maranhão
e Grão Pará, para fundar a França Equinocial
há muito almejada pelos navegantes franceses. Nessa oportunidade,
são designados três navios – Nau Regente, Capitânea
de 400 Ton do Almirante Rasilly; a Nau Charlote-Carlota, a Nau Saint
Anne – Santana e um Patacho.
Esses navios da Expedição
deixam esse porto da costa ocidental da França às 06:30
hs do dia 19 de março de 1612 com destino ao litoral do Maranhão
e Grão Pará, Grande Ilha do Maranhão –
UpaonAçu indígena, onde fundariam a França Equinocial.
Na Nau CapitâneaRegente estavam embarcados Daniel de La Touche
e o Almirante Rasilly. Embarcados nos navios estavam cerca de quinhentas
pessoas entre passageiros e tripulantes. A travessia marítima
estava prevista para ser realizada em cinco meses.
13 JUN 1612 - Após
cerca de três meses enfrentando muitas tempestades, arribadas
e alteração de rotas os navios da Expedição
francesa ao Maranhão e Grão Pará cruzam a linha
equatorial e ancoram nas águas do Arquipélago de Fernando
de Noronha, onde se abastecem de água e viveres. Após
cerca de uma semana de refaziamento suspendem para navegarem pela
costa leste/oeste, litoral Nordeste/Norte do Brasil. Enfrentando tempestades
no litoral entre Tutóia e a Foz o Rio Periá, costa dos
Lençóis Grandes e Pequenos, lançam âncoras
nas águas circundantes da Ilha de Santana, a Upaon Mirim indígena
em 26 de junho de 1612.
29 JUN 1612 - Tendo,
então, reconhecido a Upaon Mirim, os franceses expedicionários
talham uma Cruz de madeira e a fincam numa colina há mil passos
da praia de desembarque, talvez onde está localizado o Farol
de Santana. Ali rezam uma missa e mandam uma incursão para
dialogar com os indígenas, acompanhados de Charles De Vaux,
exímio conhecedor das terras e águas da Grande Ilha
do Maranhão ou Upaon Açue de bom relacionamento com
os nativos. Nessa comitiva está o Almirante Razilly que ao
desembarcar em terras da Grande Ilha do Maranhão, beija o seu
solo pela primeira vez.
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
5
¨Si in viridi, viridioccurs
in mare et incarnatus est aequalis, undenulum periculum, sequaturconsuetismeatibus
¨
(No mar, se ocorrer o verde com
verde e o encarnado com o seu igual, então não há
perigo, siga o seu rumo normal)

FAROL
DA ALEXANDRIA E O OCEANO ÍNDICO - ÍNDIA
SEC.
I – ANOS 000 A 100 DC
Cerca de 3 DC - Devido
a necessidade de um mais intenso tráfego marítimo para
transportar as mercadorias de um comercio marítimo em evolução,
principalmente no Mar Mediterrâneo, entre o Egito e o Império
Romano, que importava muitos cereais, especialmente o trigo, sentiu
o navegante a necessidade de incrementar a sinalização
náutica. Para isso, foi construído o primeiro Farol
para a navegação costeira , na Ilha de Pharos , Baía
de Alexandria , litoral do Egito no Mar Mediterrâneo.
Possuia, então , cerca de 100 metros de altura , sendo idealizado
por Sostrates e construído por Cnideuse . Funcionou , assim
, por cerca de um milênio e fora considerado uma das sete maravilhas
da Antiguidade , como Farol de Alexandria .
Desde a Antiguidade que o Oceano Indico foi o principal cenário
do comércio e tráfego marítimo da Asia pois,
o transporte de mercadorias e comercio a grande distância teve
origem na India para oeste , via Golfo Pérsico e Mar Vermelho
e para leste até a China e Japão, via Estreito de Málaca.
Cerca
de 43 DC – O Imperador Romano Claudio passa
a se interessar pelas Ilhas Britânicas ,a fim de expandir o
seu Império.
Nero avança nas conquistas da Cornualha e País de Gales
,empregando as galés e galeras pra apoio logístico e
combate .
Ainda nesse Sec I - Claudio Ptolomeu , grego , redige o Guia Geográfico
que até o Sec. XV /XVI , serve de referência para as
Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.
Ele era geógrafo, astrônomo, filósofo, matemático
e morava em Alexandria-Egito , onde usara o acervo da famosa biblioteca
da cidade , compilando os manuscritos de Anaximando que, já
no Sec VI AC afirmava ser o Planeta Terra redondo e sua superfície
curva . Esse Compêndio Ptolomaico ,famoso Guia Geográfico,
fora uma das publicações náuticas usadas nos
estudos e planejamento da Expedição Marítima
de Cristovão Colombo, que pretendia alcançar a Ásia
navegando para oeste .
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
4
Est
in sidereumintelligunt, ut et spiritusprocellarummarinoctibus
quod Deum sit in Universal Creator
(São nas noites estreladas ou tempestuosas
no mar, que confirmamos a existência de Deus, o Criador Universal)

1595
– O navegador e explorador francês Jacques Riffault navega
da Provincia do Maranhão e Grão Pará para a Europa,
a fim de solicitar o apoio do Rei de França para fundar um
estabelecimento comercial permanente no litoral e terras desse norte.
Deixou por aqui o seu companheiro de viagens Charles de Vaux, junto
com outros franceses comerciantes e armadores.
Durante todo o Sec. XVI, houve várias tentativas, pelos navegadores/exploradores
portugueses, de colonização e ocupação
da Provincia/Capitania do Maranhão e Grão Pará,
devido a presença constante de navegadores/exploradores estrangeiros,
principalmente os franceses.
Destaca-se uma Expedição de conquista e ocupação
das terras do Estado do Maranhão e Grão Pará,
ao norte, que era separado do Estado do Brasil, ao Sul, que partiu
de Pernambuco com dois caravelões e cerca de oitenta homens,
navegando pelo litoral do Nordeste, e tropas por terra.
1604 – Navegadores e exploradores franceses
retornam em suas incursões ao litoral do Maranhão e
Grão Pará, acompanhados, então, de Daniel de
La Touche, Capitão da Marinha francesa e Comissário
Régio. Tinha o propósito maior de verificar a viabilidade
de instalar nessas terras uma Colônia.
Realizam incursões durante seis meses pelo litoral e rios,
alcançando com a Nau Espirit até o litoral da atual
Guiana Francesa sondavam estabelecer a França Equinocial em
nossas águas e terra. Retornando a Europa, houve aceitação
do Rei que doou, através de Carta Patente a Daniel de La Touche
, as terras desde o Rio Amazonas até o litoral nordeste , outorgando-lhe
o Título de Tenente – General dessa conquista, considerando
que conquistou os povos nativos , as tribos tupinambás e tabajaras
1609
- Acontece nova Expedição de reconhecimento
francesa, pelos navios de Daniel de La Touche, preparando a instalação
da França Equinocial nas terras do Maranhão e Grão
Pará, latitudes equatoriais
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
3
Habeamus
Deum Creatorem nostrum, ut Magister , est Lux Vitae
(Tenhamos
Deus como nosso Criador, como o Mestre, como a luz da vida)

PRIMEIROS INSTRUMENTOS
DE NAVEGAÇÃO E O FOTO
2 - PIONEIRO FAROL DE ALEXANDRIA, NA ILHA DE PHAROS
285
a 100 AC
- Nesse período várias Expedições Maritimas
ocorreram com a participação de navegadores egípcios,
romanos, chineses, gregos, árabes pelo Mar Mediterrâneo,
Mar Egeu, pela Costa Norte Africana, alcançando o Oceano Indico
e Costa da India, realizando comercio marítimo, descobrindo
novas rotas de tráfego e mercadorias.
Cerca
de 100 AC – No Império Romano, Plinio
já estudava a influência da Lua sobre as marés.
Fora comprovado, posteriormente,
que nas baías, golfos e estuários em forma de funil,
aconteciam grandes amplitudes de marés. Ficou comprovado, também,
alterações na amplitude das marés, devido a elíptica
do Planeta Terra em torno do Sol. Assim, quando a Lua em sua translação
passa pelo meridiano local, então ocorre a preamar naquelas
águas e quando passa pelo meridiano oposto àquele local,
então ocorre a baixamar.
As grandes marés, ou de sizígias, marés vivas,
apresentam grandes amplitudes e ocorrem pela conjunção
posicional do Sol e da Lua, enquanto as marés mortas, pequenas
amplitudes, ou de quadratura, ocorrem na oposição posicional
do Sol e da Lua.
Cerca de 55 AC – O navegador grego/egípcio
Eudóxio passa a ser o primeiro navegante a tentar a circunavegação
do Continente Africano, navegando pelo Rio Nilo, Mar Mediterrâneo,
Mar Vermelho, Mar das Arábias, Oceano Indico e Oceano Atlântico.
Cerca de 25 AC –
Augusto, Imperador Romano, determina uma expedição marítima
sob o comando de Aelius Gallus, às Arábias, via Mar
Mediterrâneo, Istimo de Suez e Mar Vermelho. Eram cerca de cento
e trinta embarcações e navios de grande porte, transportando
tropas.
Cerca de 8/4 AC – Nasce em Belém de Judá,
Galiléia, às margens do Rio Jordão, um menino
que se chama Jesus Cristo, considerado o Messias do Reino de Deus.
Viveu na cidade de Nazaré e que se tornaria o salvador da humanidade.
Fora grande admirador do mar e amigo da gente do mar , em especial
dos pescadores do Mar da Galiléia/Lago Tiberíades.
História
Marítima e Portuária Mundial - Parte
2
Aqua
Profluens Et Mare, Pure Naturali Omminium Communia Sunt
(A Água Corrente E O Mar São
Comuns A Todos)

AS FOTOS MOSTRAM O LITORAL
OCIDENTAL DO MARANHÃO E NAVIOS FRANCESES ANCORADAS NA COSTA
MARANHENSE
Cronologia Marítima e Portuária maranhense:
1538 - Inicio do tráfego
marítimo de navios negreiros, entre os portos do litoral ocidental
africano e os portos do litoral brasileiro, incluindo se os portos
da Província/Estado do Maranhão e Grão Pará.
Havia necessidade de mão de obra para trabalhar nas atividades
de lavoura, pecuária e mineração , pois a mão
de obra nativa não se adaptara.
1542 - O navegador francês
Afonso de Chaintongeois, com seus navios, dá continuidade a
exploração francesa do litoral norte, Maranhão
e Grão Pará, alcançando a foz do rio Oiapoque,
rio Pará e foz do rio Amazonas, aportando na atual cidade de
Macapá.
1548 - Mesmo com a criação da Governadoria
Geral da Colonia Brasil, com sede no sudeste, o extremo norte, Maranhão
e Grão Pará, do litoral brasileiro continuou isolado
e pouco povoadopor colonos, devido as dificuldades de sobrevivência
e hostilidades dos nativos. Isso em muito contribuiu para a presença
de expedições estrangeiras, em especial, as francesas
que comercializam nossos produtos extrativos.
1548 - Ainda nesse
ano, nasce em Olinda, Capitania de Pernambuco, Jerônimo de Albuquerque,
mameluco, filho de um português e uma índia. Viria, em
1614, participar da Campanha Milagrosa de Reconquista da Província
do Maranhão e Grão Pará, sob o domínio
francês que aqui se estabeleceram como França Equinocial,
desde o ano de 1612. Venceu a Batalha Naval de Guaxenduba ocorrida
nas águas épicas da Baía de São José,
a leste da Grande Ilha do Maranhão – Upaon Açu
indígena. Com isso, é considerado o Primeiro Comandante
Naval nascido no Brasil.
1554 – Ocorre
a expedição marítima portuguesa de Luis de Melo
à Provincia do Maranhão e Grão Pará com
o propósito de colonizar, mas seus navios encalham nos baixios/recifes
dos Atins, litoral ocidental, próximo a Baía de Cumã.
Fora mais uma tentativa da Metrópole de colonização
desse litoral norte do Brasil.
1555 - Armadores, comerciantes
e navegadores franceses intensificam a presença de navios franceses
no litoral brasileiro, no Sudeste, Nordeste e Norte.
1581 - O navegador português
Diogo Lopes, conhecedor das nossas águas e litoral, inicia
expedição exploratória pelo litoral do Maranhão
e Grão Pará, mostrando presença.
1594 - Nesse ano, os
navegadores e comerciantes franceses intensificam a exploração
e comercialização dos produtos do litoral do Maranhão
e Grão Pará, instalando inclusive feitorias e assentando
colonos. Uma expedição marítima de Jacques Riffault
e Charles de Vaux , após enfrentarem tempestades aportam na
baía de São Marcos e fundam Feitoria na Grande Ilha
do Maranhão, atual Ilha de São Luis. Aqui deixam Charles
de Vaux e Monsieur de Manoir, armador do porto de Dieppe. Já
se cogitava, desde então, estabelecer a França Equinocial
em nossas terras.
“Navigar
e necesse; Vivere non est necesse” (Navegar é preciso;
Viver não é preciso)
Pompeu General Romano 106/48 AC
para os marinheiros amedrontados que recusavam viajar durante a guerra
Cronologia
Marítima/Portuária Mundial
1490/1480 AC – Navegadores
egípcios realizam expedições marítimas
pelo Mar Vermelho, com frotas de várias embarcações,
alcançando o Golfo de Aden;
1480 AC - Realizada
uma grande Expedição Maritima pelos navegadores cartagineses,
pelo Mar Mediterrâneo ocidental, costa ocidental da África,
zarpando do Porto de Cartago, Mar Mediterrâneo, litoral norte
da África, com cerca de 60 navios, em missão colonizadora.
Cruzam o Estreito de Gibraltar/Colunas de Hercules, navegam pelo litoral
ocidental africano e alcançam a Foz do Rio D’Ouro naquele
litoral.
1330/1300 AC –Os
navegadores egípcios passam a fazerem uso de cartas/mapas náuticos
da calha do rio Nilo e terras adjacentes-litoral por onde navegavam
.Definiame nominavam as ilhas , costa , rios , lagos e águas
dos mares navegados.
900/800 AC - Os navegadores
fenícios, devido a evolução no navegar e na construção
naval de suas embarcações, se aventuraram para além
do Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho cruzando com suas frotas o
Estreito de Gibraltar em busca do Mar Oceano, o Mar Tenebroso.
Sec VIII AC – Surgimento dos Escritos do grego
Homero sobre História Marítima;

OS MAPAS MOSTRA O MAR MEDITERRÂNEO
E O PORTO DE PIREAUS, NA CIDADE ANTIGA DE ATENAS
Sec VIII AC - Os egípcios
iniciam o planejamento e construção de um imprescindível
canal artificial em Suez, para ligarem as águas do Mar Mediterrâneo
às águas do Mar Vermelho, iniciando com transbordamento
intermediário. Somente foi concluído em 280 AC por Ptolomeu
Filadelfo.
Cerca de 700 AC – Os gregos constroem molhes/cais/berços
no Porto de Pireaus/Atenas sendo, assim, considerado o primeiro porto
organizado do mundo. As embarcações passaram a dispor
das facilidades portuárias para suas operações
de carga e descarga das mercâncias, atracadas.
Cerca de 610/595 AC – Uma Expedição
Marítima Fenicia navega pelo litoral africano de leste para
oeste via Mar Vermelho, Mar Mediterrâneo e Estreito de Gibraltar/Colunas
de Hércules, em missão exploratória e comercial.
Sec VI AC – O
Imperador Persa Dario, por ser um entusiasta do mares e de descobrimentos
marítimos, determinou que fossem realizados estudos marítimos/portuários
dos litorais e águas desde Suez, para leste, pelo Mar Vermelho
até o Oceano Indico.
Sec. IV AC – Existência do Porto de Óstia,
na foz do Rio Tibre, na Península Itálica, que abastecia
Roma, em especial de sal, imprescindível para a conservação
de alimentos; fora um porto sem molhes/cais, pois as embarcações
operavam ancoradas.
Cerca de 330 AC – Fundação da
cidade porto de Alexandria, no Egito, em homenagem a Alexandre, o
Grande.
Cerca de 300 AC - Platão
já comentava com seus discípulos sobre um lendário
Continente que submergia das águas oceânicas, além
das Colunas de Hércules/Estreito de Gibraltar. Persistia na
existência de terras para oeste e para o Sul, citadas nos escritos
de Aristóteles, o grego .

MAPA CEDIDO POR WILLIAM THOMAS
História Marítima e Portuária
Maranhense
Mare Nostrum, Mare Clausum e Mare
Liberium
Desde o Século XV que navegantes de vários portos do
mundo se aventuravam em expedições marítimas
rumo a leste, oeste e sul, buscando oásis pesqueiros, rotas
marítimas, novas possessões e novos mercados e mercadorias
para comercializarem. Com a aportagem dos navios de Cristovão
Colombo nas águas de um novo Continente nominado, posteriormente,
de América, comprovando a existência de terras a oeste,
mais expedições marítimas foram realizadas para
o ocidente e para o sul do Equador Terrestre, muitas delas aportando
em terras do atual Brasil, em especial o litoral Nordeste e Norte,
incluindo-se a costa do Maranhão e Grão Pará
, pois aproveitavam os ventos alísios de Nordeste que bafejavam
e impulsionavam as velas das suas embarcações, rumando-as
para esses litorais.

MAPA CEDIDO POR WILIAM THOMAS
Assim
tivemos, entre outras expedições marítimas:
1492
- Expedição colombina a ilhas da atual América
Central. Posteriormente, outras expedições colombinas
alcançaram o rio Orinoco, na costa da atual Venezuela que pela
sua grande vazão, confirmava provim de um continente e não
de uma ilha; confirmava, também, a existência de terras
ao Sul Equatorial.
1493 - O navegador português
João Coelho noticiava após as suas navegadas a existência
de terras a oeste e no Hemisfério Sul terrestre. Provavelmente
terras do atual Brasil e do litoral Nordeste e Norte, as do Maranhão
e Grão Pará.
1497/98 - Expedição
marítima do Almirante português Vasco da Gama, aproximando-se
de terras ao Sul do Equador terrestre e a Oeste, provável terras
do Nordeste, que serviriam de orientação para a aportagem
em nossa costa da Esquadra do Almirante português Pedro Álvares
Cabral, em abril de 1500, para tomar posse.
1498 - Presença
do navegador francês pelo litoral Norte do atual Brasil, Jean
Cousin de Dieppe, adotando a doutrina do Mare Liberium. Nesse ano,
também, o navegador português Duarte Pacheco navega por
esse litoral Norte avistando terras, Maranhão e Grão
Pará e alcançando a Foz do rio Amazonas.
1503/1510 - O navegador
português João de Lisboa navega e explora o litoral do
Maranhão e Grão Pará, como Piloto de várias
expedições marítimas.
1504 - A partir desse
ano navegadores franceses trafegam pelo litoral norte do Brasil com
bastante freqüência, em várias expedições
marítimas exploratórias.
1512/13 - O navegador
português Estevam de Froes, esteve com seus navios na costa
do Maranhão e Grão Pará, tendo um dos seus Pilotos
Diogo Ribeiro adentrado a atual Baía de São Marcos,
Golfão maranhense, chegando até a Ilha da Trindade,
a Upaon Açu indígena e atual Ilha de São Luis
do Maranhão.
1524 -
Navegadores e Armadores franceses do porto de Dieppe exploram o pau
Brasil e outros produtos regionais na costa do Brasil, inclusive o
litoral do Maranhão e Grão Pará, com o apoio
dos nativos/indígenas ancorando em águas abrigadas da
inúmeras baias do litoral Norte, a costa de rias.
1535/36 - Como pioneira
tentativa de colonização portuguesa das terras e águas
do Maranhão e Grão Pará, chega ao nosso litoral
navios da Expedição de Aires da Cunha/João de
Barros. Na Foz do rio Periá/Cavalos e barra da Baía
de São José – Coroa.
Grande e Recifes - alguns
navios naufragam mas alcançam a Barra da Baia de São
Marcos e adentram o Golfão maranhense até a Ilha do
Medo e Canal do Boqueirão. Mas há naufrágios
e os náufragos aterram na atual Ponta do Boqueirão,
Praia da Guia e Ponta do Bonfim, onde fundam um povoado denominado
de Nazaré, já na Grande Ilha do Maranhão, em
frente a Barra do Porto, na Foz dos atuais rios Anil e Bacanga. Destaca-se
que esse ancoradouro de águas abrigadas na foz desses citados
rios, serviu como porto principal por centenas de anos até
ser transferido pra enseada do Itaqui. Esse povoado sobrevive até
o ano de 1538, pois sendo acossados pelos nativos e pelas dificuldades
de sobreviver, conseguiram retornarem a Portugal
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História
Marítima/Portuária Mundial
Omnia
punctus erat centrum (no principio tudo era mar)
Fatos
históricos e suas inserções no tempo sempre fascinaram
a mente dos seres humanos, fazendo-os navegarem pelas águas
do passado, buscando compreenderem melhor o presente e prepararem-se
para um futuro promissor. Por essa razão, vamos utilizar este
espaço para divulgar esses fatos históricos, desde a
era primitiva da humanidade, pré–história, antiguidade,
idade média, idade moderna/renascimento e idade contemporânea,
etc.

Com
a descoberta da utilização do pano/vela para auxiliar
os navegadores teve o início da propoulsão eólica
na navegação do mundo. Desse modo, grandes embarcações
passaram a usar somente as velas, aproveitando de forma cada vez mais
eficiente a força e a direção dos ventos. Antes,
o que se via eram embarcações cada vez maiores para
transporte de cargas e/ou pessoas movidas a remo, ou, de forma mais
primitivas ainda, o uso de troncos de madeiras amarrados uns aos outros
formando pequenas embarcações que mais tarde seriam
chamadas de jangadas, para transporte do navefgante e sua família.

*** Cerca de 15000 AC –Inicio das primeiras
expedições maritimas com uso de jangadas/canoas;
*** Cerca de 7250 AC – Inicio das primeiras
viagens maritimas com fins comerciais, usando embarcações
a remo, pelo mar egeu em navegação de cabotagem ;
*** Cerca de 4000 AC – Os egipcios desenvolvem
a construção naval para navegarem e comercializarem
pelo mar mediterrâneo;
*** Cerca de 3000 AC – Navegadores egipcios
passam a fazerem uso da vela em suas embarcações, capacitando-as
a fazer uso da força do vento-eólica;
*** Cerca de 2000 AC – Inicio da navegação
maritima de longo curso entre a Polinésia e a atual Australia;
*** Cerca de 1790 AC – Criado o código
de Hammurabi, na Babilônia, onde se estabelece regras de navegação
marítima/fluvial, de construção naval , de afretamento
de embarcações e sobre a praticagem maritima e fluvial
;
*** Cerca de 1500 AC – Os fenicios passam a
se sobressaírem na construção naval e navegação.